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Poema: Estranha luz Podcast: Viviane Mosé

    • Philosophie

Eu não posso mais negar.
Uma estranha luz um dia
Entrou por meus olhos e boca, 
Por meu sexo, por meus poros.

Eu não posso mais estancar
Esta força que agora aflora
Do meio de minha barriga.
Em gestos desconexos vou vivendo.

Sob os tapetes da sala,
Atrás dos móveis, entre as louças
Sempre esta luz,
A me deixar comovida.

Eu não posso mais
Cobrir com cimento
Esta força que insiste
Em meus olhos perplexos.

Eu tenho medo da morte.
Eu tenho paixão pela vida.
A vida é o que vibra
Em minha voz.

(do livro 'Calor', Ed. Usina Pensamento)

Eu não posso mais negar.
Uma estranha luz um dia
Entrou por meus olhos e boca, 
Por meu sexo, por meus poros.

Eu não posso mais estancar
Esta força que agora aflora
Do meio de minha barriga.
Em gestos desconexos vou vivendo.

Sob os tapetes da sala,
Atrás dos móveis, entre as louças
Sempre esta luz,
A me deixar comovida.

Eu não posso mais
Cobrir com cimento
Esta força que insiste
Em meus olhos perplexos.

Eu tenho medo da morte.
Eu tenho paixão pela vida.
A vida é o que vibra
Em minha voz.

(do livro 'Calor', Ed. Usina Pensamento)

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