23 episodes

Um podcast dedicado a discutir a cultura, a música, a literatura, as artes e o jeito de ser de quem vive na Amazônia brasileira. Feito pelos jornalistas Edgar Borges, Luiz Valério e a poeta Zanny Adayralba, gente que vive na Amazônia, exatamente em Roraima, no Extremo Norte do Brasil.

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Macuxi é a denominação étnica de um dos povos originários da América do Sul, mais precisamente situado na região circum-Roraima, cujo ponto “zero” é o Monte Roraima. Macuxi é também uma espécie de sinônimo para roraimense, aquele(a) que nasce em Roraima. Quando se quer dizer eu sou

Macuxicast Luiz Valério, Edgar Borges e Zanny Adairalba

    • Society & Culture

Um podcast dedicado a discutir a cultura, a música, a literatura, as artes e o jeito de ser de quem vive na Amazônia brasileira. Feito pelos jornalistas Edgar Borges, Luiz Valério e a poeta Zanny Adayralba, gente que vive na Amazônia, exatamente em Roraima, no Extremo Norte do Brasil.

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Macuxi é a denominação étnica de um dos povos originários da América do Sul, mais precisamente situado na região circum-Roraima, cujo ponto “zero” é o Monte Roraima. Macuxi é também uma espécie de sinônimo para roraimense, aquele(a) que nasce em Roraima. Quando se quer dizer eu sou

    Serginho Barros, a face clássica da música pop roraimense

    Serginho Barros, a face clássica da música pop roraimense

    Roraima, assim como o Brasil, é um verdadeiro caldeirão cultural efervescente. Estado mais setentrional do País, este pedaço extremo do território nacional é recheado dos melhores talentos artísticos em todas as vertentes culturais. Um desses talentos é o cantor Serginho Barros, um cearense com jeito de mineiro, cara de nortista e dono de uma pegada musical puxada para o clássico, mas com uma visível herança da música nordestina, com pitadas da influencia da sonoridade caribenha, tão presente aqui na Ilha das Guianas - onde fica encravado o Estado de Roraima. Serginho é, por assim dizer, a face clássica da música pop roraimense.

    O cantor roraimense é personagem do sexto episódio da segunda temporada do Macuxicast - o podcast de cultura da Amazônia. Serginho Barros lançou recentemente seu terceiro álbum, marco dos seus 35 anos de carreira como músico e compositor. A nova obra de Serginho traz 12 composições autorais e parcerias com poetas e letristas das regiões Norte e Nordeste do Brasil, como: Eliakin Rufino, Zeca Preto, Neuber Uchôa, Elias Venâncio e Cacá Farias.

    O álbum foi gravado em Fortaleza (CE), no estúdio Star Music, com produção musical de Savio Dieb e Renato Campos.

    Numa demonstração da versatilidade do músico roraimense, o ábum traz ritmos como samba, xote, bossa-nova, boi-bumbá, baião, balada, calypso, pop e canção. O Nova Estação conta com participação especial dos músicos cearenses Mimi Rocha (guitarra), Stenio Gonçalves (guitarra), Antônio Luziarley/Lulu (guitarra e violão aço), Thiago Rocha (saxofone), Alex Trompete (trompete), Isaias Alexandre (trombone), e dos produtores Sávio Dieb (teclado, acordeon e bateria), e Renato Campos (contrabaixo) e da cantora Euterpe na canção Cunhã Pucá.

    Natural de Fortaleza (CE), Serginho barros é músico, cantor, compositor, professor de música e produtor cultural. Artista de talento invejável, ele tem dois CDs lançados com suas composições: Tudo pode ser (2004) e Precioso bem (2012). O cearense roraimado reside em Boa Vista (RR) desde 1990 onde vem desenvolvendo suas múltiplas habilidades nos campos da arte e da cultura. Nova Estação, lançado no dia 23 de julho de 2021, está disponível nas principais plataformas digitais.

    Aperta o play e confere a entrevista do sexto episódio do Macuxicast com o cantor Serginho Barros, onde ele fala sobre a sua trajetória, o seu processo criativo e das suas parcerias musicais.


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    • 50 min
    Os murais maravilhosos do Coletivo PLAC e seus carimbadores malucos

    Os murais maravilhosos do Coletivo PLAC e seus carimbadores malucos

    História, memória, arte urbana, pertencimento, experiências, muralismo, grafismo, cidadania, solidariedade. O projeto do Coletivo PLAC, coordenado pela professora Leila Baptaglin, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), reúne todas esses saberes, possibilidades e buscas. A iniciativa também atribui cor e vida à realidade dura dos jovens migrantes, que encontram no projeto uma forma socialização, de contato com o lúdico e de externar sua visão de mundo em pinturas de grandes painéis a céu aberto.

    Leila Baptaglin usa (no melhor sentido do termo) o projeto de educomunicação para fomentar a expressão artística e a cidadania entre jovens migrantes venezuelanos, dentro e fora dos abrigos. O nome do projeto - PLAC - é o acrônimo de Poéticas e Linguagens Artísticas Contemporâneas. Segundo a professora Leila, trata-se de um trabalho que alia Arte e Patrimônio , cuja busca é dar suporte à compreensão e valorização da história da Região Amazônica, ampliando o olhar para esta, como um celeiro cultural que ela é.

    Os muralistas, ou carimbadores malucos do Coletivo PLAC, saem por aí imprimindo sua arte muros a fora. Daí que a música Carimbador Maluco, do inesquecível Raul Seixas, serviu de inspiração para definir o nome do projeto. Embarcaram na iniciativa jovens migrantes, professores e alunos da UFRR que, juntos, realizam atividades artísticas e lúdicas das quais resultam grandes painéis a embelezar a paisagem urbana boavistense, seja intra muro da Universidade Federal ou fora dela. Apesar da importância artística e social do projeto, os carimbadores malucos do PLAC ainda são tratados com desdém muitas vezes, como artistas marginais.

    Ignorando a falta de sensibilidade e incentivo do poder público e o olhar enviesado de alguns, o Coletivo PLAC segue disseminando artes e saberes. Também tem possibilitado a troca de experiências entre os jovens migrantes e possibilitado a reconstrução da persona de muitos deles que mostram artistas de grande valor.

    Aperta o play e confere a entrevista deste episódio com a professora Leia Baptaglin, coordenadora do PLAC.


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    • 35 min
    Márcio Costa, o rei da dança em Roraima

    Márcio Costa, o rei da dança em Roraima

    Roraima é um estado cheio de beleza singular, mistérios e também recheado de profissionais da mais alta qualidade nas mais diversas áreas de atuação: da música às artes plásticas; do teatro ao cinema, da arquitetura à dança os artistas roraimenses esbanjam talento. Um desses profissionais é o coreógrafo, diretor artístico, mestre em dança e professor Márcio Costa, que é motivo de muito orgulho para nós, roraimenses, dada sua projeção e reconhecimento nacional.

    Márcio é fundador da Companhia de Dança Master Class, escola de dança que mantém há 34 anos pelo qual já passou mais de 3500 alunos inscritos desde sua fundação.

    São mais de 30 anos de atuação profissional com trabalhos apresentados em diversos estados brasileiros, dos quais se destacam entre a coreografia dos Jogos Pan-Americanos de 2007, abertura do Criança Esperança 2004, 2006 e 2011, além de participar de forma efetiva do maior festival de dança do mundo, em Joinville (SC), nos últimos 25 anos.

    Nosso entrevistado do Macuxicast já ganhou inúmeros prêmios como bailarino e coreógrafo e, ao longo dos anos, tem atuado como diretor de grandes espetáculos de balé, óperas, shows, orquestras e grandes musicais em Roraima e vários outros estados da federação.

    Márcio Costa é uma biblioteca viva. Um sujeito do bem que respira dança e arte. Culto e refinado, ele discorre na entrevista concedida para o nosso Podcast sobre sua história e vivência com a dança. Indignado com a indiferença do poder público para com a arte, ele faz a crítica sobre a falta de investimento dos governos na cultura e diz que ela [a Cultura] “vai sobreviver apesar dessa indiferença deliberada].

    Aperta e play e confere a nossa entrevista com Márcio Costa.




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    • 43 min
    SONY FERSECK - A força dos versos de uma mulher-poesia

    SONY FERSECK - A força dos versos de uma mulher-poesia

    A poesia acalenta a alma humana. Mas a poesia de Sony Ferseck vai além do acalento. É um grito de amor, de encantamento e de resistência que recebeu de herança e que ecoa desde os tempos ancestrais. Um grito encantador na voz de uma mulher escritora que sabe exatamente qual o seu lugar no mundo. Sony tem uma escrita supersônica, que quebra a barreira da indiferença. Não há como se manter passivo diante dos versos ao mesmo tempo sensíveis e fortes, românticos e profundos, modernos e atemporais. Desconcertantes até, de tão belos.


    Sony tem um estilo inconfundível. Ela fala por si e por todas as mulheres indígenas, fazedoras, construtoras de si, mulheres que carregam a responsabilidade de parir vidas, ser amazonas guerreiras sendo também ternas, amantes e amadas. De sustentar o sentido do seu mundo com a sua coragem, de se transmutar em várias sendo uma. De não calar diante do machismo que machuca. Sony canta em seus versos como as mulheres que chamam para si a missão de cuidar da memória ancestral de seus povos. A poesia de Sony é incomum, foge à normalidade morna dos dias correntes.


    A mulher-mãe-amante-escritora-poeta-indígena-editora, muitas em uma, ela fez nascer uma obra inconfundível, de uma beleza tamanha que incomoda. Mas de um incômodo bom. Seu recém-lançado livro MOVEJO nasceu para ser grande, algo impossível de ser ignorado. Sua capa, de um vermelho flamejante, pulsa na prateleira e, de tão bela, gruda em nossa retina. Quando nos damos conta, estamos lendo cada poema com a voracidade de quem tem séculos de fome de versos. Mas versos de personalidade. De uma profundidade e leveza indizível, pois falta adjetivos para qualificar.


    Nossa entrevistada deste episódio do Macuxicast é uma poeta digna de fazer parte do panteão das grandes deusas da poesia do Brasil e do Mundo. Sony é poesia em forma de mulher. Poesia de uma beleza ancestral, mas em vez de uma linguagem moderna, atraente e sedutora.


    Ouça nossa entrevista e apaixone-se pela poesia de Sony Ferseck.


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    • 27 min
    Reginaldo Gomes: Roraima está encravada no coração da Ilha das Guianas

    Reginaldo Gomes: Roraima está encravada no coração da Ilha das Guianas

    Você sabia que Roraima fica dentro de uma ilha? Já havia parado para pensar nisso ou nunca cogitou essa possibilidade? Pois é. Roraima faz parte da Ilha das Guianas, um complexo geológico encravado na América do Sul e que, nos anos de colonização, durante o Brasil Império, foi alvo de cobiça por suas riquezas e serviu de cenário para conflitos entre indígenas, europeus, mercenários e piratas. Parece coisa da franquia de filmes “Piratas do Caribe”, mas não é. E quem sustentou e provou a tese de Roraima como parte integrante da Ilha das Guianas foi o professor-doutor Reginaldo Gomes, da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Ele é o nosso entrevistado deste episódio do podcast de cultura, Macuxicast.

    Reginaldo Gomes é autor, dentre outros, de quatro livros que evidenciam a sua expertise de professor/pesquisador/investigador na área da História da Amazônia. As obras foram lançadas recentemente e são um achado para quem quer saber mais sobre a história de Roraima, enfim, para quem busca entendimento amplo sobre o que vem a ser Ilha das Guiana e a Amazônia Caribenha. Neste episódio do Macuxicast, nós conversamos sobre o processo de construção dessas obras, quais sejam: Amazônia Caribenha - Memória e História - O trajeto e o desdobramento em outras narrativas históricas de uma família nordestina para Roraima; Amazônia Caribenha - Processos históricos e os desdobramentos socioculturais e geopolíticos da ilha das Guiana; Projeto Kuwai Kîrî - A experiência amazônica dos índios urbanos de Boa Vista; e, por fim, Fazenda e Trabalho na Amazônia - O caso Berbice (1726-1736), do qual foi organizador.

    Autoridade em história da Amazônia e de Roraima, o professor Reginaldo Gomes tem viajado o mundo nos últimos anos, garimpando documentos que comprovem e fundamentem sua tese. E, como bom investigador acadêmico, ele percorreu universidades da Guyana ao Suriname, de Roraima à Holanda e, assim, conseguiu reunir documentos históricos e cartográficos que comprovaram a sua tese. Sua empreitada foi exitosa. Gomes conseguiu mudar a cartografia deste pedaço da América do Sul e, assim, fez inserir no mapa o traçado da Ilha das Guianas, da qual Roraima faz parte, com toda sua exuberância e herança histórica, e a marca das influências da cultura caribenha.

    Os países Guiana e Suriname ficam no centro da Ilha das Guianas, território único que compõe maior ilha marítifluvial do planeta. Isso significa que a Ilha das Guianas é, ao mesmo tempo, atlântica, caribenha e amazônica, tendo como principais demarcações os dois principais rios do norte da América do Sul, o Amazonas e o Orinoco, e interconexão natural entre eles pelo canal Cassiquiare e o rio Negro. Já sua parte setentrional é dividida meio pelo rio Essequibo. Além de Suriname e Guiana, esse território é compartilhado, aqui no Brasil, pelo estados de Amapá, Roraima e a calha norte do Amazonas de todo o estado do Pará e do Amazonas e também pela Venezuela – passando pelos estados de Delta Amacuro, Bolívar e Amazonas – além da França (Surimane).

    A Ilha das Guianas tem uma área total de 1,7 milhão de km² e quase sete milhões de habitantes, considerando a localidades limítrofes, com cidades industriais como Manaus, Puerto Ordaz e Linden, além de polos regionais como Boa Vista, Macapá, Caiena, Puerto Ayacucho e São Gabriel da Cachoeira. (Informações da revista Carta Capital)


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    • 22 min
    Macuxicast T2_#EP01 - Kaline Barroso, uma artista de múltiplos talentos

    Macuxicast T2_#EP01 - Kaline Barroso, uma artista de múltiplos talentos

    Depois de um hiato de dois meses para merecida folga, o Macuxicast está de volta com força total para sua segunda temporada, nesta ano de 2021. E o start dessa nova fase do Podcast de Cultura da Amazônia não poderia ser de outra forma senão em grande estilo.

    Para brindar nossos ouvintes com um conteúdo de qualidade e com uma história que mostre a força da arte e da mulher roraimenses, nós convidados para este episódio uma protagonista do fazer artístico no estado que é a encarnação do talento no que diz respeito às artes dramáticas: a diretora, atriz, cantora e arte educadora Kaline Barroso.

    Esta mulher, protagonista da sua história, tem construído um lindo legado de dedicação à arte. Kaline tem contribuído de forma decisiva para formar novas gerações de atores e atrizes, nos últimos 20 anos, que é exatamente o tempo de existência da sua companhia de teatro, a Criarte Teatral.

    Talentosa, sensível e generosa, durante esses tempos pandêmicos nossa entrevistada também tem ajudado diversos artistas a enfrentarem as dificuldades impostas pela Covid-19. Kaline tem sido uma braça, da arte, uma fonte de inspiração, uma professora de estratégias sobre como se profissionalizar para viver do talento que Deus deu a cada um.

    Ela também tem sido, ao longo dos últimos anos, uma crítica contumaz da falta de políticas públicas efetivas e consistentes, em Roraima, voltadas para a economia da cultura. Bom, não vamos esgotar o conteúdo deste episódio do Macuxicast.

    Aperta o play e confere nossa conversa com a carismática e divertida Kaline Barroso.


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    • 30 min

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