35 min

#36 DA MARGEM DE ONDE SE FALA, UM LUGAR DE FALHA PALAVRA DE PSICANALISTA

    • Sociedade e cultura

Podcast: Palavra de Psicanalista

#36 DA MARGEM DE ONDE SE FALA, UM LUGAR DE FALHA

Convidado: Luccas Trindade, psicanalista, Mestre em Teoria Psicanalítica pela UFRJ e Doutorando em Psicologia No eixo clínica e cultura pela UFF

Produção: Associação Psicanalítica de Nova Friburgo
www.apnf.com.br

Host: Lívia Moura Andrade, psicanalista, Membro da Associação Psicanalítica de Nova Friburgo

Co-host: Marina Gripp, psicóloga e psicanalista, Membro da Associação Psicanalítica de Nova Friburgo

Participante: Heloísa Sampaio, psicóloga, membro provisório da SBPRJ

e-mail do podcast: palavradepsicanalista@gmail.com

A psicanálise emerge do momento onde os ouvidos de Freud escutam o que da cultura não encontra destino senão o silêncio. A palavra da histérica como eco de seu próprio corpo, canta nos ouvidos de Freud os segredos do inconsciente e desobedecendo as normas médicas, Freud funda um novo campo. Anos mais tarde, Lacan não poupou esforços para levar adiante o legado da psicanálise num exercício de retorno a Freud. Mas na tentativa de avançar nos estudos, debates e experimentações acerca do inconsciente, Lacan profanou conceitos clássicos, foi afastado de sua função como didata e posteriormente foi expulso da IPA. Abriu sua própria escola e produziu um deslocamento territorial para seus seminários: do hospital psiquiátrico para o auditório da universidade. Sua dissidência não foi em relação à psicanálise, mas ao protecionismo conceitual proposto por analistas conservadores. Nesse ponto em comum, desobediência e ruptura apontam para outras novidades. Na história da psicanálise, movimentos analíticos produzidos pela cultura fizeram esse campo avançar. Revisitar esse caminho é produzir hoje outras perguntas. Não cabe às escutas e às falas dissidentes alguma autoria em psicanálise? É possível ouvir, enquanto psicanalista, de outro lugar que não esse da castração? De que a psicanálise é feita e efeito hoje? No horizonte de respostas possíveis, a interação de Freud e Lacan não somente com autores clássicos e estrangeiros, mas também com aqueles que escrevem a partir das margens como Linn da Quebrada, Paul B. Preciado, Grada Kilomba, Djamila Ribeiro, Jota Mombaça e Lélia Gonzalez. Nas trincheiras da divisão subjetiva, inserir quem produz marcas no tecido da história, na formação de um analista.

Citações:
Djamila Ribeiro - O que é lugar de fala? (2017)
Grada Kilomba - Memórias de Plantação (2008)
Jota Mombaça - Não vão nos matar agora (2021)
Gayatri Spivak - Pode o subalterno falar? (2010)
Michel Foucault - Nietzsche, Freud, Marx (1975)
Sigmund Freud - Psicologia das massas e análise de eu (1921) e Mal-estar na civilização (1930)
Paul B. Preciado - Eu sou o monstro que vos fala

Músicas incidentais
*Down the Wired, de Spyro Gyra, é o trigésimo primeiro álbum , lançado em 28 de abril de 2009.
* Music provided by eoun.com

Podcast: Palavra de Psicanalista

#36 DA MARGEM DE ONDE SE FALA, UM LUGAR DE FALHA

Convidado: Luccas Trindade, psicanalista, Mestre em Teoria Psicanalítica pela UFRJ e Doutorando em Psicologia No eixo clínica e cultura pela UFF

Produção: Associação Psicanalítica de Nova Friburgo
www.apnf.com.br

Host: Lívia Moura Andrade, psicanalista, Membro da Associação Psicanalítica de Nova Friburgo

Co-host: Marina Gripp, psicóloga e psicanalista, Membro da Associação Psicanalítica de Nova Friburgo

Participante: Heloísa Sampaio, psicóloga, membro provisório da SBPRJ

e-mail do podcast: palavradepsicanalista@gmail.com

A psicanálise emerge do momento onde os ouvidos de Freud escutam o que da cultura não encontra destino senão o silêncio. A palavra da histérica como eco de seu próprio corpo, canta nos ouvidos de Freud os segredos do inconsciente e desobedecendo as normas médicas, Freud funda um novo campo. Anos mais tarde, Lacan não poupou esforços para levar adiante o legado da psicanálise num exercício de retorno a Freud. Mas na tentativa de avançar nos estudos, debates e experimentações acerca do inconsciente, Lacan profanou conceitos clássicos, foi afastado de sua função como didata e posteriormente foi expulso da IPA. Abriu sua própria escola e produziu um deslocamento territorial para seus seminários: do hospital psiquiátrico para o auditório da universidade. Sua dissidência não foi em relação à psicanálise, mas ao protecionismo conceitual proposto por analistas conservadores. Nesse ponto em comum, desobediência e ruptura apontam para outras novidades. Na história da psicanálise, movimentos analíticos produzidos pela cultura fizeram esse campo avançar. Revisitar esse caminho é produzir hoje outras perguntas. Não cabe às escutas e às falas dissidentes alguma autoria em psicanálise? É possível ouvir, enquanto psicanalista, de outro lugar que não esse da castração? De que a psicanálise é feita e efeito hoje? No horizonte de respostas possíveis, a interação de Freud e Lacan não somente com autores clássicos e estrangeiros, mas também com aqueles que escrevem a partir das margens como Linn da Quebrada, Paul B. Preciado, Grada Kilomba, Djamila Ribeiro, Jota Mombaça e Lélia Gonzalez. Nas trincheiras da divisão subjetiva, inserir quem produz marcas no tecido da história, na formação de um analista.

Citações:
Djamila Ribeiro - O que é lugar de fala? (2017)
Grada Kilomba - Memórias de Plantação (2008)
Jota Mombaça - Não vão nos matar agora (2021)
Gayatri Spivak - Pode o subalterno falar? (2010)
Michel Foucault - Nietzsche, Freud, Marx (1975)
Sigmund Freud - Psicologia das massas e análise de eu (1921) e Mal-estar na civilização (1930)
Paul B. Preciado - Eu sou o monstro que vos fala

Músicas incidentais
*Down the Wired, de Spyro Gyra, é o trigésimo primeiro álbum , lançado em 28 de abril de 2009.
* Music provided by eoun.com

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