Atenção, Passageiros Globoplay

Trezes anos antes dos atentados às Torres Gêmeas, nos EUA, o Brasil também sofria o seu próprio ataque terrorista através de um voo comercial. Num momento de profunda mudança política, Raimundo Nonato rendeu a tripulação do VASP 375 que se aproximava do pouso no Rio de Janeiro. O sequestrador obrigou o comandante Murilo a desviar a rota até Brasília, com a intenção de jogar o avião no Palácio do Planalto. Após duas manobras acrobáticas executadas com perfeição no Boeing 737 e mais de sete horas de negociações, no Aeroporto de Goiás, o desfecho foi surpreendente. A convidada deste episódio conheceu bem de perto aquela cabine de comando: Wendy Evangelista é filha do copiloto Salvador, que operava a aeronave ao lado de Murilo.

Ataques terroristas, no espaço aéreo mais vigilante do mundo, transformaram vários setores da sociedade. Neste episódio, o Comandante Lito se aprofunda no difícil momento em que o meio de transporte mais seguro de todos foi visto como ameaça à segurança internacional. Companhias aéreas precisaram se reinventar para investir em segurança, equilibrando os custos operacionais, enquanto passageiros se adaptavam aos novos e demorados procedimentos de embarque.

Nova Iorque é o cenário mais conhecido dos filmes de catástrofe. Também digno de cinema, é o Cactus 1549. Poucos segundos após o Comandante Sully admirar a bela vista do rio Hudson, um double bird strike fez com que o Airbus A320 perdesse todos os seus motores, numa das áreas mais densas do mundo. A rápida tomada de decisões e a ótima comunicação da tripulação tornaram aquele flight deck um importante legado para a aviação moderna, reforçando a segurança operacional dos jatos comerciais. Fernando De Borthole, piloto privado e proprietário de um hidroavião, comenta o evento conhecido como “Milagre do rio Hudson”.

Existe pânico dentro do flight deck? Nosso comandante garante que não: os pilotos comerciais são muito bem treinados para identificar falhas, tomar decisões e encontrar soluções. Até as frases comunicadas na cabine são condicionadas e constam nos protocolos de segurança. Essa cultura da aviação é tão efetiva que exporta conhecimento para outros setores da sociedade, como medicina, setor bancário, trens e metrôs.

“Nós temos um pequeno problema: todos os quatro motores do avião pararam”. Já imaginou ouvir esse anúncio de um piloto a 14 mil pés de altitude? Foi o que aconteceu com passageiros do Speedbird 9, em 1982. Respire fundo e embarque nessa história que teve um final pra lá de feliz - mesmo com muitos fatores que dificultaram a vida do comandante Eric Moody. Com boas doses de risada, o copiloto do nosso voo é o humorista - e fã de aviação - Rafael Portugal.

Ilha do Sal, Ilha de Ascensão, Saipan, Atol Midway… Conhece esses destinos? Os pilotos de voos ETOPS, certamente, sim! O comandante Lito explica o que é uma certificação ETOPS, a qual ele mesmo possui. São regras muito rígidas que interferem desde as rotas aeronáuticas até os treinamentos das equipes de solo. Tudo em prol daquilo que é inegociável para a aviação comercial: a segurança.