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Congresso: Fundão e muito mais O Assunto

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Com Jair Bolsonaro mais dependente de sua base parlamentar a cada revelação da CPI da Covid, deputados e senadores vão cuidando dos próprios interesses, sem maior preocupação com o pensamento ou as demandas da sociedade. Antes de saírem em férias, triplicaram o valor do fundo público que financia eleições, no que bem pode ser um “bode na sala”, explica Paulo Celso Pereira, editor-executivo do jornal O Globo. Diante da péssima repercussão, tudo caminha para um “acordo” que reduziria os quase R$ 6 bi para algo como R$ 4 bi - patamar que mantém as campanhas brasileiras entre as mais caras do mundo. Na conversa com Renata Lo Prete, Paulo Celso fala também de outras movimentações na mesma linha, previstas para a volta do recesso, em agosto. Uma delas pretende reduzir drasticamente a obrigação de prestar contas, criando uma espécie de “salvo-conduto para os gastos do Fundo Partidário" e terceirizando sua análise para auditorias privadas. Para completar, há a proposta de adoção de um regime semipresidencialista, que limitaria os poderes do chefe do Executivo, aumentando ainda mais os do Congresso. Ao abraçá-la, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), “quer esvaziar a pressão em torno dos mais de cem pedidos de impeachment de Bolsonaro". Como lembra Paulo Celso, falta apenas combinar com o eleitor, que já rejeitou o parlamentarismo (do qual o semipresidencialismo é a forma envergonhada) duas vezes em plebiscitos.

Com Jair Bolsonaro mais dependente de sua base parlamentar a cada revelação da CPI da Covid, deputados e senadores vão cuidando dos próprios interesses, sem maior preocupação com o pensamento ou as demandas da sociedade. Antes de saírem em férias, triplicaram o valor do fundo público que financia eleições, no que bem pode ser um “bode na sala”, explica Paulo Celso Pereira, editor-executivo do jornal O Globo. Diante da péssima repercussão, tudo caminha para um “acordo” que reduziria os quase R$ 6 bi para algo como R$ 4 bi - patamar que mantém as campanhas brasileiras entre as mais caras do mundo. Na conversa com Renata Lo Prete, Paulo Celso fala também de outras movimentações na mesma linha, previstas para a volta do recesso, em agosto. Uma delas pretende reduzir drasticamente a obrigação de prestar contas, criando uma espécie de “salvo-conduto para os gastos do Fundo Partidário" e terceirizando sua análise para auditorias privadas. Para completar, há a proposta de adoção de um regime semipresidencialista, que limitaria os poderes do chefe do Executivo, aumentando ainda mais os do Congresso. Ao abraçá-la, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), “quer esvaziar a pressão em torno dos mais de cem pedidos de impeachment de Bolsonaro". Como lembra Paulo Celso, falta apenas combinar com o eleitor, que já rejeitou o parlamentarismo (do qual o semipresidencialismo é a forma envergonhada) duas vezes em plebiscitos.

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