263 episódios

O Entre Fraldas é um podcast semanal, feito por dois pais, para compartilhar informações, opiniões e experiências sobre a criação de filhos.

Entre Fraldas Portal Desaprender

    • Crianças e família
    • 5,0 • 68 avaliações

O Entre Fraldas é um podcast semanal, feito por dois pais, para compartilhar informações, opiniões e experiências sobre a criação de filhos.

    DADTalks: Como conversar com crianças e adolescentes sobre Cyberbullying?

    DADTalks: Como conversar com crianças e adolescentes sobre Cyberbullying?

    Como conversar com crianças e adolescentes sobre Cyberbullying?

    Levar crianças e adolescentes a perceberem a profundidade das consequências do cyberbulling é fundamental para o desenvolvimento da responsabilidade

    A distância insensibiliza

    Ainda no século XIX, o romancista português Eça de Queiroz escreveu a história de Teodoro, um cidadão simples, que recebeu em certa noite uma proposta de um homem forte, vestido de preto, com chapéu alto e apoiado em um guarda-chuva:



    “No fundo da China existe um mandarim mais rico que todos os reis de que a fábula ou a história contam. Dele nada conheces, nem o nome, nem o semblante, nem a seda de que se veste. Para que tu herdes os seus cabedais infindáveis, basta que toques essa campainha, posta a teu lado, sobre um livro. Ele soltará apenas um suspiro, nesses confins da Mongólia. Será então um cadáver: e tu verás a teus pés mais ouro do que pode sonhar a ambição de um avaro. Tu, que me lês e és um homem mortal, tocarás tu a campainha?”



    Teodoro não resiste a tentação e aperta a campainha, dando fim ao pobre Ti Chin-Fu e herdando toda a sua fortuna. Depois de ter feito isso, passa a viver em riqueza, mas a culpa e a dor causada pela origem do dinheiro o perseguiam constantemente, como perseguiria qualquer um com o mínimo de honestidade e empatia. Mas Teodoro não era um homem mau, apenas alguém que cedeu a uma tentação. Se tivesse recebido um revólver para atirar no coração de Ti Chin-Fu certamente não o faria, muito menos golpearia o mandarim com facadas no peito, pois Teodoro não era mau.

    O Mandarim e o Cyberbulling

    Todos aqueles que trabalham com a educação já tiveram que lidar com conflitos desproporcionais entre crianças e adolescentes, quando um grupo (ou um indivíduo com maior influência) passa a promover agressões (verbais ou físicas), muitas vezes vistas como brincadeiras. Esse fenômeno passou a ser conhecido como bullying. 



    Nos últimos anos, as redes sociais trouxeram a existência do bullying virtual ou cyberbullying, que é uma prática semelhante, mas realizada através da internet. A possibilidade de agredir alguém remotamente pode ser responsável pelo acirramento de agressões e debates que presenciamos tantas vezes. Afinal, falar algo ofensivo com alguém que não se vê, não se escuta e talvez mesmo não se conheça parece ser menos penoso do que fazê-lo presencialmente. 



    A pesquisa Kids Tics Online, de 2018 (https://cetic.br/pesquisa/kids-online/publicacoes/) traz alguns dados para entendermos mais a profundidade do Cyberbullying:




     22% das crianças e adolescentes afirmam terem sido tratados de forma ofensiva na internet
    15% afirmam terem ofendido alguém em algum momento. 



    Quando se trata de presenciar situações de preconceito, a situação é ainda mais grave, 39% afirmam terem visto alguém ser discriminado na internet (sendo raça e aparência física os principais alvos de discriminação). Considerando o fato de a pesquisa ser de resposta espontânea, isto é, depende a própria percepção do adolescente sobre ofensa e discriminação, é bastante provável que esse número seja  ainda maior.

    Como lidar com o cyberbulling

    É necessário manter um diálogo constante com as crianças sobre esse fato. Como diretor de escola, já recebi alunos tristes por não terem sido convidados para o grupo de WhatsApp da turma. Claro, que trata-se de um reflexo da exclusão que já vivenciavam em sala, mas ali era como um papel assinado da turma afirmando que ele não era bem vindo. Muitas discussões e, às vezes, brigas entre alunos, tiveram origem em agressões escritas em redes sociais. Caso perceba um deslize de seu filho (pois, como Teodoro, ele não é uma pessoa má, mas pode ser tentado), não trate como algo banal, converse e oriente como faria se a agressão fosse presencial.



    Para que a internet seja segura para os nossos filhos, é preciso que ela seja s

    • 5 min
    Hora do Recreio: Podcasts de Histórias

    Hora do Recreio: Podcasts de Histórias

    Podcasts de Histórias

    E bateu o sinal para a hora mais legal!



    Nesta Hora do Recreio apresentamos 6 podcasts com histórias infantis para entreter as crianças e os adultos!




    Neste episódio


    Orquestra e Coro Carroussell
    Era uma vez um podcast
    Imagina Só
    Livros que amamos
    Vem ouvir essa história
    Contador de historinhas




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    • 28 min
    DADTalks: Porque ler é importante?

    DADTalks: Porque ler é importante?

    Quando começar a ler para meu filho?

    Olá, eu sou Marcelo Cafiero, aqui no feed do entre fraldas, você está escutando o DADTalks, um espaço para você tirar suas dúvidas sobre o desenvolvimento de crianças e adolescentes.

    Que ler é importante para crianças e para adultos, ninguém duvida (bom, talvez algumas pessoas duvidem, mas são as mesmas pessoas que duvidam que a terra é redonda, então elas não merecem crédito). A leitura desenvolve o vocabulário, possibilita a melhoria do raciocínio lógico argumentativo, o desenvolvimento da empatia e diversos outros benefícios (que ainda vamos falar pontualmente em episódios futuros). Todo mundo sabe sobre o valor da leitura e até hoje não conheci pessoalmente ninguém que negue isso (até mesmo aqueles que queimam livros em grandes fogueiras reconhecem o seu poder transformador e, por isso, acreditam em sua destruição como forma de eliminação de um pensamento).

    Mas quando você precisa começar a ler para o seu filho? A resposta, por mais óbvia que pareça, é agora. Independente da idade que ele tenha, se você ainda não leu para ele ou com ele, deve começar. Caso ele ainda esteja na barriga da mãe, leia!

    Em 2015, John Hutton, um neurologista e pesquisador do Hospital Infantil de Cincinatti, nos Estados Unidos, decidiu testar o velho ditado de que “quem lê viaja sem sair do lugar”. Para isso, ele coordenou um experimento com crianças de 3 a 5 anos, ainda em fase pré escolar. Dezenove crianças foram colocadas em uma sala com pouco estímulo visual e escutaram, através de um fone de ouvido, a uma narrativa ficcional destinada a sua faixa etária, enquanto tinham sua atividade cerebral monitorada.

    Antes, porém, seus responsáveis preencheram um formulário com perguntas sobre a interação com as crianças em casa. O questionário buscou identificar três áreas: hábitos de leitura entre pais e filhos, incluindo o acesso a livros, frequência e variedade de livros; interação entre pais e filhos, conversando ou brincando; e estímulo a habilidades específicas, como formas e contas. O objetivo do estudo, portanto, era identificar se haveria diferenças na ativação cerebral das crianças de acordo com suas experiências em casa.

    Crianças que tiveram um maior contato com a leitura, através da interação com os pais, apresentaram atividade cerebral mais intensa em áreas relacionadas à compreensão da linguagem e ao processamento semântico, áreas importantes para o desenvolvimento da fala e da aquisição da leitura e da escrita no futuro. Ainda, áreas relacionadas à reprodução e à interpretação de imagens também foram fortemente ativadas, destacando que essas crianças possuíam uma maior capacidade de visualizar a narrativa que estavam escutando.

    Portanto, o ditado provou-se verdadeiro: ao ler, a criança desenvolve não só a capacidade de expressão, mas também o poder da imaginação! Então, corre para a livraria mais próxima e prepare sua mini biblioteca.

    Se você gostou desse episódio, não esqueça de compartilhar com os amigos. Envie para aquela pessoa que convive com uma criança em casa. Você pode entrar no nosso grupo do whatsapp, pelo link bit.ly/dadtalks e receber os arquivos dos episódios novos. Pode também assinar o DADTalks em seu agregador favorito ou nos seguir no Spotify. Um abraço e até o próximo episódio.

    Referências:


    http://www.aappublications.org/content/early/2015/04/25/aapnews.20150425-4
    http://pediatrics.aappublications.org/content/136/3/466
    https://desaprender.com.br/blog/10-fatos-sobre-a-importancia-da-leitura-para-criancas/

    • 3 min
    Mamada ou Cagada: Marvel da Netflix, Crianças Ucranianas e Melancia na Mochila

    Mamada ou Cagada: Marvel da Netflix, Crianças Ucranianas e Melancia na Mochila

    Marvel da Netflix, Crianças Ucranianas e Melancia na Mochila

    No Mamada ou Cagada deste mês convidamos o pai do Benjamim e host do podcast Afropai, Leandro Pereira, para conversarmos sobre a briga entre Disney e Netflix, sobre a situação das crianças ucranianas refugiadas e sobre o caso de um aluno que levou uma melancia para a escola.




    Matérias comentadas:


    Organização de pais nos EUA condena Disney por incorporar séries da Marvel para a Netflix ao catálogo do Disney Plus
    Crianças ucranianas são recebidas com aplausos em escola na Itália
    Aluno é suspenso após levar melancia para colégio em SP e causar ‘algazarra’
    Aluno suspenso por levar melancia a colégio e causar baderna e sujeira grava vídeo e se desculpa por 'brincadeira de mau gosto' em SP




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    • 1h 6 min
    DADTalks: O excesso de tela cria crianças menos empáticas?

    DADTalks: O excesso de tela cria crianças menos empáticas?

    A criança que passa muito tempo online será menos empática?

    Bem vindos ao DadTalks, um podcast da família do Entre Fraldas.

    Quando éramos crianças em um mundo sem conexão de internet, no qual a tela se limitava à TV da sala de casa, era mais comum irmos a casa dos colegas para realizarmos os trabalhos escolares, jogarmos jogos de tabuleiro em tardes chuvosas, brincar de detetive, amarelinha e tantas outras coisas presencialmente. Com o crescimento da internet e o aumento da violência nas ruas, é mais comum que crianças e adolescentes fiquem em casa, em frente a videogames e telas de celular. A interação face a face foi reduzida e isso pode trazer algum impacto para o futuro?

    Li uma vez um estudo que afirmava que casais que estão juntos há muito tempo acabavam tendo expressões faciais semelhantes. Se isso acontece com amigos também, posso dizer que tendo convivido com o Rodrigo, meu parceiro no Entre Fraldas, há mais de vinte anos, muita gente além de confundir nossas vozes, costuma dizer que somos parecidos (eu discordo). A questão é que algumas pesquisas indicam como observamos e imitamos as expressões faciais de pessoas com as quais temos contato, isso, claro, também é uma forma de lermos essas expressões

    Em 2012, cinquenta e uma crianças de escolas americanas visitaram um acampamento de verão, daqueles típicos de filmes infantis americanos. A maior parte delas possuía celulares que utilizavam com frequência, mas foram obrigados a deixar os aparelhos de lado para realizar caminhadas, jogos de desafio, esportes e outras atividades coletivas. Ou seja, durante um período de uma semana, essas cinquenta e uma crianças ficaram em uma imersão de atividades presenciais, afastadas de qualquer tela (celular, computador e mesmo TV).

    No início da semana, os alunos foram submetidos a um teste de percepção de sentimentos expressos por adultos e crianças que eram apresentadas em imagens estáticas ou arquivos sonoros. Neste primeiro teste, em média, as crianças erraram 14 das 48 expressões apresentadas. Sem que tivessem acesso aos resultados do primeiro teste, as mesmas crianças foram avaliadas ao final do acampamento e a taxa de erro caiu para 9,5 em média. A melhora do desempenho desse grupo foi 50% maior do que a obtida pelo grupo de controle, que era composto por crianças com perfil semelhante que não foram ao acampamento e mantiveram o contato com telas.

    Sem ver a pessoa com quem interagimos, parece ser uma conclusão lógica de que perderemos a capacidade de interpretar suas expressões faciais e corporais. Mesmo quando interagimos através de vídeo, há um número limitado de informações que somos capazes de perceber no enquadramento escolhido pelo emissor. Assim, se você deseja que sua criança seja capaz de compreender o outro e também se expressar facial, vocal e corporalmente, ela precisa de ter contato presencial com outros adultos e crianças, especialmente nas chamadas fases críticas do desenvolvimento, dos 0 aos 5 anos e dos 10 aos 15 (está aí uma das grandes importâncias do Ensino Fundamental de maneira presencial). 

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    • 5 min
    Entre Vista: O Maluquinho Yabu

    Entre Vista: O Maluquinho Yabu

    Entre Vista: O Maluquinho Yabu

    Nesta semana conversamos (novamente!) com o pai da Luna e criador dos Combo Rangers, das Princesas do Mar, do Perfect Slime e de vários outros importantes projetos, Fábio Yabu!



    E desta vez o papo foi sobre o seu mais recente projeto: os livros "Os Meninos Maluquinhos" e "As Meninas Maluquinhas".




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    • 33 min

Opiniões de clientes

5,0 de 5
68 avaliações

68 avaliações

GéeTati ,

Super pais

Todo pai tem que ouvir esses dois e os convidados

VernonGamarra ,

Digno de maratona!

Após finalizar a maratona de todos episódios disponíveis até então, posso afirmar: VALE MARATONAR!!
Muito conteúdo de qualidade, com dicas e tudo mais que uma pessoa precisa para ser uma pessoa melhor! 👏🏻👏🏻
Recomendo! 👊🏻

Lucia Vulcano ,

🧚🏽‍♀️

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