Momento da Política - Merval Pereira CBN

Merval Pereira avalia que o presidente da República tem promovido um ambiente político mais tranquilo para evitar reveses em outubro, mês no qual o TSE julgará processo contra a chapa Bolsonaro-Mourão. O tribunal investiga disseminação de fake news durante a campanha de 2018 e uso ilegal de plataformas. Além disso, a CPI da Covid-19 deve finalizar os trabalhos em outubro e mirar no presidente em seu relatório.

Merval Pereira fala sobre o processo no TSE que julga o envio em massa de mensagens por WhatsApp e que envolve a chapa de Bolsonaro e Mourão. Comentarista destaca que não tem expectativa de que a chapa seja cassada, mas avalia que sairão revelações desse julgamento que serão politicamente muito ruins para o presidente. Merval diz ainda que Bolsonaro 'deu uma recuada' por causa disso. Se o clima estivesse tenso durante o julgamento, a chance dele ser condenado seria muito maior.

Merval Pereira faz uma análise sobre a entrevista do Presidente da República à revista Veja e avalia que Bolsonaro percebeu que, ao esticar a corda, acabou criando uma situação difícil para si mesmo. O presidente dizer que não vai melar o jogo é o que deveria ter sido feito desde o início. Comentarista critica as recentes declarações de Bolsonaro sobre a Covid-19 e seus ataques à vacina. 'É uma irresponsabilidade monumental', diz.

Merval Pereira comenta a aprovação no Senado da PEC da reforma eleitoral sem o ponto que trazia o retorno das coligações partidárias. Segundo a relatora Simone Tebet, o modelo favorece 'fragmentação partidária'. Para Merval, o retorno das coligações seriam um 'grande retrocesso' político.

Merval Pereira critica o tamanho da comitiva brasileira a Nova York para acompanhar a Assembleia Geral da ONU. 'Ninguém tinha nada marcado para fazer em Nova York a não ser ouvir o discurso do presidente e passear de avião', diz. Dois membros da comitiva pegaram Covid, entre eles o ministro da Saúde Marcelo Queiroga. 'É impressionante que o Brasil ainda se comporte dessa maneira', avalia.

Merval Pereira analisa o discurso do presidente da República na Assembleia Geral da ONU. Para ele, Bolsonaro foi a Nova York 'cheio de meias verdades, como se fossem verdades inteiras' e se autoelogiou ao citar avanços pregressos na política ambiental do país, 'mas não citou os recuos' de seu governo. Segundo Merval, o discurso foi eleitoreiro, voltado não para a opinião pública internacional, mas para sua franja de seguidores radicais.