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Para onde vai o Chile no 2º turno‪?‬ O Assunto

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Desde a redemocratização, coalizões de centro-direita e de centro-esquerda se alternaram no poder. Uma equação, ao menos na aparência, mais estável que a de outros países da região até 2019, quando milhares de chilenos tomaram as ruas por dois meses. “A panela de pressão explodiu”, resume a socióloga Beatriz Della Costa, diretora do Instituto Update, que estuda inovação política na América Latina. Para ela, dois fatores explicam a virada de vento: “brutal desigualdade social” e “baixo acesso a serviços públicos”. Os protestos abriram caminho para uma Assembleia Constituinte, eleita em maio deste ano, de configuração majoritariamente progressista. E agora, apenas seis meses depois, nova inflexão: no primeiro turno da disputa presidencial, realizado no domingo passado, o candidato da extrema-direita, José Antonio Kast, chegou na frente, com 28% dos votos. Na etapa final, seu adversário será o Gabriel Boric, de esquerda, que obteve 25%. “O que está em jogo é a capacidade de mobilização” de cada um, afirma Beatriz. Para o historiador Felipe Loureiro, os eleitores de Franco Parisi (terceiro colocado, com 13%), serão o fiel da balança. E, até aqui, os sinais são de que Kast teria capacidade de atraí-los em maior número. Loureiro, coordenador do curso de Relações Internacionais da USP e do Observatório da Democracia no Mundo, explica que a agenda econômica e o discurso de ordem de Kast têm aderência no mercado e entre nostálgicos da ditadura -ele é defensor ferrenho de Augusto Pinochet. Já a pauta de Boric, ligada a temas como preservação ambiental e defesa dos direitos humanos, encontra eco no eleitorado mais jovem.

Desde a redemocratização, coalizões de centro-direita e de centro-esquerda se alternaram no poder. Uma equação, ao menos na aparência, mais estável que a de outros países da região até 2019, quando milhares de chilenos tomaram as ruas por dois meses. “A panela de pressão explodiu”, resume a socióloga Beatriz Della Costa, diretora do Instituto Update, que estuda inovação política na América Latina. Para ela, dois fatores explicam a virada de vento: “brutal desigualdade social” e “baixo acesso a serviços públicos”. Os protestos abriram caminho para uma Assembleia Constituinte, eleita em maio deste ano, de configuração majoritariamente progressista. E agora, apenas seis meses depois, nova inflexão: no primeiro turno da disputa presidencial, realizado no domingo passado, o candidato da extrema-direita, José Antonio Kast, chegou na frente, com 28% dos votos. Na etapa final, seu adversário será o Gabriel Boric, de esquerda, que obteve 25%. “O que está em jogo é a capacidade de mobilização” de cada um, afirma Beatriz. Para o historiador Felipe Loureiro, os eleitores de Franco Parisi (terceiro colocado, com 13%), serão o fiel da balança. E, até aqui, os sinais são de que Kast teria capacidade de atraí-los em maior número. Loureiro, coordenador do curso de Relações Internacionais da USP e do Observatório da Democracia no Mundo, explica que a agenda econômica e o discurso de ordem de Kast têm aderência no mercado e entre nostálgicos da ditadura -ele é defensor ferrenho de Augusto Pinochet. Já a pauta de Boric, ligada a temas como preservação ambiental e defesa dos direitos humanos, encontra eco no eleitorado mais jovem.

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