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#82 - Samba de roda com café - O sentido das rodas nas culturas populares Casa de Tapera - samba de roda podcast - #01 - samba com café - cantigas de entrada

    • Society & Culture

   As rodas estão mais do que presentes na maioria das culturas populares do nosso grande Brasil, logo elas tem uma importância enorme em tudo que fazemos, isso quer dizer que tem significados diferentes, porém elas tem a mesma essência, a mesma importância, afinal, tudo começa por elas, pelas rodas.
  Acreditamos que a vida é cíclica, ou seja, isso já vem dos candomblés, que estão figurados entre as primeiras manifestações ligadas aos povos negros em nosso país, apesar de também já serem usadas antes da invasão portuguesa, pelos indígenas, logo, as culturas e manifestações em roda.
  A roda traz consigo o ciclo, logo o dinamismo acompanha tudo o que em feito em roda, e quase todas as nossas culturas são feitas em roda e trazem em algum momento o ato de rodar, de girar, seja em torno dela, seja girando em torno de si, ou seja usando a roda de diferentes maneiras, o grande ponto é que isso tem um significado, ou melhor ainda, tem vários significados.
  Hora a energia está dinâmica, hora está estática, hora mais rápida, hora mais devagar, ou seja ela é cíclica, isso quer dizer que a energia nunca é a mesma, nunca está igual, ela vai se moldando, se transformando, de acordo com as necessidades do lugar ou do momento, e essa energia é o resultado de uma boa condução por parte das pessoas e/ou instrumentos envolvidos no ato.

  Porém o entendimento se faz necessário, tanto no âmbito político, cultural ou mesmo religioso, por isso mesmo por se acreditar na ancestralidade, por ela ser a base de tudo, entende-se, pelo menos nas religiões afro-decendentes, que esses giros devem ser sempre no sentido anti - horário para se buscar a ancestralidade, na busca pela sabedoria dos mais antigos, da energia dos mais antigos, o conhecimento armazenado pela ancestralidade, isso quer dizer que com o simples ato de rodar na roda para este lado, faz essa conexão ancestral fazer muito mais sentido e acontecer dentro de uma lógica muito inteligente.
 E apesar de não ser uma regra para as outras culturas populares, naturalmente o sentido da ancestralidade acaba chegando a todos os envolvidos de uma maneira ou de outra. Então as culturas populares são obrigadas a seguir esse giro no sentido anti-horário como fazem os candomblés? de maneira nenhuma, as culturas são livres para ser como são, porém a preocupação com o orgulho negro, com sua cultura e com a maneira como os negros se desenvolvem na sociedade pós diáspora, nos traz a importância de uma fundação forte de argumentos, uma base sólida para a sua cultura, a fortalece e impede que ela seja controlada por pessoas de outras culturas, que não fazem parte desse entendimento, o que obviamente é no mínimo perigoso.
 Podemos então concluir que apesar de não ser uma regra e nem mesmo uma verdade, com certeza é inteligente, é emponderador, e ajuda a manter a cultura preta na mão de cada vez mais pessoas pretas. Se na capoeira ou no samba os giros ou votas ao mundo são livres, e podem optar, escolher o lado que se quer girar, porque não começarmos a trabalhar uma consciência coletiva preta, que nos faz ter bases sólidas, respostas para o que fazemos? Já que sou livre para girar, porque não fazer isso do jeito que a ancestralidade nos mostra? se é igual para a sua cultura, ajude a manter o elemento preto dentro das culturas pretas. Gostou da reflexão? então vem com a gente.

   As rodas estão mais do que presentes na maioria das culturas populares do nosso grande Brasil, logo elas tem uma importância enorme em tudo que fazemos, isso quer dizer que tem significados diferentes, porém elas tem a mesma essência, a mesma importância, afinal, tudo começa por elas, pelas rodas.
  Acreditamos que a vida é cíclica, ou seja, isso já vem dos candomblés, que estão figurados entre as primeiras manifestações ligadas aos povos negros em nosso país, apesar de também já serem usadas antes da invasão portuguesa, pelos indígenas, logo, as culturas e manifestações em roda.
  A roda traz consigo o ciclo, logo o dinamismo acompanha tudo o que em feito em roda, e quase todas as nossas culturas são feitas em roda e trazem em algum momento o ato de rodar, de girar, seja em torno dela, seja girando em torno de si, ou seja usando a roda de diferentes maneiras, o grande ponto é que isso tem um significado, ou melhor ainda, tem vários significados.
  Hora a energia está dinâmica, hora está estática, hora mais rápida, hora mais devagar, ou seja ela é cíclica, isso quer dizer que a energia nunca é a mesma, nunca está igual, ela vai se moldando, se transformando, de acordo com as necessidades do lugar ou do momento, e essa energia é o resultado de uma boa condução por parte das pessoas e/ou instrumentos envolvidos no ato.

  Porém o entendimento se faz necessário, tanto no âmbito político, cultural ou mesmo religioso, por isso mesmo por se acreditar na ancestralidade, por ela ser a base de tudo, entende-se, pelo menos nas religiões afro-decendentes, que esses giros devem ser sempre no sentido anti - horário para se buscar a ancestralidade, na busca pela sabedoria dos mais antigos, da energia dos mais antigos, o conhecimento armazenado pela ancestralidade, isso quer dizer que com o simples ato de rodar na roda para este lado, faz essa conexão ancestral fazer muito mais sentido e acontecer dentro de uma lógica muito inteligente.
 E apesar de não ser uma regra para as outras culturas populares, naturalmente o sentido da ancestralidade acaba chegando a todos os envolvidos de uma maneira ou de outra. Então as culturas populares são obrigadas a seguir esse giro no sentido anti-horário como fazem os candomblés? de maneira nenhuma, as culturas são livres para ser como são, porém a preocupação com o orgulho negro, com sua cultura e com a maneira como os negros se desenvolvem na sociedade pós diáspora, nos traz a importância de uma fundação forte de argumentos, uma base sólida para a sua cultura, a fortalece e impede que ela seja controlada por pessoas de outras culturas, que não fazem parte desse entendimento, o que obviamente é no mínimo perigoso.
 Podemos então concluir que apesar de não ser uma regra e nem mesmo uma verdade, com certeza é inteligente, é emponderador, e ajuda a manter a cultura preta na mão de cada vez mais pessoas pretas. Se na capoeira ou no samba os giros ou votas ao mundo são livres, e podem optar, escolher o lado que se quer girar, porque não começarmos a trabalhar uma consciência coletiva preta, que nos faz ter bases sólidas, respostas para o que fazemos? Já que sou livre para girar, porque não fazer isso do jeito que a ancestralidade nos mostra? se é igual para a sua cultura, ajude a manter o elemento preto dentro das culturas pretas. Gostou da reflexão? então vem com a gente.

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