Podcast do Patroni Patroni

Quando foi convidada pelo marido para fazer parte da ONG Aliança da Terra, a Aline Locks passou a conviver constantemente com o mundo rural. Filha de professores, a engenheira ambiental nasceu e cresceu na capital de Mato Grosso do Sul. Morou em Mato Grosso e, atualmente, em Goiás. Lá fica a sede da Produzindo Certo, empresa que ajudou a criar, e que une assistência técnica de campo e tecnologias, para diagnosticar os passivos ambientais de uma fazenda, elaborar planos de ação e encontrar maneiras de colocá-los em prática.

Com mais de 7 milhões e meio de hectares monitorados e quase 3 milhões 300 mil de vegetação nativa preservada, a agtech também conecta produtores que adotam melhores práticas sócio-ambientais a grandes empresas do agro que buscam uma cadeia de fornecedores responsável e costumam remunerar mais por isso.
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Você sabe que o avanço da tecnologia modernizou as atividades agropecuárias e segue transformando a realidade do campo, né? Há mudanças na maneira de produzir alimentos, de gerenciar os rumos da propriedade rural e também na forma de negociar a produção.

Na comercialização de bovinos não é diferente. Novas ferramentas buscam facilitar a vida tanto de quem quer comprar, quanto de quem quer vender os animais. Entre as vantagens, destaque para agilidade, segurança e, principalmente, para o maior leque de opções que - consequentemente - aumenta a chance da realização de melhores negócios. E é um destes exemplos que você vai conhecer neste episódio.

Quando mudou-se para estudar na Alemanha, o Eduardo Farah chegou a pensar em não voltar a morar no Brasil. A vida no Velho Continente e as oportunidades profissionais que enxergou quase o convenceram a ficar por lá. O retorno foi consequência de uma necessidade: unir forças e conhecimentos para garantir a permanência da família na pecuária, que enfrentava um momento difícil no país.

A decisão gerou resultados. E as estratégias adotadas para superar os obstáculos vivenciados no dia a dia da fazenda, serviram também como base para o início de uma nova empreitada: a criação de uma empresa que usa a tecnologia e a expertise profissional de quem conhece e entende a realidade do campo, para auxiliar os pecuaristas na hora de negociar os animais com outros produtores.
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Considerada mais que um insumo, a semente é matéria-prima pro início de uma lavoura. Carregada de tecnologia, é um dos grandes símbolos da evolução da nossa agricultura, permitindo que o agricultor escolha as variedades que reúnam as características mais apropriadas para a região, época, condição e estratégia de cultivo.

Nosso convidado conhece muito sobre o tema. Lidera uma empresa de sementes com mais de duas décadas de história em Mato Grosso. No bate-papo, fala sobre como a incidência do El Niño na safra de verão pode impactar a oferta de algumas cultivares para a próxima safra, comenta a ritmo mais lento da venda de sementes para a temporada 24/25 e também explica as vantagens para o produtor da aquisição de sementes tratadas na indústria.

Natural de Getúlio Vargas, o gaúcho Eduardo Dallastra mudou-se ainda criança para Mato Grosso. A ligação dele com o campo vem de berço e foi intensificada com a chegada da família no cerrado, onde o pai começou a produzir grãos e, posteriormente, focou na produção de sementes de soja.Com o tempo, o Eduardo percebeu que tinha muita afinidade com gestão de negócios e direcionou os estudos para este rumo: fez direito e administração de empresas, MBA em marketing e estratégia de negócios, além de mestrado em agroenergia. Na jornada profissional acumulou experiência dentro e fora do Brasil, conduzindo - inclusive - a venda da participação da empresa familiar de sementes para um grupo francês. Após a negociação, tornou-se CEO da nova empresa, que nos últimos anos, tem tem crescido a passos sólidos.
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Ele carrega sobrenome conhecido na capital mato-grossense, herança de um dos avôs. Do outro, herdou o amor pelo mundo rural e a paixão pelos cavalos. Antes mesmo de alcançar a maioridade, comprou - junto com o irmão - as primeiras éguas. Era o início de um projeto que que hoje concentra 3 haras e uma série de serviços, como treinamento, alojamento, inseminação, equoterapia, escolas de hipismo e tambor, preparação de animais para leilão e por aí vai.

Com o tempo e a dedicação, a dupla conquistou respeito tanto na equinocultura quanto nos esportes equestres, não apenas pela história que construiu, mas também pela luta constante para promover ações que fomentem e incentivem a prática destas atividades.

Com esforço, resiliência e muito amor envolvido, o que parecia um sonho tornou-se realidade. Há pouco mais de uma década, os irmãos Marco e Caê Póvoas, realizaram em Cuiabá, a primeira semana do cavalo. Entre acertos e pontos de melhoria, o projeto ganhou corpo. Evoluiu ano a ano e consolidou-se no calendário de Mato Grosso. Com palestras técnicas, atrações para crianças, shows, leilões e muito esporte equestre, o evento chega a décima-primeira edição mais robusto, como uma das grandes feiras do setor. A expectativa é superar os números do ano passado, quando 100 mil pessoas visitaram a semana do cavalo, movimentando mais de R$ 20 milhões.

No bate-papo, o Caê não esconde o orgulho com os resultados, mas reforça que o maior legado do evento é a valorização do universo equestre, servindo - inclusive - para muita gente, como a porta de entrada para este mundo.
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Ele trocou a possibilidade de morar na Califórnia pela oportunidade de iniciar uma carreira em Mato Grosso. Ao invés de trabalhar com a previsão de terremotos, tornou-se empresário no ramo da mineração. Atento às transformações e tendências no mundo, virou referência em assuntos relacionados a empreendedorismo e inovação, especialmente no setor industrial.

 

Sem medo de errar, afirma que o estado onde vive é diferenciado, dono de uma agropecuária de excelência e níveis de produtividade invejáveis, mantendo mais de 60% da vegetação nativa ainda preservados. Um exemplo de sustentabilidade incomparável no planeta.

 

Perto de completar meio século de vida, o Gustavo de Oliveira tem muita bagagem para compartilhar. Dono de uma trajetória profissional recheada de experiências, fala com propriedade sobre as diferenças entre a gestão pública e a privada, ressaltando que é importante a soma de forças para construir estratégias capazes de superar os obstáculos que atrapalham o desenvolvimento. Além dos desafios logísticos em um estado gigante e distante dos portos e dos grandes centros consumidores, destaca a escassez de mão-de-obra qualificada como um gargalo que atinge o setor industrial, incluindo - claro - a agroindústria.

 

No bate-papo, fala sobre tecnologia, gestão, bioeconomia, política e comunicação, reforçando o tamanho do potencial de desenvolvimento de Mato Grosso, e as ações que acredita serem necessárias para transformar toda essa expectativa em realidade.
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Determinação! Esse foi um dos principais combustíveis para transformar Mato Grosso em uma potência agropecuária, na avaliação do Ilson Redivo. O catarinense que formou-se técnico agrícola no Paraná, onde também iniciou a carreira profissional, mudou-se para o estado no fim dos anos 80 e não saiu mais daqui. O local escolhido foi Sinop, que naquela época era completamente diferente do pólo regional que virou. Quase 4 décadas depois, ele relembra a trajetória percorrida, orgulhoso da história que ajudou a escrever e do setor que integra, representa e defende.

Foi durante uma entrevista a jornalistas franceses que Redivo ficou mais conhecido em várias regiões do Brasil. Ao ser questionado por mais de uma vez sobre a relação entre o avanço da agropecuária e o desmatamento, notou a postura tendenciosa do repórter e não pensou duas vezes: "rasgou o verbo” pontuando as restrições impostas pelo nosso código florestal, o tamanho da nossa área preservada e a sustentabilidade da nossa produção. Comparou tudo com a realidade na França e com o próprio continente europeu, deixando os comunicadores sem palavras. O vídeo, que viralizou, mostrou uma das características do atual presidente do Sindicato Rural de Sinop: a de defensor do agro, sempre com fortes argumentos baseados em números e fatos.
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