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Um podcast sobre política. Produzido por Franciele Rodrigues, Isabella Alonso Panho e Leiliani de Castro

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Um podcast sobre política. Produzido por Franciele Rodrigues, Isabella Alonso Panho e Leiliani de Castro

    O que elas pensam #119 - “Poéticas de Terreiro: uma cartografia ancestral com o Ylê Àxé Òpó Omim” - Entrevista com Lari Alvanhan

    O que elas pensam #119 - “Poéticas de Terreiro: uma cartografia ancestral com o Ylê Àxé Òpó Omim” - Entrevista com Lari Alvanhan

    Nas encruzilhadas, encontramos Lari. Quatro letras, uma imensidão. Multiartista, esbanja generosidade em todas as linguagens. Nada nela – e com ela – passa despercebido ou é pequeno. Ao final de toda aula, ela diz “eu escrevi um textinho” e, assim, sem pretensão, te convoca para outros mundos – o dela, o seu, onde todes cabem sem precisar se espremer.

    Foi através deles que, cada vez mais, Lari foi chegando para nós. O nosso primeiro encontro: em 2021, durante uma reunião do grupo de pesquisa DECO (Decolonialidades na Comunicação) e como banzeiro que é, Lari nos chacoalhou da cabeça aos pés, mas também se fez colo.

    No último dia 4 de dezembro, Lari defendeu sua dissertação “Poéticas de Terreiro: uma cartografia ancestral com o Ylê Àxé Òpó Omim”, vinculada ao PPGCOM (Programa de Pós-Graduação em Comunicação) da UEL (Universidade Estadual de Londrina (UEL) sob a orientação de Mônica Panis Kaseker e Mãe Omin.

    A pesquisa é marcada por uma série de pioneirismos: a primeira dissertação do Programa defendida em um terreiro de candomblé, o desenvolvimento de uma “cartografia ancestral”, o emprego de saberes dos terreiros entre outros grupos subalternizados.

    Aqui, você escuta Lari partilhar sobre sua chegada ao Ylê – que completou 35 anos neste mês – a busca por sua ancestralidade – o que lhe conduz a realização de uma ciência encarnada e “xirê decolonial”. Ela também aborda a importância da branquitude ser aliada na luta antirracista, o papel de uma educação menos tecnicista, atenta às diversidades no combate à intolerância religiosa, incluindo a desfolclorização das religiões de matriz africana. E como não poderia deixar de ser, também ouve Lari falar sobre resistência.

    • 1 hr 32 min
    O que elas pensam #118 - "Lute como uma gorda" - Entrevista com Malu Jimenez e Bruna Mendroni

    O que elas pensam #118 - "Lute como uma gorda" - Entrevista com Malu Jimenez e Bruna Mendroni

    Londrina, 8 de dezembro de 2023. Foi nesta sexta-feira ensolarada, mas com vento gelado que encontramos Malu Jimenez e Bruna Mendroni na UEL para a roda de conversa “Basta de Gordofobia: lute como uma gorda”.

    Malu é filósofa, pós-doutoranda na UFRJ, coordenadora do Grupo Estudos Transdisciplinares das Corporalidades Gordas no Brasil, professora do PPGCOM/UEL. Malu sorri com os olhos sem parar e tem uma das escutas mais atentas que já tivemos o privilégio de topar.

    Bruna é mestranda em Psicologia na UEL, idealizadora do @descategorizando (descat para os íntimos) que tem o propósito de “desconstruir o imaginário que temos de ‘categorizar’ vivências e subjetividades”. Amante de comédias românticas e massas, com suas frases certas, sem muitas vírgulas, ela te vira de cabeça para baixo.

    Artesãs de uma ciência encarnada, que não economiza nos afetos e, portanto, esbanja sentidos, Malu e Bru têm se dedicado a compreender a construção e consequências da gordofobia. A estigmatização, sobretudo de mulheres, entre outras violências que de múltiplas formas, tentam excluir corpas gordas do cotidiano.

    Para nossa sorte, o encontro se estendeu para a tarde, no lançamento do livro de Malu “Lute como uma gorda”, na Olga, a livraria da cidade, seguida da gravação deste episódio. Ainda, estivemos juntas na banca-performance de Bruno Azzani no sábado pela manhã, dia 9, no Ibirá das Artes. Foram dois dias de imersão e a certeza para vida toda de que como diz Malu “escolhemos ao lado de quem queremos caminhar”.

    Atravessadas pelo gênero, também pelas corporalidades dissidentes, Malu e Bru são corações-pesquisadoras que incessantemente precisam “colocar o pé na porta” para acessar espaços, direitos, para serem ouvidas. Aqui, você acompanha elas falarem sobre resistência, feminismo gordo, indústria do emagrecimento, entre outros assuntos.

    Malu e Bru, muito obrigada pelas imensuráveis partilhas.

    • 42 min
    O que elas pensam #117 - 6/9: o que sexo tem a ver com política?

    O que elas pensam #117 - 6/9: o que sexo tem a ver com política?

    6 de setembro ou (6/9) - chocando um total de zero pessoas - é considerado Dia do Sexo. Mas o que a data tem a ver com política? É o que discutimos neste episódio, em que recebemos a mestranda em Sociologia, Mirian Borges e Felipe Machado, mestrando em Psicologia, também na UEL.



    Partindo de discussões sobre prostituição e pornografia, debatemos a criminalização de sexualidades dissidentes, o prazer da mulher enquanto ato político e de resistência sob uma sociedade que intenta controlar seus desejos, a influência da moralidade cristã para que o assunto ainda seja tabu, a importância de ampliar a educação sexual e da regulamentação do trabalho sexual, entre outras questões.



    Em um país em que os crimes sexuais têm crescido e são cometidos, majoritariamente, contra vulneráveis, urge refletirmos sobre como a política atravessa nossos corpos.

    • 1 hr 1 min
    Ep. Extra: Gênero e ditadura empresarial-militar no Brasil - entrevista com Marina Adams

    Ep. Extra: Gênero e ditadura empresarial-militar no Brasil - entrevista com Marina Adams

    Na última segunda-feira (28), dia em que a Lei da Anistia completou 44 anos, estivemos na UEL (Universidade Estadual de Londrina) para uma entrevista com Marina Adams, doutoranda na Brown University, onde estuda as relações entre gênero e autoritarismo durante a ditadura empresarial-militar no Brasil. Desde 2019, ela coordena o projeto “Opening the Archives”, responsável por digitalizar, desde sua constituição em 2013, mais de 60.000 documentos, incluindo, o Arquivo Nacional dos Estados Unidos e, mais recentemente, acervos de exilados na França.

    Na conversa, falamos sobre a atuação de mulheres (mais quais mulheres?) no enfrentamento aos anos chumbo e as tentativas de apagamento na história oficial das múltiplas formas de resistência organizadas por elas. Considerando que os períodos históricos são cíclicos e permeados por disputas, também discutimos o sustento aos governos militares por parte de mulheres conservadoras. Ainda, debatemos como a memória (ou a falta dela) reproduz opressões de gênero. 

    Mais informações sobre o “Opening the Archives” podem ser consultadas em: https://bit.ly/3YWwrCs

    • 45 min
    O que elas pensam #116 - Feirão da resistência e o protagonismo de mulheres

    O que elas pensam #116 - Feirão da resistência e o protagonismo de mulheres

    Existem muitas Londrinas dentro de Londrina. Há muita vida pulsando para além do concreto que cada vez mais engole a Gleba Palhano. Londrina é muito mais que isso, tem infinita potencialidade de histórias outras e espaços de luta como o Feirão da Resistência. 

    Completando seis anos na cidade, a iniciativa surgiu como uma ocupação e aos poucos se tornou um local de encontro, onde experienciamos outros modos de ser e estar no mundo - o que perpassa desde o cultivo de alimentos sem veneno, com respeito à terra, conforme nos conta Jovana Cestille, agricultora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), assentada na comunidade Eli Vive, localizada no distrito de Lerroville, em Londrina. 

    E continua no preparo de cada ingrediente em uma alquimia que carrega a ancestralidade na construção dos sabores, como compartilha Mara Tapajós - “mulher que luta”. Criadora e cozinheira da marca “Amor em Pedaços”, ela participa do Feirão desde o surgimento e nos relata as transformações que o local passou desde lá, também comenta as redes de cuidado que se estabelecem entre organizadores, expositores e visitantes. 

    O hackeamento da realidade também está presente na arte que acarinha, mas tensiona os poderes constituídos como nos traz a historiadora e artesã Vanessa Coutinho, idealizadora da “Via Criativa”. Entre a produção de chaveiros, imãs de geladeira, bottons e quadros, Vanessa afirma que o Feirão é um lugar de “oportunidades”. 

    Te convidamos a conhecer ou (re)conhecer este local pelos olhares e vozes destas três mulheres que não só fazem dele um ambiente de trabalho e sustento, mas de dar sentido à vida. 

    • 46 min
    O que elas pensam #115 - Termo de “escurecimento” e a urgência de decolonizar as ciências – entrevista com Dany Barros

    O que elas pensam #115 - Termo de “escurecimento” e a urgência de decolonizar as ciências – entrevista com Dany Barros

    Neste episódio, destinado a todes que nos levam a fabular mundos outros, recebemos Danyela Barros - e todas as mulheres que a atravessam – para uma troca de cartas. Dany é mãe da Lulu, formada em Relações Públicas pela UNESP (Universidade Estadual Paulista) e a mais nova mestra em Comunicação pela UEL (Universidade Estadual de Londrina) com “pesquisa-despacho” intitulada “Feminismos subalternizados e imprensa alternativa: encontros e disrupturas hegemônicas”.

    Nossa conversa abordou as potencialidades de uma comunicação não hegemônica, feminismos subalternizados, escrita como ato político, formas diversas de ocupar a universidade, a importância de existir redes de saberes múltiplos e de afetos, como os grupos Entretons e DECO (Decolonialidades na Comunicação) a fim da produção de brechas, cirandas que possibilitam uma ciência encarnada.

    Aqui, Dany nos convida a caminhar pelas páginas do Chanacomchana e Nzinga, jornais que durante a ditadura empresarial-militar pautaram as lutas de mulheres lésbicas e negras, respectivamente, para questionar os limites de um conhecimento tido pretensiosamente como universal – porque branco, masculinista, heterossexual e cisgênero – ao mesmo tempo em que nos enseja a criar “furos no muro”, romper com os “perigos de uma história única”, re-existir e ecoar todas que vieram antes de nós. Afinal: “sem discurso alternativo não há meio alternativo”, ela diz. 

    • 1 hr 6 min

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