Leituras de quarentena Rádio Batuta
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- Society & Culture
A Rádio Batuta pediu a artistas e intelectuais que sugerissem livros para o confinamento provocado pela pandemia do coronavírus. Não são meras sugestões, mas comentários que iluminam aspectos das obras escolhidas e mostram por que elas são fundamentais.
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Raquel Barreto sobre ‘Noturno do Chile’, de Roberto Bolaño
No romance de Roberto Bolaño, a ditadura de Augusto Pinochet é retratada com humor ácido, estrutura sofisticada e personagens baseadas em figuras reais. A historiadora e pesquisadora Raquel destaca aspectos de uma obra que vai muito além de rótulos como "engajada".
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Daniel Pellizzari sobre ‘Decameron’, de Boccaccio
Em "Decameron", os personagens ficam isolados por conta de uma peste. O livro de Giovanni Boccaccio (1313-1375) é, portanto, perfeito para o momento. Mas, para o escritor e tradutor Daniel Pellizzari, a obra é forte em qualquer época, com sua vitalidade temperada com humor e sexo.
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Carla Rodrigues sobre ‘O segundo sexo’, de Simone de Beauvoir
Mais do que a frase "Não se nasce mulher, torna-se mulher", o livro de Simone de Beauvoir guarda o embrião da revolução feminista que se movimenta hoje com grande força. É o que ressalta a professora de filosofia e pesquisadora Carla Rodrigues.
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Aldir Blanc sobre ‘Tabloide americano’, de James Ellroy
No último registro gravado de sua voz, o compositor e escritor Aldir Blanc disse que Tabloide americano, de James Ellroy (foto), é um manual para se entender como os EUA desembocaram em Donald Trump presidente. Blanc ainda ressalta que o romance deixa uma lição para o Brasil.
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Juliana Borges sobre ‘Olhos d’água’, de Conceição Evaristo
A escritora e pesquisadora em antropologia Juliana Borges diz que nunca tinha conseguido falar de "Olhos d'água", livro de Conceição Evaristo. O motivo: as personagens dos 15 contos lhe tocam profundamente. como mulher negra. Ela explica a força da obra.
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Guilherme Freitas sobre ‘Caminhando no gelo’, de Werner Herzog
Werner Herzog andou de Munique até Paris para ver uma amiga doente. O motivo de ter optado pela jornada exaustiva e os sofrimentos da viagem estão no diário que virou livro. Guilherme Freitas, editor-assistente da revista "serrote", destaca aspectos do relato "assombroso", como a solidão.