10 épisodes

Podcast de História que a partir de diversos temas discute a atualidade.

Coisa do Passado‪?‬ Coisa do Passado

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Podcast de História que a partir de diversos temas discute a atualidade.

    O passado é coisa do passado? Convidada Marieta de Moraes Ferreira (UFRJ)

    O passado é coisa do passado? Convidada Marieta de Moraes Ferreira (UFRJ)

    Em anos recentes, temos visto questões problemáticas sobre o conhecimento da história na mídia e no debate público. Grupos negacionistas conservadores questionam a existência do holocausto, diminuem a violência do processo escravista, chamam ditaduras de “revolução”, negam o uso de tortura em regimes autoritários, para ficarmos apenas em alguns exemplos.
    De outro lado, o passado permanece um tema caro ao presente, gera disputas e consegue construir uma agenda positiva, sempre que acomoda memórias de novos grupos sociais e convoca historiadoras e historiadores a se manifestar publicamente, ultrapassando os limites das universidades e da academia, para construir uma cultura histórica democrática.
    Isso é algo novo? A história, como disciplina e campo do saber, foi mobilizada politicamente em diversos momentos, não apenas no Brasil. Ainda assim, caminhou em direção à ciência em seu lento processo de profissionalização. Aliás, a regulamentação da profissão no Brasil só foi aprovada neste turbulento 2020. Não sem antes receber um veto do presidente da República, notório adepto de teorias da conspiração e negacionismos sempre desmentidos pela pesquisa histórica científica.
    Qual a história dessa história? O que fazem os historiadores? Como o passado foi escrito e reescrito no último século?
    O passado é coisa do passado?

    • 48 min
    Um mundo conectado é coisa do passado? Part. especial Marcus J.M. de Carvalho (UFPE), convidado Hugo A.F.F. Araújo (UFSM.

    Um mundo conectado é coisa do passado? Part. especial Marcus J.M. de Carvalho (UFPE), convidado Hugo A.F.F. Araújo (UFSM.

    Em velocidade assustadora uma pandemia atingiu todo o mundo, de norte a sul e de leste a oeste, relatos sobre o vírus e suas consequências mortais apareceram na mídia. Como resposta a contaminação em nível global fronteiras foram fechadas, viagens proibidas e cidadãos chamados a retornar aos seus países de origem. Ao que tudo indica a defesa mais eficiente foi acabar com a mobilidade característica de nossos tempos. Se nas décadas anteriores se tornou lugar comum afirmar o caráter internacional das nossas sociedades e as conexões financeiras, de pessoas e da informação cada vez mais globais, os últimos anos indicam um caminho contrário: as fronteiras não se fecharam apenas em função do corona vírus, na campanhas presidências de Brasil e de Uruguai, ambos os presidentes vitoriosos no pleito falaram abertamente contra os acordos de livre comércio e o fim do Mercosul; na Europa, o caminho da integração continental, que parecia sem volta, demonstra cada vez menos adesão e o brexit já caminha para sua implementação; a maior potência do mundo fez o muro de separação com os vizinhos do México deixar de ser apenas uma poderosa metáfora para se tornar uma realidade de concreto. Paradoxalmente esse mundo, em aparente processo de distanciamento, só pode ser entendido através de seus vínculos, de uma história que demonstre, além das fronteiras, as ligações entre povos e culturas que formaram a diversidade que conhecemos hoje. Então, um mundo conectado é coisa do passado?

    • 56 min
    Proteger a natureza é coisa do passado? convidada Elenita Malta (Unicentro) part. especial Thiago Broni de Mesquita (Escola de Aplicação UFPA)

    Proteger a natureza é coisa do passado? convidada Elenita Malta (Unicentro) part. especial Thiago Broni de Mesquita (Escola de Aplicação UFPA)

    Nos últimos anos, o Brasil tem visto aumentar massivamente a destruição de suas florestas e seus biomas.
    Somente nos últimos meses, estima-se que as queimadas foram responsáveis pela devastação de cerca de 20% do Pantanal brasileiro.
    De um lado, a pressão do agronegócio, que amplia de forma criminosa suas fronteiras de produção de monoculturas para exportação, amparado pelo afrouxamento da fiscalização e medidas de sucateamento dos órgãos de proteção ao meio ambiente.
    Na famosa reunião ministerial de março do governo Bolsonaro, que chegou a conhecimento público depois de denúncias de dissidentes políticos, o atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, falava abertamente em aproveitar o foco da mídia na pandemia de covid-19 para “passar a boiada”, referindo-se à flexibilização da legislação ambiental.
    De outro lado, temos uma grande parcela da sociedade atônita diante das imagens da mata em chamas e de animais queimados lutando pela vida; o movimento indígena incansável na luta pela manutenção de seus territórios, com vários grupos nativos tomando para si o policiamento das florestas, no vácuo deixado pelo poder público; e novas articulações de movimentos ambientalistas para evitar mais aniquilamento.
    Na história recente do mundo e do Brasil, as maiores investidas contra a natureza também geraram comoção, resistência e consciência ambiental. Qual a história desse conflito? Como homens e mulheres se organizaram para defender os direitos dos animais, a demarcação de reservas naturais, lutar contra o uso de agrotóxicos, a poluição e o capitalismo predatório?
    Proteger a natureza é coisa do passado?

    • 1h
    Herói é coisa do passado? convidado Adriano Comissoli (UFSM)

    Herói é coisa do passado? convidado Adriano Comissoli (UFSM)

    Sob o slogan “um povo heroico”, a Secretaria Especial da Cultura do governo brasileiro lançou no início de setembro um vídeo para celebrar os 198 anos da independência do Brasil. O mote central é o heroísmo e a história do povo brasileiro, valorizando o sacrifício pessoal em nome de uma causa maior. As duas figuras destacadas eram os Imperadores D. Pedro I e II, os quais os bustos aparecem no filme político, sob o mote da data do 7 de setembro. No entanto, o vídeo apresenta uma visão ultrapassada e sem crítica da história brasileira, valorizando os grandes nomes e enaltecendo marcos temporais arbitrários. Trata-se do mesmo governo que exalta como herói a figura de um torturador condenado e que tem como presidente da Fundação Cultural Palmares um indivíduo que busca negar a trajetória de Zumbi dos Palmares e apagar a importância o dia da consciência negra. Esse revisionismo serve aos objetivos do presente: um projeto político conservador, ligado ao capital financeiro internacional, ao desmonte do Estado, mas que se apresenta como patriota, se veste de verde e amarelo e seleciona heróis brasileiros específicos para justificar e apresentar seus atos. Tem razão Bertold Bretch ao afirmar que “infeliz é a nação que precisa de heróis”? Para quem serve a escolha desses heróis? Quem escolhe estes heróis? Quem são historicamente estes personagens selecionados como representantes da nossa história? Herói é coisa do passado?

    O convidado desse episódio foi o professor Adriano Comissoli da Universidade Federal de Santa Maria. 

    • 50 min
    Feminismo é coisa do passado? part. especial Maiara Gonçalves da Silva (UFRN) e convidada Mônica Karawejczyk (PUC/RS)

    Feminismo é coisa do passado? part. especial Maiara Gonçalves da Silva (UFRN) e convidada Mônica Karawejczyk (PUC/RS)

    Se você buscar pela palavra “feminismo” no Google, entre as notícias em língua portuguesa somente do último mês, encontrará centenas de referências: desde a cantora pop brasileira Luísa Sonsa contando como se descobriu feminista até a militante feminista negra Angela Davis ocupando a capa da famosa revista Vanity Fair.

    Ao contrário das imagens correntes do feminismo como um movimento sectário, você também encontrará diversidade e pluralidade nessa busca. A fotógrafa mexicana Maya Goded declara que aprendeu outro feminismo com as mulheres indígenas. Em São Paulo, o feminismo asiático começa a ser introduzido na cena pública por brasileiras descentes de povos orientais. E são variadas as citações a feminismos negros na África e na diáspora, que já construíram importantes intelectuais no Brasil, como Sueli Carneiro, Lélia Gonzales e Djamila Ribeiro.

    Enquanto isso, o Brasil perdeu 5 posições no ranking mundial da igualdade de gênero, além de ocupar o vergonhoso quinto lugar em número de feminicídios. Estudos sobre o impacto da pandemia de COVID19 também revelam que o desemprego atingiu 7 milhões de brasileiras, 2 milhões a mais do que o número de homens demitidos, e a violência doméstica contra mulheres aumentou em 5% desde o mês de março.

    Com tudo isso a gente pergunta: Feminismo é coisa do passado?

    Nesse episódio conversamos com a professora Mônica Karawejczyk da Pontifícia Universidade Católica do RS e tivemos a participação especial da professora Maiara Gonçalves da Silva. 

    • 57 min
    Inquisição é coisa do passado? part. especial Angelo Faria de Assis (UFV) e convidado Lucas Monteiro (IFFAR)

    Inquisição é coisa do passado? part. especial Angelo Faria de Assis (UFV) e convidado Lucas Monteiro (IFFAR)

    Durante séculos o Tribunal do Santo Ofício, também conhecido como Inquisição, usou de seus poderes para controlar as crenças e os corpos de mulheres e homens. Delimitando o que era a verdadeira fé e como deveriam se comportar os verdadeiros cristãos, a Inquisição excluía da comunidade da fé todos aqueles que abraçassem formas diferentes de crença. Seus poderes de perseguição ao diferente incluíam desde a obrigação de que o “culpado” assumisse publicamente seu desvio, passando pela excomunhão, até a temida morte na fogueira. 

    No recente caso que envolveu a gravidez de uma menina de 10 anos em razão dos abusos sexuais que sofria desde os seis, a determinação judicial de que fosse realizado um aborto, baseado em dois dispositivos legais que garantiam esse direito à vítima, levou manifestantes católicos radicais à se manifestarem. Entre argumentos em defesa da vida do feto, circulavam ameaças de danação divina e de excomunhão àqueles que viabilizassem a interrupção da gravidez. E com isso perguntamos, inquisição é coisa do passado?

    O episódio tem a participação especial do professor Angelo Faria de Assis da Universidade Federal de Viçosa e foi gravado com o professor Lucas Monteiro do Instituto Federal Farroupilha como convidado, no nosso primeiro bate-papo sobre o tema. 

    • 1h

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