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Reforma do Vale do Anhangabaú é necessária, mas verba poderia ser mais bem distribuída Nabil Bonduki e o Cotidiano da Metrópole - Rádio USP

    • Política

Na edição de Cotidiano na Metrópole desta semana, o arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, comenta o novo projeto do Vale do Anhangabaú, região do centro de São Paulo, que atravessa um período de reformas. Uma imagem recém-divulgada do local foi criticada na internet pela ausência de árvores e abundância de concreto.

Para o urbanista, a reforma era necessária, mas “não uma completa destruição do projeto existente, na sua total reestruturação e recomposição”. O projeto original foi criado pelos arquitetos Jorge Wilheim, Rosa Kliass e Jamil Kfouri e teve como principal objetivo “criar uma grande área pública no coração do centro de São Paulo”, lembra o professor. Já o novo projeto teve a consultoria do escritório de arquitetura do dinamarquês Jan Gehl.

O professor reconhece que a área possuía inúmeros problemas antes da reforma, “problemas que exigiam mudança e conformação, mas, evidentemente, isso deveria ser feito considerando o projeto existente, já que era um projeto importante de arquitetos relevantes da história de São Paulo”, opina. Embora o novo projeto venha para resolver diversos problemas da região, para Bonduki seu custo é “muito elevado”.

“São R$ 94 milhões que poderiam ser aplicados numa reforma mais moderada do Anhangabaú e na implantação de outras áreas públicas, principalmente na periferia da cidade, onde a carência é muito grande”, pontua o especialista ao sugerir também que parte da verba poderia ter sido aplicada no próprio centro de São Paulo, em alternativas de habitação social.

Na edição de Cotidiano na Metrópole desta semana, o arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, comenta o novo projeto do Vale do Anhangabaú, região do centro de São Paulo, que atravessa um período de reformas. Uma imagem recém-divulgada do local foi criticada na internet pela ausência de árvores e abundância de concreto.

Para o urbanista, a reforma era necessária, mas “não uma completa destruição do projeto existente, na sua total reestruturação e recomposição”. O projeto original foi criado pelos arquitetos Jorge Wilheim, Rosa Kliass e Jamil Kfouri e teve como principal objetivo “criar uma grande área pública no coração do centro de São Paulo”, lembra o professor. Já o novo projeto teve a consultoria do escritório de arquitetura do dinamarquês Jan Gehl.

O professor reconhece que a área possuía inúmeros problemas antes da reforma, “problemas que exigiam mudança e conformação, mas, evidentemente, isso deveria ser feito considerando o projeto existente, já que era um projeto importante de arquitetos relevantes da história de São Paulo”, opina. Embora o novo projeto venha para resolver diversos problemas da região, para Bonduki seu custo é “muito elevado”.

“São R$ 94 milhões que poderiam ser aplicados numa reforma mais moderada do Anhangabaú e na implantação de outras áreas públicas, principalmente na periferia da cidade, onde a carência é muito grande”, pontua o especialista ao sugerir também que parte da verba poderia ter sido aplicada no próprio centro de São Paulo, em alternativas de habitação social.

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