Guilherme Amado - Conversa de Política CBN

Pedido de senadores da base governista argumenta de que ele é pai de um governador, Renan Calheiros Filho (MDB-AL) e que possivelmente pode ser alvo de uma investigação. "Acontece que o próprio senado já disse que a CPI não investigará os governadores, mas no máximo os repasses do governo federal aos estados. É uma forçação de barra", avalia Guilherme Amado. Ouça

'Essa CPI é praticamente a última oportunidade que a gente tem, durante a pandemia, de responsabilizar alguém pelos erros que foram cometidos', aponta Guilherme Amado. O comentarista defende que a comissão encontre os culpados com a crise sanitária ainda em curso e criticou os órgãos de fiscalização do Executivo. 'A gente viu um apagão dos outros mecanismos de controle de fiscalização até agora. Não podemos anistiar o que foi cometido', afirma.

Guilherme Amado fala da participação de Bolsonaro na Cúpula do Clima, nesta quinta-feira (22), ao lado do ministro do Meio Ambiente. Ele diz que o conteúdo da fala do presidente não dará credibilidade ao governo brasileiro. Ouça o comentário

Nesta terça, a ministra do STF Rosa Weber exigiu que governo explique uso da Lei de Segurança Nacional contra cidadãos. Enquanto isso, no Congresso, parlamentares se articulam para votar, em regime de urgência, um texto que substitua a lei. Guilherme Amado destaca que sociedade civil não está sendo ouvida na formulação de novas leis sobre segurança nacional.

Guilherme Amado explica como Renan Calheiros (MDB-AL) pode se tornar o relator da CPI que investigará supostas omissões no combate à pandemia. Além disso, o comentarista aponta a repercussão negativa na imprensa após a instauração da CPI como o principal fator para Bolsonaro ser contra as investigações.

A comissão de notáveis entendeu que Bolsonaro deve ser responsabilizado pelos erros no enfrentamento à pandemia. Para os juristas, ele deve ser processado por crime de responsabilidade e também deve responder, em tribunais internacionais, por crime contra a humanidade. O parecer da comissão foi encaminhado ao Conselho Federal da Ordem, que vai decidir se apresenta um pedido de impeachment. 'Talvez, quando a pandemia estiver mais controlada, a situação fique juridicamente complicada para Bolsonaro', avalia Guilherme Amado.