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Leitura comentada, análise literária, leitura crítica e sugestões literárias

Literatura Oral Sabrina Siqueira

    • Arts

Leitura comentada, análise literária, leitura crítica e sugestões literárias

    LO ENTREVISTA - CHAMADA

    LO ENTREVISTA - CHAMADA

    Vem aí uma playlist de entrevistas no podcast Literatura Oral. Te inscreve no canal do YouTube do LO para acessar. Logo mais, coloco a primeira entrevista, que será poesia em diálogo com balé clássico! 🩰📚🎙☘☘☘🤞

    • 45 sec
    #114 A FALÊNCIA - JÚLIA LOPES DE ALMEIDA - PARTE 2

    #114 A FALÊNCIA - JÚLIA LOPES DE ALMEIDA - PARTE 2

    A
    falência é um romance de 1901. Portanto,
    podemos situar no início da estética do Modernismo. A história começa no ano de
    1891, então a narrativa fala de um tempo um pouco anterior ao ano de publicação
    da obra, que foi 1901. E em 1891 o Brasil estava passando por mudanças. Por
    exemplo, a escravidão tinha sido abolida, ainda que só em teoria, em 1888. Era
    o auge do comércio do café, com plantações e exportação do grão, e é essa a
    ocupação do protagonista, Francisco Teodoro.

    A gente pode dizer que o protagonismo da obra
    fica dividido entre esse casal, Francisco e Camila. Camila é uma mulher
    burguesa nos moldes da época, mas só até por ali. Assim como em outros romances
    do Realismo e do início do Modernismo, ela é uma personagem feminina que ganha
    importância dentro da trama e que subverte o que a sociedade ditava como ideal
    para o feminino. Por exemplo, Camila tem um caso com o médico da família. Só
    que ela não é apaixonada por ele, ela tá nesse caso por tédio e procurando
    diversão. Ela sabe que o marido também teve casos, mas não sofre com isso, como
    sofriam de amor as protagonistas do Romantismo, por exemplo. É uma mulher
    ciente dos seus desejos e ciente de como a sociedade funciona, e joga bem com
    as regras sociais.

    • 1 hr 4 min
    #113 A FALÊNCIA - JÚLIA LOPES DE ALMEIDA

    #113 A FALÊNCIA - JÚLIA LOPES DE ALMEIDA

    Júlia Lopes de Almeida nasceu no RJ, em 1862 e faleceu em decorrência da febre amarela, na mesma cidade, em 1934, o mesmo ano em que fica pronta a vacina contra essa doença. A gente pode imaginar que o RJ seja um cenário presente na obra dela, né? Mas ela também morou em Campinas, SP, e em Lisboa, Portugal. Além de escritora, Júlia foi teatróloga e abolicionista. Como escritora, escreveu romances, literatura infantil, crônicas, peças e matérias jornalísticas. Na literatura infantil, ela foi pioneira no Brasil, publicando contos com a irmã Adelina Lopes Vieira. Casou com o poeta português Filinto de Almeida. Os três filhos do casal também foram escritores.
    Um dos primeiros romances escritos por Júlia Lopes de Almeida foi publicado em 1888, com o título Memórias de Martha. 1888 foi um ano importante na história brasileira, porque em 13 de maio foi abolida a escravidão, com a assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel. O primeiro romance é uma autobiografia ficcional, uma narrativa em primeira pessoa de Martha contando sua vida. Martha é personagem de ficção, mas o livro é narrado como se fosse uma história real, uma autobiografia. E já é muito interessante e diferente pra época, porque Júlia escreve um romance em que uma mulher é protagonista. Então é livro de autoria feminina com protagonista feminina. É a história de uma menina pobre, que viveu em cortiço no RJ, e cuja mãe criava ela sozinha, tendo de se virar pra dar conta de tudo. Vejam que interessante e pertinente a temática que Júlia escolhe abordar no seu primeiro romance. Quem aí tá lembrando das lavadeiras do cortiço de Aluízio Azevedo? Memórias de Martha foi publicado aos poucos, no jornal O País, em folhetim, como era comum a publicação de romances na época.
    Julia Almeida participou de Sociedades Femininas da época. Foi presidente de uma, patrona de outra, e participou do planejamento da Academia Brasileira de Letras, em 1897.

    • 1 hr 18 min
    #112 ROBINSON CRUSOE - DANIEL DEFOE

    #112 ROBINSON CRUSOE - DANIEL DEFOE

    Hoje vou comentar um clássico da literatura inglesa, Robinson Crusoe, de Daniel Defoe. Ou Robinson Crusoé, como eu sempre escutei, na pronúncia brasileira. Ao longo do episódio aqui eu vou falar às vezes Crusoe, às vezes Crusoé, mas tá tudo certo, beleza?Esse livro do Daniel Defoe é do século XVIII e é considerado o expoente do romance inglês e uma das primeiras obras literárias desse gênero, romance. O jeito que Defoe escreveu esse livro ainda é muito diferente do que a gente conhece e tá acostumado por romance hoje, mas na época ele foi um visionário e investiu seu tempo em escrever de uma forma diferente de tudo que existia até então. Quando eu falar romance aqui, pessoal, eu tô falando do gênero literário, da forma de escrever literatura que é uma narrativa em prosa e mais longa que um conto. Em prosa significa que não é em verso, é do jeito que a gente fala, com frases corridas. Antes dos romances, os textos literários eram escritos em verso. Mesmo as histórias longas, as epopeias, eram longos textos em versos. Essa foi uma grande inovação do romance, escrever como a gente fala, com linguagem em prosa e próxima do estilo popular, simples.

    Nesse episódio, citei: WATT, Ian. A ascensão do romance. Tradução Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

    • 53 min
    Li CALIBÃ E A BRUXA - SILVIA FEDERICI

    Li CALIBÃ E A BRUXA - SILVIA FEDERICI

    Minhas impressões (resumidas) da leitura de Calibã e a Bruxa, de Silvia Federici. Tradução Coletivo Sycorax. Editora Elefante.

    • 6 min
    #111 IF I MUST DIE - REFAAT ALAREER

    #111 IF I MUST DIE - REFAAT ALAREER

    Alareer publicou o livro Gaza writes back, que é uma compilação
    de crônicas de escritores de Gaza sobre a vida no território. E também publicou Gaza unsilenced, que significa Gaza não silenciada. Quer dizer, ele foi atuante em escrever e em incentivar outros escritores a contar sua realidade para o mundo, em impedir que seu território ficasse invizibilizado. Esse poema que eu vou ler, If I must die, que significa “se eu devo morrer”, ele escreveu quando esse último conflito começou, em outubro. E no poema tem uma frase que passa a tarefa de não se calar ao leitor ou interlocutor. O leitor deve levar adiante seu legado de manter viva a esperança das crianças de Gaza. O poema traz a imagem de uma pipa, que o interlocutor deve fazer na cor branca para que a criança em Gaza veja como um anjo.  É uma mensagem de esperança escrita por alguém numa zona de conflito, sabendo que poderia morrer a qualquer momento e ainda assim refletindo sobre o futuro, sobre a necessidade de comunicar amor e esperança.

    • 13 min

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