Franzoca Brandão Francine Machado de Mendonça

Natali trabalha numa escola parque de Campinas e sua pesquisa envolve mestres populares, os professores e colegas de trabalho dela, educação anti racista e a Pedagogia Griô. O podcast Pegada Griô é um dos produtos do meu mestrado profissional em artes da cena na Escola Superior de Artes Célia Helena, que envolve ainda um site, narrações e crônicas das minhas histórias com meus estudantes jovens e adultos. Conheci Natali virtualmente nos ensaios e canto em grupo com as Caixeiras da Nascente, grupo de percussão popular que atua em Campinas. A entrevistada pratica também capoeira e nela ganhou o apelido de Natureza. A pesquisa da educadora na Ufscar promoveu encontros entre professores da rede campineira e mestres populares, além da coleta de relatos pedagógicos sobre estas trocas, uma maneira griô de cumprir as legislações 10.639 e 11.645, que determinam o ensino da história e cultura afro indígena nas escolas. Pegue sua bebida, bloquinho de anotações e vem com a gente!

Bate papo com Thamile, que foi artista educadora do Programa de Iniciação Artística(Piá) de São Paulo, é mãe da Serena, canta, atua e pinta. Minha "amiga virtual" de formações em pedagogia griô, canto de trabalho e danças brasileiras emigrou pra Alemanha com o companheiro e músico Matias e fala das viagens pelo Brasil que fez se apresentando, entrando em contato com a cultura popular, os encontros virtuais com as mestras que produziu e da sua apresentação artística no lançamento de livro sobre emigração de brasileiros para terras germânicas, além do que partilha disso com sua filha.

Na 2a parte da entrevista iniciada no episódio anterior, Francine/ Franzoca e Glabia/ Bitta tratam das práticas griôs que as tocam, como chegaram nesta pedagogia decolonial e estética, importância da identidade dos educadores, peso da memória dos estudantes, dificuldades dos professores brincantes nas escolas, "camisa de força" do material didático, projeto diferenciado da educação formal paulistana, escuta sensível, entre outros pontos nevrálgicos que vivenciam com os aprendizes na rede publica

As aprendizes griôs Francine e Glabia partilham experiências e estudos como educadoras brincantes na EJA, no infantil e fundamental em São Paulo e em Santo André. As artistas-pesquisadoras falam - e vivem - a pedagogia griô, que é estética e decolonial. As professoras partilham como trabalham ancestralidade, cultura popular, memória oral, arte popular, narrações, saberes prévios dos estudantes, histórias de vida, encantamento, escuta e têm olhar crítico da educação fundamental pública. Foi dividido em 2 podcasts porque as amigas amam sua pesquisa-ação e a defendem muito, mas a edição foi improvisada porque a Francine ainda apanha de edição de áudio. A produção aceita dicas! Alguns pequenos paus de distorção do áudio também deram perdido na pós produção. Enviem dúvidas, sugestões, sigam o podcast e divulguem para amigos educadores ou artistas! Na próxima publicação vai ao ar a 2a parte do bate papo.

Muita papelada pedagógica nonsense, raiva da ficção burocrática escolar e alegria súbita com criatividade estudantil.