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"Nomadland": reportagem inspirou último filme vencedor do Oscar O Livro da Semana

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A dica de leitura do professor Rogério Duarte, nesta semana, é o livro reportagem “Nomadland”, da jornalista estadunidense Jessica Bruder. A obra, que inspirou o último filme homônimo vencedor do Oscar em 2021, descreve a rotina migratória e extenuante de pessoas de meia idade sob o contexto da crise econômica de 2008. Em busca de emprego temporário, elas cruzam os EUA em trailers usados, renovando a tradição das famosas road trips: não mais pegar a estrada pelo prazer da descoberta, mas como única alternativa para sobrevivência. Comenta Duarte: “Sem estrutura, eles correm milhares de quilômetros, de estado em estado, à procura de ocupações temporárias, em turnos exaustivos de doze horas de trabalho; dormindo em estacionamentos de grandes cadeias de supermercado e lidando com as perdas e as frustrações de não serem os vencedores naquela cultura extremamente competitiva.” Para o professor de literatura e secretário-geral da União Brasileira de Escritores (UBE), trata-se de um livro que revela um país fraturado pela injustiça social, no qual os temas da cultura do consumo, desaparecimento da previdência social e abandono das gerações mais velhas convivem com o sentimento de solidariedade e a capacidade de ainda sonhar com um mundo melhor.

A dica de leitura do professor Rogério Duarte, nesta semana, é o livro reportagem “Nomadland”, da jornalista estadunidense Jessica Bruder. A obra, que inspirou o último filme homônimo vencedor do Oscar em 2021, descreve a rotina migratória e extenuante de pessoas de meia idade sob o contexto da crise econômica de 2008. Em busca de emprego temporário, elas cruzam os EUA em trailers usados, renovando a tradição das famosas road trips: não mais pegar a estrada pelo prazer da descoberta, mas como única alternativa para sobrevivência. Comenta Duarte: “Sem estrutura, eles correm milhares de quilômetros, de estado em estado, à procura de ocupações temporárias, em turnos exaustivos de doze horas de trabalho; dormindo em estacionamentos de grandes cadeias de supermercado e lidando com as perdas e as frustrações de não serem os vencedores naquela cultura extremamente competitiva.” Para o professor de literatura e secretário-geral da União Brasileira de Escritores (UBE), trata-se de um livro que revela um país fraturado pela injustiça social, no qual os temas da cultura do consumo, desaparecimento da previdência social e abandono das gerações mais velhas convivem com o sentimento de solidariedade e a capacidade de ainda sonhar com um mundo melhor.

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