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O podcast da Maria Granel, mercearia bio a granel e a primeira "zero waste" store em Portugal

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O podcast da Maria Granel, mercearia bio a granel e a primeira "zero waste" store em Portugal

    Nuno Simões, Tratolixo, diretor do ecoparque de Trajouce (Episódio 35)

    Nuno Simões, Tratolixo, diretor do ecoparque de Trajouce (Episódio 35)

    Neste episódio, estamos à conversa com Nuno Simões, diretor do ecoparque de Trajouce (Cascais).

    Este Ecoparque é uma das infraestruturas da @tratolixo, empresa intermunicipal certificada responsável pelo serviço público de tratamento de resíduos urbanos produzidos pelos mais de 840.000 habitantes dos municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra (9% da população nacional).

    Esta conversa aconteceu precisamente no dia em que, primeira vez, entrei num centro de tratamento de resíduos e o adjetivo que encontro para descrever o que vi e o que senti é “impressionante”.  Aliás, e como já aqui partilhei, visita a um centro de tratamento de resíduos deveria ser obrigatória no currículo escolar.

    Nuno Simões explica-nos o caminho do nosso lixo e todas as fases dos diferentes processos de tratamento e o que acontece em cada uma das valências do recinto. Guia-nos pelos diferentes fluxos associados a cada um dos ecopontos e pelos fluxos complementares (pilhas, lâmpadas, eletrodomésticos, etc.), fala-nos da iniciativa de separação dos biorresíduos (saco verde).

    A inovação e a investigação em parceria com universidades  e indústrias têm um papel decisivo, para, por exemplo, superar os desafios que são colocados ao sistema ótico para captar e reconhecer os novos materiais, ou para desenvolver, como já está a acontecer, aquele saco verde para biorresíduos 100% compostável cuja cor é extraída de um pigmento de uma alga.

    A Tratolixo incentiva a visita por parte dos cidadãos e entidades aos seus espaços, considerando a experiência extremamente transformadora. Reconstituir o caminho dos resíduos, assistir “in loco” à sua triagem e tratamento, ajuda a perceber de forma muito mais clara (e aguda) o impacto dos nossos gestos (de produção, de consumo, de descarte) e a estabelecer um vínculo mais profundo com o lixo que produzimos. Desperta-nos da dormência da crença de que “deitamos fora” e de que, saindo da vista, desaparece o problema.

    Muito obrigada à Tratolixo e a todas as pessoas que todos os dias tratam do nosso lixo. É graças ao seu trabalho essencial que estes resíduos se transformam em recursos e são (re)valorizados.

    • 15 min
    Sofia Moreira de Sousa, chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal (episódio 34)

    Sofia Moreira de Sousa, chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal (episódio 34)

    Neste episódio recebemos Sofia Moreira de Sousa, que é, desde o passado dia 1 de setembro, a nova chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal.

    A Comissão mantém representações em todas as capitais dos Estados-Membros da UE e gabinetes regionais em Barcelona, Bona, Marselha, Milão, Munique e Wrocław. As representações "são os olhos, os ouvidos e a voz da Comissão em cada um dos Estados-Membros da UE". Interagem com as autoridades nacionais, as partes interessadas e os cidadãos, e informam os meios de comunicação social e o público acerca das políticas da UE. A presidente da Comissão Europeia nomeia os chefes de representação, que são os seus representantes políticos nos Estados-Membros para os quais são destacados.

    Com mais de 20 anos de experiência em assuntos europeus, Sofia Moreira foi embaixadora da UE em Cabo Verde. Foi destacada junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal durante a Presidência rotativa portuguesa do Conselho da UE, em 2007, e tem um grande conhecimento do contexto político português. Desempenhou ainda funções enquanto embaixadora adjunta da UE na África do Sul, conselheira da secretária-geral adjunta do Serviço Europeu para a Ação Externa e conselheira política do representante especial da UE/embaixador da UE junto da União Africana, bem como do representante especial da União para o Sul do Cáucaso. Trabalhou igualmente no Secretariado-Geral do Conselho da UE, na Agência Espacial Europeia e na Academia de Direito Europeu, na Alemanha.

    Nesta conversa falámos sobre as suas novas funções e sobre a importância de dialogar e ouvir as preocupações dos cidadãos sobre as decisões e a implementação das políticas e decisões comunitárias.

    Um dos temas a que dedicámos mais atenção foi, como não poderia deixar de ser, o das alterações climáticas e transição ecológica, para percebermos no contexto europeu:

    - investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência associados ao pilar da transição verde, em conjunto com outras áreas como a resiliência e a transição digital;

    - instrumentos de promoção de um consumo responsável assente nos princípios da economia circular;

    - diferentes iniciativas promotoras de uma cultura lixo zero; medidas para garantir a transição justa;

    - o caso dos equipamentos eletrónicos e a importância da reparação no combate à obsolescência programada;

    - redução das emissões e neutralidade carbónica ("Fit for 55", o conjunto de propostas legislativas para assegurar que a União Europeia cumpre a meta de redução de 55% das emissões líquidas de gases com efeito de estufa até 2030, face ao ano de 1990.);

    - posição face às projeções preocupantes para a região mediterrânica (e para Portugal) identificadas no relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (agosto de 2021).

    Numa nota muito especial para o nosso setor e para a nossa área de atuação, a chefe da Representação da Comissão sublinhou que "é necessário haver um caráter mais permissivo e repensar a venda a granel. (...) É necessário trabalhar num pacote legislativo e em incentivos para a venda a granel".

    Muito obrigada pela honra de aceitar o nosso convite e muito sucesso e felicidades nesta missão.

    Partilhem, enviem aos amigos, comentem, os nossos convidados merecem esse amor todo.

    A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.

    Para ouvir no nosso site, na homepage ou no blogue (secção “podcast”) e nas plataformas habituais.

    Esperamos que gostem!

    Até já!

    Muito obrigada à Representação da Comissão Europeia em Portugal por esta #parceria

    • 16 min
    Paula Canha, Professora (episódio 33)

    Paula Canha, Professora (episódio 33)

    Neste episódio estivemos à conversa com a investigadora e professora Paula Canha, que faz parte da Sociedade Portuguesa de Botânica e que tem desenvolvido vários estudos na zona do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) em colaboração com a Universidade de Évora.

    Mas mais do que a investigadora, fascinou-nos a professora e a paixão com que fala da sua vocação.

    Com formação em biologia, ramo de investigação, começou a dar aulas por acidente. Mas, quando confrontada com a possibilidade de sair da escola para se dedicar aos projetos de investigação, recusou e continuou apaixonadamente a ensinar.

    É professora há 34 anos e foi distinguida com o Prémio Inovação do Ministério da Educação em 2007. Considera que o  segredo para que uma escola seja uma segunda família para os alunos onde as aprendizagens sejam significativas está no professor.  Para Paula, é decisivo ir ao encontro dos interesses dos alunos e, a partir desses interesses, investigar os assuntos, encontrar soluções para os problemas, trabalhando sob a forma de projeto num modelo colaborativo. Os alunos têm de se encantar pelas coisas, têm de se apaixonar. É preciso contar histórias, procurar informação, ler, analisar e tomar posição de forma profunda. Temos de ajudar a estudar diferentes pontos de vista. E depois é essencial agir, arregaçar as mangas, colocar as "mãos na massa". Da emoção ao conhecimento e passar à ação.

    Como investigadora, chama a atenção para o problema da água a nível global e a nível local. Destaca a situação gravíssima do concelho de Odemira no que diz respeito às alterações climáticas e à escassez de água.

    Terminamos a conversa a falar sobre o poder (e a importância) do exemplo - de sermos exemplo daquilo que queremos ver no mundo.

    Têm mesmo de ouvir e de conhecer esta extraordinária professora que toca os alunos e muda para sempre a vida dos alunos e a sua forma de estar no mundo.

    Muito obrigada, querida Paula, por ter aceitado o nosso convite e pela inspiração.

    Partilhem, enviem aos amigos, comentem, os nossos convidados merecem esse amor todo.

    A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.

    Para ouvir no nosso site, na homepage ou no blogue (secção “podcast”) e nas plataformas habituais.

    Esperamos que gostem!

    Até já!

    • 18 min
    Sofia Magalhães, Blog da Spice (episódio 32)

    Sofia Magalhães, Blog da Spice (episódio 32)

    Neste episódio estivemos à conversa com Sofia Magalhães, autora do livro "Da Raiz à Rama", produtora de conteúdos na área da alimentação sustentável e ativista pela redução de desperdício.

    Tive o privilégio de conhecer a Sofia em novembro de 2017. Na altura a viver em Luanda, era nossa querida freguesa sempre que regressava a Portugal e a Lisboa. A nossa amizade nasceu de uma iniciativa (a irmandade do granel) que reuniu no segundo aniversário da loja 12 mulheres que partilharam o seu testemunho e os pequenos gestos de mudança que introduziram no seu dia a dia, contagiando família e amigos e colegas de trabalho.

    Acompanhei desde esse novembro de 2017 com profunda admiração o seu trajeto, que se fez, desde o primeiro momento, de um impressionante sentido de serviço aos outros. Seja através do seu blogue (“Blog da Spice”) e redes sociais, partilhando receitas saudáveis de base vegetal e sem recurso a alimentos processados ou açúcares refinados, muitas de matriz macrobiótica (curso que abraçou); seja através de serviços como a consultoria e criação de menus; seja através do food styling e fotografia, seja através dos inúmeros workshops que foi dinamizando, quer presenciais, quer online, dedicados àqueles mesmos temas; seja na criação de refeições para entrega ao domicílio; seja, inclusivamente, pelo seu próprio exemplo e estilo de vida, com uma abordagem holística que passa pela adoção de uma prática de exercício físico, saúde no prato e na mente, parentalidade consciente; o denominador comum foi sempre, sempre ajudar as outras pessoas a adotar um estilo de vida mais consciente e saudável, com menor impacto no planeta. Mais recentemente, a sua mudança para o campo veio igualmente traduzir a sua aspiração a uma existência mais simples, em contacto com a natureza e com o que é verdadeiramente essencial.

    Nos seus livros e worskhops, ensina-nos, sempre de forma claríssima e muito prática, a repensar a planificação das compras e das refeições; a organização e correto acondicionamento dos alimentos, as receitas para aproveitamento integral dos alimentos (ramos, cascas, raízes, talos, água de cozedura...); técnicas de conservação e reaproveitamento,  como transformar a forma como consumimos e confecionamos os alimentos para tirar partido de todo o seu potencial nutricional e, ao mesmo tempo, vestir a capa do herói anónimo que contribui para uma causa maior, de proporções globais.

    O seu livro é exatamente sobre isso: face a um problema que é de todos e que afeta a sustentabilidade da nossa “Casa Comum”, a Sofia mostra-nos, sem abdicar do sabor – bem pelo contrário, com pequenos gestos, numa viagem que nos leva a memórias bem ancestrais e que resgata o saber das gerações antigas, como é possível salvar o mundo com escolhas individuais que começam na nossa cozinha e na forma como consumimos e nos alimentamos, construindo e garantindo um futuro habitável e de abundância para todos.

    Foi sobre tudo isto que falámos, e que bela viagem fizemos. Oiçam, aposto que nunca acertariam no que a Sofia fazia antes desta revolução e mudança de vida.

    Muito obrigada, querida Sofia, por teres aceitado o nosso convite e pela inspiração.

    Partilhem, enviem aos amigos, comentem, os nossos convidados merecem esse amor todo.

    A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.

    Para ouvir no nosso site, na homepage ou no blogue (secção “podcast”) e nas plataformas habituais.

    Esperamos que gostem!

    Até já!

    • 15 min
    Nuno Brito Jorge, Go Parity, financiamento ético e investimentos sustentáveis (episódio 31)

    Nuno Brito Jorge, Go Parity, financiamento ético e investimentos sustentáveis (episódio 31)

    Neste episódio, estivemos à conversa com o Nuno Brito Jorge, fundador da Go Parity, uma plataforma de investimento ético em projetos sustentáveis.

    Depois de cinco anos a viver fora de Portugal, o regresso colocou a Nuno um dilema: "em que banco abrir conta para receber o salário", para garantir que o dinheiro era investido de forma ética?

    Tudo começaria com um investimento em energia solar. Nuno e quatro amigos conseguiram o financiamento para esse projeto junto de amigos e família, devolvendo depois o montante investido com juros. Essa experiência inspiraria e transformar-se-ia num modelo de negócio.

    A constatação de que poderia ajudar as pessoas no que toca ao destino dado às suas poupanças e ao acesso a investimento com rentabilidades interessantes que também fazem bem ao planeta e à sociedade, assim como a perceção de que há tantos bons projetos na área da sustentabilidade que não chegam a ver a luz do dia por falta de financiamento adequado estão na origem da criação da Go Parity, em 2017.

    Quando gravámos, a plataforma contava já com mais de 12.000 utilizadores, mais de 100 campanhas concluídas e 6,5 milhões de euros investidos, em 11 países diferentes, espalhados pela Europa, América do Sul e África. Os projetos sustentáveis apoiados têm sempre em comum (é um dos critérios) contribuir para atingir pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Pertencem a 5 categorias: Energia Sustentável, Economia Azul (mar e água), Uso responsável da Terra, Inovação social e Negócios em Transição.

    O objetivo é que qualquer pessoa ou empresa se possam tornar investidores de impacto. O processo é totalmente online e passa por aceder à plataforma em www.goparity.com, escolher o(s) projeto(s) que se pretende financiar, criar uma conta (à qual é atribuído um IBAN) e investir transferindo o montante escolhido (entre 5€ e 25.000 €, por projeto). Basta ter mais de 18 anos ou, no caso de uma empresa, estar legalmente constituída.

    O futuro, garante Nuno, trará a criação automática de um portefólio de investimento, de acordo com o perfil do utilizador; planos de poupança e novas formas de investimento para além do empréstimo.

    Conheçam toda a história e o propósito da Go Parity, que nasceu para empoderar as pessoas, colocando-as no centro, e apostando no impacto positivo de projetos que, de outra forma, talvez não vissem a luz do dia...

    Muito obrigada, querido Nuno, por ter aceitado o convite e por inaugurar, através da Go Parity, um novo paradigma de banca (ética) em Portugal.

    Partilhem, enviem aos amigos, comentem, os nossos convidados merecem esse amor todo.

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    • 13 min
    Joana Guerra Tadeu, Ambientalista Imperfeita (episódio 30)

    Joana Guerra Tadeu, Ambientalista Imperfeita (episódio 30)

    Neste episódio estivemos à conversa com a ambientalista imperfeita Joana Guerra Tadeu, uma das vozes mais ativas e relevantes da comunidade eco. Aliás, ela é o melhor exemplo da expressão que cunhou - "impactinfluencer": descreve-se como ecofeminista e ativista pela justiça social e climática, cria conteúdos na área da ecologia e do impacto social e trabalha como mentora e consultora de estratégia e comunicação para projetos com objetivos de impacto social e ambiental positivos desde 2015. É autora e apresentadora dos podcasts "Ambientalista Imperfeita" (Ant3na), um programa para quem quer fazer melhor pelo ambiente e pelas pessoas, e " #puericooltura", dedicado a mães millennial, onde cria espaço para discutir a maternidade sem filtros, ouvir histórias cruas e honestas e partilhar informação que simplifique a logística da maternidade, sempre com ligação a valores como o minimalismo, a ecologia e a igualdade de género.

    Foi sobre esse percurso que falámos, desde um contexto familiar que lhe despertou a consciência ecológica, o imperativo de lutar pela liberdade e pelos valores em que acredita, até à desilusão com o mundo corporativo e a vontade de trabalhar com projetos alinhados com a regeneração do planeta (e aqui falámos d' "A Montra", projeto pioneiro de 2015). E porque é impossível falar de regeneração e sustentabilidade sem falar de justiça climática, a Joana explica-nos o conceito de interseccionalidade e a urgência de uma mudança sistémica.

    E se as suas palavras são poderosas e impactantes, no seu caso, as ações também o são, como prova a iniciativa solidária e de ativismo "Todas merecemos" (em conjunto com as atrizes Isabel Abreu e Joana Seixas), que visa alertar e contribuir para a eliminação da pobreza menstrual e garantir o acesso de pessoas em situações de vulnerabilidade a produtos de higiene saudáveis, duradouros e mais ecológicos.

    Obrigada, querida Joana, por teres aceitado o nosso convite e por nos inspirares todos os dias com o teu exemplo revolucionário.

    Partilhem, enviem aos amigos, comentem, os nossos convidados merecem esse amor todo.

    A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.

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    Esperamos que gostem!

    Até já!

    • 16 min

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