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Passagens é uma série de entrevistas produzidas pelo canal de YouTube Todo Tanto, disponibilizadas também em forma de podcast, onde o jornalista Guto Alves conversa com os mais variados profissionais da área da comunicação e da cultura.

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    • Society & Culture

Passagens é uma série de entrevistas produzidas pelo canal de YouTube Todo Tanto, disponibilizadas também em forma de podcast, onde o jornalista Guto Alves conversa com os mais variados profissionais da área da comunicação e da cultura.

    Zélia Duncan: “O que eles mais têm medo é do nosso desejo”

    Zélia Duncan: “O que eles mais têm medo é do nosso desejo”

    Uma resistente do presente que tem medo do futuro, mas acredita na esperança. Assim, podemos definir a Zélia Duncan que se apresenta nesta entrevista, em que fala sobre música, invisibilidade lésbica a força do feminismo em sua vida. Atenta às discussões e urgências políticas do país, Zélia se expõe ao “risco” do ódio que tem consumido a internet ao se posicionar, sem medo, em defesa da arte e da luta por igualdade de direitos, emprestando sua visibilidade para expor uma realidade.  

    “O desejo é a força da vida”, diz ao refletir sobre a força de realizar, lutar e perseverar, revelando a potência da luta e da percepção feminina da mulher que carrega em si grandes marcas do passado, lindas lutas no presente e longos caminhos que se abrem. “Acho que (desejo) é a palavra mais aterrorizante que existe, porque ela é tão maravilhosa e assusta tanta gente. Os homofóbicos, os misóginos, essa gentalha que saiu dos bueiros de Brasil. O que eles mais têm medo é do nosso desejo. Eles não se conformam, porque o nosso desejo fareja nossa liberdade. E encontra”, deseja Zélia.


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    • 20 min
    Elza Soares, a inimiga do medo

    Elza Soares, a inimiga do medo

    Elza Soares é o resultado de uma equação que se constrói há quase nove décadas, com elementos fortes como audácia, coragem e talento. Nascida na Vila Vintém, antiga favela da Moça Bonita, e criada num cortiço no bairro da Água Santa, enfrentou racismo, machismo, a repressão militar e a miséria. Fez de tudo instrumento de luta e segue sem medo, em busca de eco para seu grito. "Quando canto, sinto um desabafo, sinto que estou pedindo socorro. Eu continuo pedindo socorro, pedindo ajuda, apoio ao povo", diz uma Elza que faz de seu canto um esplendor da resistência.

    Nesta entrevista, a artista, que prefere não falar sobre idade ("Eu não tenho idade, eu existo", disse brincando), faz um balanço do papel da música em sua vida, dos desafios que vive o Brasil e o papel da arte no enfrentamento. Das muitas cicatrizes, a mulher que foi obrigada a se casar aos 11 anos e perdeu quatro filhos precocemente, hoje encara a dor como parte de seu ser, inclusive as feridas mais profundas, como a do racismo. "O racismo é uma ferida que não cicatriza nunca. Se cicatrizar pode me transformar em outra pessoa, e não sei se eu vou gostar dessa pessoa", afirma.


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    • 9 min
    Elisa Lucinda: poesia, resistência e ancestralidade

    Elisa Lucinda: poesia, resistência e ancestralidade

    Quando Elisa Lucinda chega a algum lugar, o mar de Iemanjá se esparrama junto de seu corpo. É a ancestralidade, explica. “A condução do meu povo foi feita, espiritualmente, por Iemanjá. Até onde não tem mar, tem mar se eu estiver”. Sem ela, estaria sozinha. E sozinha, Elisa não anda. Filha da poesia na palavra, do Chefe do Quilombo de sua vida e da Dandara que foi sua mãe, saiu do Espírito Santo para ser no Rio de Janeiro. Ser mulher, uma resistente da palavra, do ofício e da liberdade.  

    Eis a nossa entrevistada do segundo episódio de Passagens, série de entrevistas do jornalista Guto Alves e editada por Pedro Capello.  

    Hoje aos 61 anos, se é que isso importa (ou talvez importe muito, vejamos), Elisa Lucinda está em cartaz com o sucesso “Parem de falar mal da rotina”, no Teatro João Caetano. Seu rosto, estampando o cartaz da montagem em que apresenta texto de sua autoria, pode ser encontrado cidade afora, em estações do metrô de um Rio que um dia a recebeu anonimamente. Veio de Vitória, Espírito Santo. Na bagagem, a poesia. Da poesia, a atriz, a cantora, a escritora, a mãe.


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    • 22 min
    Eric Nepomuceno, um jornalista de Sangue Latino

    Eric Nepomuceno, um jornalista de Sangue Latino

    “Quem se resigna na América Latina aceita um mundo de derrota e injustiça - e mata a esperança”. Na estreia da série Passagens, Eric Nepomuceno, um jornalista de Sangue Latino. 

    Uma rica conversa sobre as feridas abertas da América Latina, a memória (melhor dizendo: a falta dela), a importância de não resignar-se - e no lugar, indignar-se - e a potência do afeto, do encontro e da escrita na resistência. Nas memórias que lhe cabem, aborda com carinho a amizade com Eduardo Galeano, que, em suas palavras, lhe abriu para o mundo, contando uma história emocionante e inédita sobre sua amizade com o escritor uruguaio e reflete sobre o poder da união e da amizade. “Eu sou a última geração do nós. Agora é a geração do eu”.

    “Minha arma é a palavra escrita”. Eric Nepomuceno, que além de jornalista é um importante tradutor brasileiro e escritor, fala sobre um Brasil maculado pela resignação causada pelo que chama de estado “amnésico” do povo brasileiro. “O Brasil é um país que se nega a olhar pra trás. Um país sem memória não avalia bem o presente e o põe o futuro em risco”. 

    Assista, curta e compartilhe.


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    • 31 min

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