5 min

Sejamos o novo! - Por Maria Mitsuko Maria Mitsuko

    • Alternative Health

Sejamos o novo!

Por: Maria Mitsuko

Vivemos em um momento histórico.

Na percepção do meu processo de individuação encontro sincronia nos acontecimentos vivenciados por diversas mulheres com as quais me relaciono. 

Com as trocas realizadas nos diversos locais de atuação enquanto artista, profissional da saúde, amiga, filha, irmã, companheira, aluna e mestre, é possível perceber um fluxo de trocas contínuas que a cada momento desbloqueiam inúmeros traumas de infância, adolescência e outros processos de construção social introgerados na construção individual de cada mulher. Esse desbloqueio gera dor e medo, mas ao mesmo tempo solidifica nossas personalidades no processo de individuação. 

Com a organização feminina, vejo um potencial de construção estruturalmente sólido e aplicável como resposta ás necessidades humanas básicas enquanto ser vivo. 

Temos uma rede ancestral de maternagem e construção de saberes que zelam não apenas pelo apoio emocional emergencial, como ao analisar a Hierarquia de Necessidades Humanas Básicas de Maslow é possível perceber que o cuidado coletivo de nossas crias, aliada á manutenção de saberes sobre a natureza e contato com a terra e outros indivíduos permite diminuir a situação de miséria global dos mais variados grupos de pessoas em escalas inimagináveis no momento. 

Com os avanços tecnológicos, nos temos apropriado de maneira ainda pouco desenvolvida no sentido de otimização da tecnologia para funcionalidade cotidiana de aplicação de autocuidado e convivência presencial na realidade física e social que precisa ser tocada. Mas ao mesmo tempo, a atividade aplicada por essa via viabiliza um potencial de transformação pungente, porque permite o acesso á informações de momentos históricos diferenciados, conteúdo teórico e lúdico sobre empoderamento, difusão de ferramentas de cuidado, além de assimilação do conteúdo em mídias sociais que permite identificação e reconhecimento de experiências compartilhadas por um número grande de mulheres com acesso á tecnologia. 

Para fora do mundo virtual, a realidade das mulheres nas mais diversas esferas sociais se dá de maneira diversa e a alienação e divisão social se faz nítida, além de conformar um recorte de classe debilitante no sentido de solidarização. 

Mesmo assim, ainda é possível identificar uma comunicação comportamental no que tange a possibilidade de organização em redes de apoio mútuo para difusão de saberes, assistência direta de necessidades locais, empoderamento, formação de oficinas geradoras de renda, estímulo á autonomia e desfetichização dos mais variados espectros sociais a serem sistematicamente destruídos por nós, mulheres. 

Simone Beauvoir nos permite refletir sobre o “tornar-se mulher” e de fato perceber os processos que unificam a mudança de paradigma imposta no momento perpassa pela organização sistemática e presencial dos mais diversos grupos de mulheres em comunidades, por geração, interesse, profissão, ou quaisquer motivos.

A natureza nos unifica e a ela nos podemos remeter para fortalecimento de nossos saberes ancestrais. 

Vivenciemos nossa liberdade transgredindo a cada dia, cada convenção social imposta. Suportemos a dor com resignação e luta. Pois nossa força vem da resistência, força e amor. 

A mudança de paradigma se faz com unidade, construção, organização e irmandade. 

Façamos-nos livres. Sejamos o novo!

29/09/2016 03:25

Sejamos o novo!

Por: Maria Mitsuko

Vivemos em um momento histórico.

Na percepção do meu processo de individuação encontro sincronia nos acontecimentos vivenciados por diversas mulheres com as quais me relaciono. 

Com as trocas realizadas nos diversos locais de atuação enquanto artista, profissional da saúde, amiga, filha, irmã, companheira, aluna e mestre, é possível perceber um fluxo de trocas contínuas que a cada momento desbloqueiam inúmeros traumas de infância, adolescência e outros processos de construção social introgerados na construção individual de cada mulher. Esse desbloqueio gera dor e medo, mas ao mesmo tempo solidifica nossas personalidades no processo de individuação. 

Com a organização feminina, vejo um potencial de construção estruturalmente sólido e aplicável como resposta ás necessidades humanas básicas enquanto ser vivo. 

Temos uma rede ancestral de maternagem e construção de saberes que zelam não apenas pelo apoio emocional emergencial, como ao analisar a Hierarquia de Necessidades Humanas Básicas de Maslow é possível perceber que o cuidado coletivo de nossas crias, aliada á manutenção de saberes sobre a natureza e contato com a terra e outros indivíduos permite diminuir a situação de miséria global dos mais variados grupos de pessoas em escalas inimagináveis no momento. 

Com os avanços tecnológicos, nos temos apropriado de maneira ainda pouco desenvolvida no sentido de otimização da tecnologia para funcionalidade cotidiana de aplicação de autocuidado e convivência presencial na realidade física e social que precisa ser tocada. Mas ao mesmo tempo, a atividade aplicada por essa via viabiliza um potencial de transformação pungente, porque permite o acesso á informações de momentos históricos diferenciados, conteúdo teórico e lúdico sobre empoderamento, difusão de ferramentas de cuidado, além de assimilação do conteúdo em mídias sociais que permite identificação e reconhecimento de experiências compartilhadas por um número grande de mulheres com acesso á tecnologia. 

Para fora do mundo virtual, a realidade das mulheres nas mais diversas esferas sociais se dá de maneira diversa e a alienação e divisão social se faz nítida, além de conformar um recorte de classe debilitante no sentido de solidarização. 

Mesmo assim, ainda é possível identificar uma comunicação comportamental no que tange a possibilidade de organização em redes de apoio mútuo para difusão de saberes, assistência direta de necessidades locais, empoderamento, formação de oficinas geradoras de renda, estímulo á autonomia e desfetichização dos mais variados espectros sociais a serem sistematicamente destruídos por nós, mulheres. 

Simone Beauvoir nos permite refletir sobre o “tornar-se mulher” e de fato perceber os processos que unificam a mudança de paradigma imposta no momento perpassa pela organização sistemática e presencial dos mais diversos grupos de mulheres em comunidades, por geração, interesse, profissão, ou quaisquer motivos.

A natureza nos unifica e a ela nos podemos remeter para fortalecimento de nossos saberes ancestrais. 

Vivenciemos nossa liberdade transgredindo a cada dia, cada convenção social imposta. Suportemos a dor com resignação e luta. Pois nossa força vem da resistência, força e amor. 

A mudança de paradigma se faz com unidade, construção, organização e irmandade. 

Façamos-nos livres. Sejamos o novo!

29/09/2016 03:25

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