Elipse Sonora Elipse Sonora

No novo episódio do “Elipse Sonora” apresenta um jovem talento vindo de Belém do Pará: Joyce Cursino. Jornalista, atriz, roteirista e diretora de 24 anos, Joyce fundou a produtora Negritar com o objetivo de movimentar a produção cultural, digital e audiovisual negra, periférica e amazônica. E que movimento! Entre as séries produzidas pela Negritar, “Resilência” é finalista de um  concurso internacional que destaca a criatividade de cineastas negras do mundo todo. A produtora também realiza um festival de cinema, na capital paraense, para fomentar o audiovisual local. 

Joyce Cursino e sua Negritar  inauguram, assim, em grande estilo a seção “Em Contato”,  da “Elipse Sonora”, um espaço para se revelar novos olhares e narrativas, destes que se constroem de dentro para fora. Um audiovisual que vem das periferias, dos morros, das comunidades e que está pronto para fazer história no audiovisual.

No quarto episódio do “Elipse Sonora”, a sessão “Som e Música” traz Alexandre Guerra e sua saga para chegar à capital da Hungria, onde regeria a Orquestra Sinfônica de Budapeste. O compromisso marcado meses antes era para gravação da trilha do filme “O Vendedor de Sonhos”, de Jayme Monjardim. Antes da aventura, propriamente dita, o compositor fala sobre como cada detalhe do seu trabalho foi pensado junto com o diretor, inclusive a escolha de um instrumento exótico e pouco conhecido para ressaltar a aura de mistério da narrativa. Com direito a cancelamento de voo, espera de horas no aeroporto e extravio de bagagem, a jornada teve final feliz e rendeu uma deliciosa crônica de viagem contada por ele em primeira pessoa. A cereja do bolo é poder ouvir um trecho da belíssima “Flutuante”, música que faz parte da trilha. Realmente um privilégio!

Na sessão “Som e Música”, Alexandre Guerra, Mario di Poi e Vitor Santana vão se revezar para falar sobre algo essencial na construção da narrativa audiovisual.

No terceiro episódio do “Elipse Sonora”, Letícia Sabatella fala à repórter Flávia Guerra sobre como é importante para ela atuar em causas sociais, políticas e ambientais. E como esse ativismo fez todo sentido em sua experiência como diretora do documentário “Hotxuá” (2008), a primeira por trás das câmeras. Ela conta que a feitura do longa surgiu da sua vivência com a nação Krahô, de Palmas, no Tocantins, que ela frequentava há anos. A artista diz ainda que voltar a dirigir está nos seus planos.

Neste episódio, Jorge Bodanzky conta como surgiu a ideia de fazer “Iracema uma Transamazônica” (1974), seu filme de estreia como diretor, quando ainda era  fotógrafo freelancer da revista “Realidade”. Ele fala também como, um tempo depois, ele, Orlando Senna e Wolf Gauer, respectivamente, codiretor e produtor do longa, saíram de São Paulo, de fusquinha, e foram até Marabá (PA), em busca de imagens que pudessem convencer um produtor alemão a investir no projeto. Uma câmera Super 8 fez as vezes de um caderno de notas e ali ficou registrado a gênese do que seria mais tarde um dos marcos do cinema documental brasileiro. Bodanzky conta mais duas histórias deliciosas dos bastidores de “Iracema, Uma Transamazônica”. Confira!

Neste podcast de estreia da Elipse Sonora, o editor-chefe Paulo Henrique Silva, o coordenador Helder Quiroga e a editora assistente Silvana Mascagna  batem um papo sobre como surgiu a ideia de fazer uma revista sobre o audiovisual brasileiro. O trio conversa sobre o impacto positivo que a Elipse teve quando foi lançada sua primeira edição e como foram surgindo os nomes para compor o time de colaboradores fixos da publicação. Eles falam ainda sobre a necessidade de expandir os horizontes da Elipse física e chegar a este novo formato que se inaugura hoje. Confira!