10 min

#5 A Filha Perdida e as dores (e as delícias?) de ser mãe Fale com ela!

    • Society & Culture

A gente cresce ouvindo ditados populares como "ser mãe é padecer no paraíso", "mãe é tudo igual, só muda de endereço", tem um ditado judaico que diz "Deus não pode estar em todos os lugares por isso fez as mães". Ora, só por essa breve demonstração já dá pra perceber como o inconsciente coletivo está impregnado de ideias sobre a maternidade. Como se existisse um único jeito de maternar. E o pior, ideias que não são reais. Porque ser mãe nem sempre é padecer no paraíso. Mãe também sofre, chora, sente angústia, culpa, tem medo. Mãe não é tudo igual. Tem individualidade, tem suas histórias, suas bagagens, seus traumas, suas alegrias, seus desejos, seus jeitos próprios. E, obviamente, mãe não é esse ser que carrega nas costas o peso de salvar a humanidade do ditado judaico. Sem contar na grande mãe da fé cristã, a pobre da Virgem Maria, que nem lhe foi dado o direito de gozar pra pôr no mundo o Messias.

Eita, quem ousa mexer no sagrado símbolo da maternidade? Segura essa polêmica e vem que eu tô cheia de coisa pra contar pra vocês sobre o filme A filha perdida, a adaptação do livro da Elena Ferrante pro cinema, o longa de estreia da Maggie Gyllenhaal, com a maravilhosa Olivia Colman no papel da protagonista. Esse filme que ousa falar sobre as dores da maternidade. E isso já é uma revolução. Bora?

A gente cresce ouvindo ditados populares como "ser mãe é padecer no paraíso", "mãe é tudo igual, só muda de endereço", tem um ditado judaico que diz "Deus não pode estar em todos os lugares por isso fez as mães". Ora, só por essa breve demonstração já dá pra perceber como o inconsciente coletivo está impregnado de ideias sobre a maternidade. Como se existisse um único jeito de maternar. E o pior, ideias que não são reais. Porque ser mãe nem sempre é padecer no paraíso. Mãe também sofre, chora, sente angústia, culpa, tem medo. Mãe não é tudo igual. Tem individualidade, tem suas histórias, suas bagagens, seus traumas, suas alegrias, seus desejos, seus jeitos próprios. E, obviamente, mãe não é esse ser que carrega nas costas o peso de salvar a humanidade do ditado judaico. Sem contar na grande mãe da fé cristã, a pobre da Virgem Maria, que nem lhe foi dado o direito de gozar pra pôr no mundo o Messias.

Eita, quem ousa mexer no sagrado símbolo da maternidade? Segura essa polêmica e vem que eu tô cheia de coisa pra contar pra vocês sobre o filme A filha perdida, a adaptação do livro da Elena Ferrante pro cinema, o longa de estreia da Maggie Gyllenhaal, com a maravilhosa Olivia Colman no papel da protagonista. Esse filme que ousa falar sobre as dores da maternidade. E isso já é uma revolução. Bora?

10 min

Top Podcasts In Society & Culture

Buried
BBC Radio 4
Miss Me?
BBC Sounds
Rylan: How to Be...
BBC Sounds
The Louis Theroux Podcast
Spotify Studios
How To Fail With Elizabeth Day
Elizabeth Day and Sony Music Entertainment
Uncanny
BBC Radio 4