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Palavras do Brasil - T2Ep#6 (Dengo‪)‬ Palavras do Brasil

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Se existe um nome científico no Brasil que praticamente todo mundo conhece, esse nome é Aedes aegypti. O Aedes aegypti é um mosquito transmissor de várias doenças como a febre amarela urbana, a chikungunya, a zika e a dengue.

Em artigo intitulado “Notas históricas e filológicas sobre a palavra dengue”, publicado na Revista de Patologia Tropical da Universidade Federal de Goiás em 1997, o professor e médico Joffre Marcondes de Rezende faz um histórico do uso da palavra que nomeia a doença. Dengue seria uma palavra de origem espanhola, e no Dicionário da Academia Real Espanhola, ela é definida como um melindre que consiste em exagerar sentimentos para se conseguir o que se deseja. Assim, para o autor, o vínculo semântico entre o nome da doença e a acepção de dengue se justifica devido à postura e ao comportamento daqueles que são acometidos pela doença.

Febre alta, dor de cabeça, dores musculares, dor nas juntas e atrás dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo e fadiga são alguns dos sintomas da dengue. É normal que o doente fique dengoso, manhoso, procurando receber cuidados.

Ter uma atitude sedutora, com manha, delicada e meiga é ser dengoso. Mas uma outra possível origem da palavra dengo faz com que ela seja vista com significados mais extensos. Uma hipótese diz que dengo vem do quicongo ndengo e significa “doçura, maciez”. Num sentido mais profundo e ancestral dengo é um pedido de aconchego no meio da rotina. Um carinho é um dengo. Um cafuné é um dengo. A palavra dengo também é usada com afeto como um vocativo para se dirigir a pessoas amadas.

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Link para acesso ao artigo do Professor Joffre Marcondes de Rezende: https://revistas.ufg.br/iptsp/article/view/17233/10377

Se existe um nome científico no Brasil que praticamente todo mundo conhece, esse nome é Aedes aegypti. O Aedes aegypti é um mosquito transmissor de várias doenças como a febre amarela urbana, a chikungunya, a zika e a dengue.

Em artigo intitulado “Notas históricas e filológicas sobre a palavra dengue”, publicado na Revista de Patologia Tropical da Universidade Federal de Goiás em 1997, o professor e médico Joffre Marcondes de Rezende faz um histórico do uso da palavra que nomeia a doença. Dengue seria uma palavra de origem espanhola, e no Dicionário da Academia Real Espanhola, ela é definida como um melindre que consiste em exagerar sentimentos para se conseguir o que se deseja. Assim, para o autor, o vínculo semântico entre o nome da doença e a acepção de dengue se justifica devido à postura e ao comportamento daqueles que são acometidos pela doença.

Febre alta, dor de cabeça, dores musculares, dor nas juntas e atrás dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo e fadiga são alguns dos sintomas da dengue. É normal que o doente fique dengoso, manhoso, procurando receber cuidados.

Ter uma atitude sedutora, com manha, delicada e meiga é ser dengoso. Mas uma outra possível origem da palavra dengo faz com que ela seja vista com significados mais extensos. Uma hipótese diz que dengo vem do quicongo ndengo e significa “doçura, maciez”. Num sentido mais profundo e ancestral dengo é um pedido de aconchego no meio da rotina. Um carinho é um dengo. Um cafuné é um dengo. A palavra dengo também é usada com afeto como um vocativo para se dirigir a pessoas amadas.

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Link para acesso ao artigo do Professor Joffre Marcondes de Rezende: https://revistas.ufg.br/iptsp/article/view/17233/10377

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