9 min

365 LPs Ep. 11 - Clara Nunes - Brasil Mestiço - EMI: 1980‪.‬ 365 LPs

    • Musica

“Cantar é o único alento do trabalhador”. E é com esse canto doce de Clara Nunes que no episódio de hoje eu vou falar sobre Brasil Mestiço, álbum lançado pela cantora em 1980 pela EMI.

Em julho de 1980, Clara começou a gravar Brasil Mestiço. Apesar do repertório estar fechado, ela ligou para Chico Buarque - com quem fez turnê ao lado de outros sambistas no continente africano para o projeto Kalunga - pedindo que ele compusesse uma música para ela, assim como havia lhe prometido durante a viagem. A música em questão era "Morena de Angola", faixa de abertura do disco e um dos maiores sucessos da cantora.

Em sintonia com a concepção do álbum, a capa foi fotografada por Wilton Montenegro no morro da Serrinha, enquanto Clara dançava jongo com a ialorixá Vovó Maria Joana e com o Mestre Darcy do Jongo. Além de "Morena de Angola", Clara também emplacaria nas rádios a faixa "Sem Companhia", escolhida para a trilha sonora da novela Coração Alado, da Rede Globo. "Morena de Angola" e "Viola de Penedo" foram convertidas em videoclipes pelos produtores do Fantástico.

Quase todas as canções do álbum ganhariam espaço nas rádios. No repertório, dois sambas de Candeia, três de Mauro Duarte (dois com Paulo César Pinheiro e um com Elton Medeiros) e um de Nelson Cavaquinho e Wilson Canegal, além de um partido-alto de Alberto Lonato, Josias e Maceió do Cavaco e um samba de quadra da Paraíso do Tuiuti, parceira entre Noca e Natal da Portela.

Apoiado por um elaborado aparato midiático, Brasil Mestiço venderia mais de 500 mil cópias iniciais chegando a marca de 2 milhões de cópias vendidas, dando à cantora o sétimo disco de ouro de sua carreira. Com este álbum, Clara Nunes recebeu o Troféu Roquette Pinto de personalidade do ano na música.

O álbum deu origem ao segundo espetáculo solo da carreira da cantora, intitulado Clara Mestiça. O show, com direção de Bibi Ferreira, roteiro de Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós, estreou no dia 9 de janeiro de 1981. O espetáculo, ambientado num cenário concebido com base no primitivo, tinha início com o canto dos índios Craós e, em seguida, a cantora percorria vários gêneros da música popular brasileira, tais como partido-alto, baião, coco-de-roda, samba-canção, samba-enredo e marcha. Um grande sucesso de público e de crítica, Clara Mestiça ficou em cartaz no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, por sete meses e no Canecão-Anhembi, em São Paulo, por dois.

“Cantar é o único alento do trabalhador”. E é com esse canto doce de Clara Nunes que no episódio de hoje eu vou falar sobre Brasil Mestiço, álbum lançado pela cantora em 1980 pela EMI.

Em julho de 1980, Clara começou a gravar Brasil Mestiço. Apesar do repertório estar fechado, ela ligou para Chico Buarque - com quem fez turnê ao lado de outros sambistas no continente africano para o projeto Kalunga - pedindo que ele compusesse uma música para ela, assim como havia lhe prometido durante a viagem. A música em questão era "Morena de Angola", faixa de abertura do disco e um dos maiores sucessos da cantora.

Em sintonia com a concepção do álbum, a capa foi fotografada por Wilton Montenegro no morro da Serrinha, enquanto Clara dançava jongo com a ialorixá Vovó Maria Joana e com o Mestre Darcy do Jongo. Além de "Morena de Angola", Clara também emplacaria nas rádios a faixa "Sem Companhia", escolhida para a trilha sonora da novela Coração Alado, da Rede Globo. "Morena de Angola" e "Viola de Penedo" foram convertidas em videoclipes pelos produtores do Fantástico.

Quase todas as canções do álbum ganhariam espaço nas rádios. No repertório, dois sambas de Candeia, três de Mauro Duarte (dois com Paulo César Pinheiro e um com Elton Medeiros) e um de Nelson Cavaquinho e Wilson Canegal, além de um partido-alto de Alberto Lonato, Josias e Maceió do Cavaco e um samba de quadra da Paraíso do Tuiuti, parceira entre Noca e Natal da Portela.

Apoiado por um elaborado aparato midiático, Brasil Mestiço venderia mais de 500 mil cópias iniciais chegando a marca de 2 milhões de cópias vendidas, dando à cantora o sétimo disco de ouro de sua carreira. Com este álbum, Clara Nunes recebeu o Troféu Roquette Pinto de personalidade do ano na música.

O álbum deu origem ao segundo espetáculo solo da carreira da cantora, intitulado Clara Mestiça. O show, com direção de Bibi Ferreira, roteiro de Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós, estreou no dia 9 de janeiro de 1981. O espetáculo, ambientado num cenário concebido com base no primitivo, tinha início com o canto dos índios Craós e, em seguida, a cantora percorria vários gêneros da música popular brasileira, tais como partido-alto, baião, coco-de-roda, samba-canção, samba-enredo e marcha. Um grande sucesso de público e de crítica, Clara Mestiça ficou em cartaz no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, por sete meses e no Canecão-Anhembi, em São Paulo, por dois.

9 min

Top podcast nella categoria Musica

ASCOLTARE e COMPRENDERE la MUSICA
Alessandro D'Argento
Le cose che abbiamo in comune | Un podcast di Daniele Silvestri
Fandango Podcast
SuonA Tipo Bene
Suona Tipo Bene Podcast
David Guetta
David Guetta
The Story of Classical
Apple Music
CLUBLIFE
Tiësto