Beatboxcast Geninho

Episódio 6 - Cinema e TV
Pra finalizar o Beatboxcast com chave de ouro vou falar de como ele saiu da música e foi parar nas telas, sejam elas grandes como no cinema ou pequenas espalhadas pelas casas de milhões de pessoas mundo a fora.
É impossível não falar sobre “Loucademia de Polícia” quando pensamos em Beatbox no cinema. O ator e comediante Michael Winslow ficou mundialmente famoso no papel de Larvell Jones, nos 7 filmes da série. Ele é conhecido como “O Homem dos 10mil Efeitos Sonoros” e é capaz de imitar praticamente qualquer barulho do universo. Nos filmes ele faz todo tipo de som, barulho de arma carregando, tiro, carro batendo, barbeador, detector de metal, radar, pessoas mastigando, plateia, televisão, entre outros milhares de sons.
Uma das cenas dos filmes que mais me marcou é a que ele imita o detector de metal do aeroporto, fazendo seu capitão ficar indo e vindo no detector passando uma vergonha danada.
Por muito tempo Michael foi soberano na arte de imitar sons em filmes e propagandas, o que levou a participação dele em diversos programas de TV, onde ele pôde mostrar um pouco mais do seu talento. Nesse trecho que vou mostrar, ele conta com a ajuda de um violonista para canta a musica “Whole Lotta Love” de Led Zeppelin com perfeição, faz a bateria, voz e guitarra, apesar de usar um pedal de efeitos muito utilizado por beatboxers, se eu não falasse que era beatbox talvez vocês nem perceberiam.

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Nesse quinto e penúltimo episódio, vou falar sobre o beatbox ao redor do mundo, e mostrar que ele faz parte da historia de diferentes paises. Índia, Inglaterra, França, Alemanha, Suíça e Brasil, são alguns dos lugares que vou falar por aqui.
Vou começar pelo registro mais antigo de todos esses que citei, com o grupo vocal The Rádio Revellers, da Inglaterra, eles faziam percussão vocal enquanto também cantavam, e nessa musica especificamente chamada “There is a Tavern in Town” alguns dos membros fazem sons de trompete e tem até um solo de baixo feito no beatbox no meio da musica, ela foi lançada em 1938.
Na Índia também existe uma técnica de canto, semelhante ao beatbox chamado de Konnakol uma prática antiga passada de geração em geração, muito linda e feita em um andamento bem diferente do que estamos acostumados, a música não é feita em compasso simples 4/4, ela tem um andamento composto muito único, marcado com palmas chamado de Taala. Os dois artistas de Konnakol mais famosos da Índia são V Shivapriya & BR Somashekar.
A Alemanha foi um dos países que mais sofreu influencia do Hip-Hop fora dos Estados Unidos, muitos dizem que foi por causa do filme “BeatStreet” lançado em 84, mas seja pelo filme ou não, a Alemanha acolheu a cultura Hip-Hop em todos os sentidos, desde a musica até as roupas.
Esse contexto fez ser possível o Campeonato Mundial de Beatbox que é realizado de 3 em 3 anos reunindo na Alemanha beatboxers de mais de 50 países . Em 2015 mais de 150 competições nacionais ao redor do mundo levaram os classificados para o campeonato.
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Falar de Beatbox e não falar de Nova York é praticamente impossível, porque foi lá que tudo começou. Em 1973 o até então desconhecido Dj Cool Herc com apenas 16 anos fez a primeira festa de Hip-Hop da historia, junto da sua irmã Cindy, que teve a ideia de fazer uma festa pra conseguir fazer uma graninha.
Nesse episódio vou falar de Nova York, mais especificamente da cena de Beatboxers que a cidade teve muito forte nos anos 80 e 90. Pelo menos 5 dos maiores beatboxers do mundo vieram de lá.
Acredita-se que a expressão Beat Box veio da bateria eletrônica Wurlitzer Sideman, feita entre 1959 e 64, essa bateria eletrônica vinha numa grande caixa de madeira e era usada para fazer sequencias de bateria simples. As da marca Roland também tiveram sua parcela de contribuição, com a linha TR, que inclui a clássica TR-808, a bateria eletrônica mais usada na historia do rap, lançada em 1982 e admirada até hoje.
A controvérsia sobre quem realmente inventou o beatbox é tão grande, que tratam os 3 principais beatboxers como “A Divina Trindade” composta por Doug E. Fresh, Darren “Buffy” Robinson e Biz Markie.
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Falar sobre a origem do beatbox é algo muito complicado, pois existem pouquíssimos registros e é uma prática tão antiga e presente na música mundial que fica difícil dizer onde realmente começou.
O termo Beatbox ou Human Beatbox começa a aparecer em meados dos anos 80 na cidade de Nova York, junto com o surgimento do Hip-Hop. 
Uma pesquisa inglesa aponta o brasileiro Marcos Valle como o primeiro a usar beatbox em uma música lançada, com a música “Mentira” de 1973, mas, eu Geninho, achei outros registros anteriores a 73 onde aparecem trechos de beatbox em músicas mais antigas e digo que o precursor do beatbox foi Sonny Boy Williamson II com a música Bye Bye Bird, de 1963, 10 anos antes de Marcos Valle, nela Sonny Boy toca gaita, canta e faz beatbox tudo ao mesmo tempo, além de parar a música no meio para fazer um solo de beatbox.

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Salve família, bem vindos ao Beatboxcast, o podcast do Beatbox.  Aqui vou contar um pouco da história do beatbox e de como foi e ainda é usado por compositores e arranjadores do mundo inteiro como recurso de composição. Serão 6 episódios de mais ou menos 10 minutos cada, explicando a história, como se difundiu, mostrando os principais artistas que fazem, a forma que aplicaram e como transformaram beatbox em músicas completas e em alguns hits mundiais. E pra começar com o pé direito, o primeiro episódio é sobre o Rei do Pop, Michael Jackson, que usava o beatbox em quase todas as suas músicas e fez hits mundiais como “Billie Jean” , “Beat It” , "The Girl Is Mine" e "Who Is It" a partir do Beatbox.

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