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Ecio Costa - Economia e Negócios

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Ecio Costa - Economia e Negócios

    Selic mantida em 10,50%

    Selic mantida em 10,50%

    Até aí nenhuma novidade. Qual a novidade? A decisão foi unânime. Esse alinhamento de todos os membros do Comitê de Política Monetária – COPOM do Banco Central pode trazer um bom indicador para o mercado, já que em maio a decisão dividida gerou ruídos sobre divisões internas.

    Após 7 reuniões seguidas de redução da taxa de juros, sendo 6 quedas de 0,50 p.p. (ponto percentual) e uma de 0,25 p.p., a decisão foi de manutenção no atual patamar de 10,50%, patamar mais baixo desde dezembro de 2021, quando era de 9,25%.

    O placar de 5 a 4 da reunião de maio pela redução do ritmo de cortes abriu a porta para uma leitura de tolerância com a inflação por parte dos novos diretores indicados pelo governo Lula acompanhada de reduções maiores da Selic. No ano que vem, serão sete os integrantes do Comitê nomeados pelo Governo Lula, inclusive o presidente do Banco Central.

    O Comitê, nesta reunião, optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação com expectativas desancoradas demandam maior cautela.

    Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; e (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado.

    Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e (ii) os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

    O resultado vem alinhado com a última pesquisa do Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, onde os analistas aumentaram e expectativa de encerramento da Selic em 2024 para o patamar de 10,50%. Isto indica que não deve mais haver redução da Selic em 2024.

    Brasil continua a perder protagonismo em competitividade

    Brasil continua a perder protagonismo em competitividade

    O Brasil caiu mais duas posições e agora está em 62º lugar no Ranking Mundial de Competitividade elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD). O ranking conta com a participação de apenas 67 países. É a quarta queda consecutiva do Brasil desde 2020, quando ocupava o 57º lugar.

    Singapura subiu três posições e alcançou o primeiro lugar este ano, desbancando
    Suíça (2º), Dinamarca (3º) e Irlanda (4º), que ocupavam o pódio no anuário do ano
    passado. De acordo com a análise oficial do ranking, todos esses países têm economias pequenas, mas conseguem resultados por possuírem boa estrutura institucional e utilizarem bem seus acessos a mercados e a parceiros comerciais.

    As dez primeiras colocações são ocupadas por países menores da Ásia e da Europa, como Singapura (1ª), Irlanda (4ª), Hong Kong (5ª), e Taiwan (8ª), enquanto Estados Unidos e China, que possuem as duas maiores economias do mundo, estão na 12ª e 14ª posições, respectivamente.

    Isso acontece porque, além da performance econômica, o ranking mede fatores como a eficiência governamental, a eficiência empresarial e a infraestrutura das 67 nações avaliadas - este ano entraram na lista Porto Rico (49º), Nigéria (64º) e Gana (65º).

    A queda do Brasil no ranking foi puxada pela piora em eficiência governamental e em infraestrutura em relação ao ano passado. Porém, ficou estável em eficiência empresarial (61º) e teve sua melhor posição (38º) em performance econômica. O resultado nesse último indicador pode ser explicado pelo crescimento da oferta de empregos e pela queda da inflação.

    A reforma tributária é um passo importante para ajudar o Brasil a melhorar nesse ranking, mas levará tempo para ser implantada. A produtividade da mão de obra vem se mantendo estagnada ao longo dos anos e isso tem comprometido, principalmente, a indústria brasileira. Reformas estruturais são necessárias para que o Brasil se torne mais competitivo.

    O IBC-Br revelou que a economia brasileira cresceu 0,01% em abril

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    Em abril, vendas no varejo crescem 0,9%

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    Setor de serviços cresce 0,5% em abril

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    Teto da meta de inflação vai estourar em junho?

    Teto da meta de inflação vai estourar em junho?

    A trajetória mensal da inflação deve fazer com que o IPCA estoure o teto da meta de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional no mês de junho. No acumulado de 12 meses com o resultado divulgado para o IPCA do mês de maio, a inflação agora está em 3,93% com o resultado do IPCA de 0,46%.

    O IPCA de junho de 2023 apresentou uma deflação de 0,08%. Como a inflação está bastante pressionada esse ano, o IPCA provavelmente vai subir em patamar muito próximo ao de maio, fazendo com a inflação acumulada em 12 meses passe o teto da meta.

    A meta de inflação para este ano é de 3% com o intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Então, o teto da meta é de 4,5%. É muito provável que já no mês de junho, devido aos aumentos de preços, principalmente de alimentos, com a inflação mais forte aqui no país, esse patamar seja ultrapassado.

    No mês de maio, em específico, a elevação de 0,46% ficou 0,08 ponto percentual acima da taxa de abril. Veio acima do que o mercado esperava, inclusive. No ano, a alta já está em 2,27%. Como já mencionei, nos últimos 12 meses, em 3,93%, acima dos 3,69% observados nos 12 meses encerrados em abril.

    Ao observar os grupos de itens pesquisados, 8 dos 9 itens tiveram aumento em maio. O item que teve maior peso de elevação foi habitação, com 0,67%, o que contribuiu com 0,1 ponto percentual para o índice. Alimentação e bebidas vem em segundo lugar com 0,62%, contribuindo com um peso maior com 0,13 ponto percentual no cálculo do impacto para o mês de maio.

    A maior variação veio do grupo saúde e cuidados pessoais, com uma alta de 0,69%. Mas, com impacto de 0,09 ponto percentual na inflação do mês de maio. Dentro de alimentação e bebidas, é importante mencionar que arroz não estava entre os itens que mais puxaram a inflação nesse mês de maio. Batata inglesa, cebola, leite longa vida e café moído tiveram os maiores impactos.

    Olhando regionalmente, Porto Alegre teve a maior inflação no período, uma variação de 0,87%, mas no acumulado de 12 meses, está abaixo da inflação oficial do país, com 3,83%. E o peso no cálculo do IPCA como de Porto Alegre é relativamente pequeno comparado com, por exemplo, Rio e São Paulo. O peso é de 8,61%, enquanto São Paulo tem 32% e Rio de Janeiro 9,43%.

    A inflação está retomando sua trajetória de alta, trazendo preocupações para a próxima reunião do COPOM, onde não deve haver redução da taxa Selic e, talvez até uma retomada da elevação dos juros por conta da inflação estar desancorando. A elevação do dólar ao longo desse mês também trará efeitos sobre o IPCA de junho.

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