Vale do Suplicio Vale do Suplício

"O que mais te irrita no universo das startups?"Marcella Zambardino ( @marcellazambardino ), cofundadora e Chief Impact Officer da Positiv.a ( @positiv.a ) , deu sua resposta - não sem antes se surpreender com a possibilidade de ser sincera sobre um tema que é tão envolto em falsa glória.



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Marcella Zambardino espelha na Positiv.a - empresa de produtos de limpeza e de beleza sustentável que fundou há cerca de dez anos - as regras que gostaria que ditassem o mundo - ou ao menos o consumo: consciência com todos os atores e cuidado com o meio ambiente. "Envolve muita idealização. Realmente sou uma empreendedora muito sonhadora. Sou aquele clichê."

Mas a hora Chief Impact Officer (CIO) da Positiv.a aprendeu na marra que, na prática, a teoria é outra. Nesta entrevista ao Vale do Suplício, Marcella conta as premissas que teve de flexibilizar para colocar o negócio de pé, as conquistas após uma década aculturando o mercado brasileiro (e lutando para reduzir custos dos produtos) e os planos de expansão após a aquisição recorde de R$ 8,3 milhões na maior rodada equity crowdfunding do Brasil.

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Criado pelas jornalistas Adriele Marchesini e Silvia Paladino, cofundadoras da agência essense, o Vale do Suplício conta a história de empreendedores que falam pouco, mas fazem muito.

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Fundador da Mais1Code e da 4Way, o empreendedor de impacto Diogo Bezerra não demoniza o lucro, mas tampouco cai na falácia de que gerar receita é o principal motivo de existir de uma empresa. Reveja seus conceitos no (Des)Aprendendo com o Exemplo, quadro do podcast de empreendedorismo Vale do Suplício.

Motivado pelo seu trabalho como missionário, Diogo Bezerra partiu da periferia de São Paulo para Portugal. O desejo de seguir no velho continente era grande, mas o de voltar ao Brasil e fazer a diferença por aqui era maior. Cerca de dois anos depois de contato com pessoas de todo o mundo, viajando de avião mais de 20 vezes e aprendendo inglês de forma autodidata, voltou da Europa diretamente para a favela, em uma situação muito mais precária do que quando saiu. "Não tinha saneamento básico. Fiquei umas semanas muito triste, chorando. Caiu para mim como 'filhão, acorda pra vida. Você é pobre'".

Do sofrimento saiu a força. Da força, veio o emprego em uma multinacional. Da estabilidade, veio a ousadia de largar o emprego para empreender, começando com a escola de inglês 4Way, voltada a pessoas periféricas. E seguiu-se uma jornada que parece não caber na pouca idade de Diogo, que tem 30 anos redondos: criação de outra empresa a Mais1Code, com cursos gratuitos de desenvolvimento e programação para pessoas em vulnerabilidade social; participação no Shark Tank; palestra no TEDx; cargo de embaixador da Brazil Conference, conferência realizada pela Harvard e pelo MIT; participação como membro do conselho do Young Leaders of the Americas Initiative...

Venha com a gente neste Vale do Suplício e conheça novas dimensões de geração de riqueza, realização pessoal e negócios de impacto.

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Tem algo que forma mais o caráter do empreendedor do que a falta de recursos? Mauricio Queiroz, fundador da TIDALWATT, abre o coração sobre o suplicante aprendizado de registro de patentes que desenvolveu na marra para garantir a exclusividade de sua invenção em 47 países.

A "Eureka" que levou Mauricio Queiroz e sua empresa, TIDALWATT, à A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (Cop28) veio do que poderia ter sido uma tragédia. Formado em física e apaixonado por mergulho, ele e um grupo de colegas se perdeu no mar após serem arrastados por uma poderosa correnteza - sem, em nenhum momento, terem percebido a força da maré. "Assim como não temos a noção de que a Terra está girando, porque a nossa referência, que é a própria Terra, está parada em relação a nós, o mesmo acontece dentro da água", explica.

A força dos oceanos não saía de sua cabeça - como aquelas músicas ruins que "colam" na memória. Foram meses a fio se questionando como seria possível capturar parte daquela potência. Em uma noite que tinha de tudo para ser comum, Mauricio despertou de um sonho com o projeto das Unidades Coletoras de Energia de Corrente (UCEC), - considerada ema das três tecnologias globais com potencial de fazer a transição energética verde, segundo a revista norte-americana de inovação Real Leaders - prontinho em sua mente. Em cinco minutos, transcreveu o modelo para o computador.

A invenção, que é 400 vezes mais potente que as tecnologias disponíveis a um custo financeiro e ecológico consideravelmente menor, já está patenteada em 47 países.

Mergulhe nesse episódio e conheça a invenção brasileira que promete projetar o Brasil na transformação da matriz energética global. Ah, e tranquilize-se, valer: estamos levando a quipamento adequado e bússula para garantir emersão segura à superfície ;)


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