Vidas Indígenas importam: entre colonização e invasões, os povos originários resistem‪!‬ Rebeca Meyer Isler

“Os povos indígenas possuem direitos coletivos que são indispensáveis para sua existência, bem-estar e desenvolvimento integral como povos” (NAÇÕES UNIDAS, 2008). Deve-se entender que qualquer limitação à sua existência enquanto povos diferentes implica na violação de seus direitos humanos fundamentais. Subtração de suas terras, territórios e recursos, resultam nesse impedimento de exercer livremente o direito ao desenvolvimento, em conformidade com suas próprias necessidades e interesses.

É direito de um povo a determinar livremente sua condição política e buscar “livremente seu desenvolvimento econômico, social e cultural” (DDPI, Artigo 3). Esse, assegurado a todos os povos pela Carta das Nações Unidas, de 1945.

Durante a campanha presidencial, Bolsonaro disse que não demarcaria nenhuma terra indígena se fosse eleito, e tem cumprido a promessa. Disse ainda que buscaria reduzir áreas já demarcadas. Além disso, atualmente, com a pandemia do novo coronavírus, não tem tomado medidas emergenciais necessárias para proteger seus povos da covid-19. Essas comunidades estão ainda mais vulneráveis à pandemia por conta das ações do seu governo anteriores à chegada da doença, como a redução do programa Mais Médicos, o fim das demarcações de terras indígenas e o apoio de Bolsonaro a atividades ilegais praticadas em seus territórios por invasores, como garimpo e extração de madeira.

Esse podcast é o resultado de um trabalho feito por alunas do 4º ano do curso de Geografia da Universidade Júlio de Mesquita Filho (UNESP), onde a entrevistada é Ingrid Paratinga, indígena amazônica de Santarém, no Pará, hereditária dos povos Tupinambá. Os áudios utilizados junto a produção são da Rede Globo, The Intercept, Rede Record, TV Senado, TV Brasil e BBC News.