
55 episodes

Larvas Incendiadas Thiago Coacci
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- Social Sciences
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5.0 • 1 Rating
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Um podcast quinzenal de divulgação científica de estudos de gênero e sexualidade
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Elizabeth Lewis - Linguística Cu(ir)
Nessa semana, conversamos com a Elizabeth Sara Lewis, que é doutora em Estudos da Linguagem pela PUC Rio e professora de Linguística na UNIRIO. Nossa conversa foi sobre seu artigo Por uma linguística cu(ir), publicado nos Cadernos de Linguagem e Sociedade. Em seu trabalho, Elizabeth propõe uma virada cuir na linguística, que possa observar com mais atenção para a relação da linguagem com as práticas sexuais e identidades não hegemônicas. Além disso, ela põe em prática sua perspectiva a partir de dois estudos de caso: o da negociação do uso de dildos por mulheres bissexuais e dos debates sobre o pegging entre homens adeptos da prática. Dessa maneira, demonstra como o dildo pode tanto construir quanto desestabilizar noções e identidades, mostra também como os sujeitos se reorganizam e desenvolvem estratégias linguísticas para justificar o seu desejo pela penetração que podem ora tensionar, ora reforçar os padrões cisheteronormativos.
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Barbara Pires - A intersexualidade e a regulação dos corpos nos esportes
Nessa semana, conversamos com a Barbara Pires, que é pesquisadora, professora e consultora em projetos que envolvam gênero, sexualidade e políticas públicas. Doutora em Antropologia Social no Programa de Pós-Graduação do Museu Nacional (PPGAS/MN/UFRJ). Pesquisadora vinculada ao NUSEX – Núcleo de Estudos em Corpos, Gêneros e Sexualidades (PPGAS/MN) e ao Observatório Intersexo (em formalização). Nossa conversa foi sobre seu artigo O legado das regulações esportivas. Diagnóstico e consentimento na elegibilidade da categoria feminina, publicado na revista Sexualidad, Salud y Sociedade. A partir da história de vida da judoca Edinanci Silva, Barbara analisa as regulações esportivas sobre os corpos femininos, demonstrando como essas são estratégias normativas de controle, articulando categorias científicas e também morais sobre o que seria um corpo feminino ideal. Além disso, problematiza as possibilidades de consentimento e autonomia corporal que as pessoas que se encontram fora desse padrão supostamente normal, como é o caso das pessoas intersexo, possuem ao se aventurar no esporte de alto rendimento. É um trabalho que contribui para uma compreensão mais densa das relações entre ciência, gênero, corporalidade e esportes.
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Luiz Morando - Cintura Fina em Belo Horizonte
Nessa semana, conversamos com Luiz Morando, que é doutor em estudos literários pela UFMG e professor no Centro Universitário de Belo Horizonte. Nossa conversa foi sobre seu mais recente livro Enverga, mas não quebra: Cintura Fina em Belo Horizonte, publicado agora em 2020 pela editora O Sexo da Palavra. A partir de uma pesquisa minuciosa com arquivos de jornais, de entrevistas e coleta de depoimentos em comunidades online, Luiz resgatou a história de Cintura Fina, uma travesti negra cearense que viveu em Belo Horizonte entre as décadas de 50 e 80. Cintura era uma figura intrigante que ganhou fama nas páginas policiais dos jornais por não levar desaforo para casa e enfrentar com sua navalha quem quer que fosse, mas como Luiz demonstra esse é apenas um lado de sua complexa personalidade. Apesar da pesquisa ter como foco Cintura Fina, sua vida é representativa das condições de marginalidade de tantas outras travestis brasileiras e também das estratégias que desenvolveram para sobreviver e fruir, contribuindo assim para adensar a história do gênero e da sexualidade em nosso país.
O livro está a venda no site da editora: https://www.osexodapalavra.com/cinturafina
Esse episódio conta com notícias narradas generosamente pelo ator Bruno Pontes e áudios do curta-metragem Derivado da Minha Beleza, dirigido por Fernanda Gomes e Luciana Barros.
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Brenda Cardoso de Castro - Mulheres descolonizando a Amazônia
Nessa semana, conversamos com Brenda Cardoso de Castro que é doutora em Sociologia e Antropologia pela UFPA e professora do bacharelado em relação internacional da Universidade da Amazônia. Nossa conversa foi sobre sua tese de doutorado, intitulada Mulheres descolonizando a Amazônia pelos caminhos de vida: produção de subjetividades atravessadas pelo projeto de nação desenvolvimentista. A partir de uma pesquisa de campo na Vila de Alter-do-Chão, Santarém; a comunidade de Jamaraquá, na Floresta Nacional do Tapajós; e a comunidade de Coroca, no rio Arapiuns e também de entrevistas com mulheres que vivem nas localidades, Brenda nos mostra como gênero, colonialidade, nação e raça se entrelaçam nas instituições, nos discursos sobre a região e na produção de subjetividades das pessoas que vivem na Amazônia. De forma bastante sensível, nos mostra a maneira como esse complexo tramado de relações de poder produz sujeições e faltas de reconhecimento, mas também permite que as mulheres ainda encontrem linhas de fugas em seus cotidianos. Assim, contribui para escaparmos de algumas armadilhas fáceis para a análise da amazônia e principalmente das vidas das mulheres que ali vivem.
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Ananda Winter - Os sentidos da paridade de gênero na Bolívia
Nessa semana, conversamos com Ananda Winter, que é mestra e doutoranda em Ciência Política. Nossa conversa, foi sobre seu recente artigo Os sentidos da paridade de gênero na Bolívia e os elementos da sua constante transformação, publicado em 2019 pela revista Novos Rumos Sociológicos. Diferentemente do Brasil, que possui um baixíssimo número de mulheres em nosso congresso nacional, a Bolívia se destaca por ter instituído a paridade de gênero na política, ao menos do ponto de vista numérico, a partir da constituição de 2009 e das legislações que se seguiram. Por meio de um conjunto de entrevistas com mulheres bolivianas envolvidas na disputa pela paridade e da análise documental, Ananda analisa esse processo e mostra como a paridade assumiu três sentidos no debate político daquele país: o de chachawarmi, o de um princípio democrático e, por fim, de representação substantiva. Sua pesquisa é fundamental para entendermos mais profundamente as desigualdades de gênero na política e os mecanismos que possuímos para enfrentá-la, ressaltando que a igualdade numérica é um horizonte desejável, mas está longe de ser o fim dos problemas. Essa pesquisa acabou de ser premiada como o melhor artigo sobre gênero e política no premiação conjunta da Associação Brasileira de Ciência Política e da ONU Mulheres.
O artigo que é pano de fundo do episódio pode ser lido gratuitamente aqui.
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Marcelo Natividade - Igrejas LGBT: religiosidades, política e subjetividade
Nessa semana, conversamos com o antropólogo, professor da Universidade Federal do Ceará e cantor Marcelo Natividade sobre seu recente artigo Uma família como outra qualquer: casamento igualitário e novas famílias em igrejas evangélicas LGBT, publicado em 2019 na revista Sexualidad, Salud y Sociedad. A partir de etnografias de igrejas LGBT e de uma longa pesquisa bibliográfica e documental, Marcelo nos descreve como essas igrejas fazem uma amarração complexa entre religiosidades, política e subjetividade. Suas teologias operam um deslocamento de sentido das experiências LGBT valorizando-as como positivas e parte da natureza, simultaneamente criam um enlace com categorias e discursos do campo dos direitos sexuais, projetando-os como parte de um projeto divino. Esses enlaces, no entanto, não deixam de carregar em si tensões e paradoxos entre a subversão e a normalização das experiências LGBT. Seu trabalho nos ajuda a superar visões muito simplificadoras das relações entre gênero, sexualidade e religiosidades.
O artigo que é pano de fundo do episódio pode ser lido gratuitamente aqui.
Marcelo ainda nos contou que acabou de lançar seu álbum Dádiva. Você pode adquirir a cópia física na loja da Metanóia ou ouvido diretamente em qualquer plataforma de áudio.
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