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- Sociedade e cultura
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Ana Jara e Tiago Mota Saraiva partem da arquitectura para falar sobre os temas que nos são comuns. Tantas vezes sobre a actualidade, algumas vezes sobre antiguidades.
Estas conversas vão sendo enriquecidas por convidados. Um pretexto para estar entre amigos e ouvir pessoas com que se deseja conversar.
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#12 (especial) | Em Alfama descanso o olhar?
Este episódio é especial. Foi sem querer mas calhou. Certeiro, um ano depois da gravação do número zero. Falamos de reabilitação e vistas, de uma bomba atómica e de um terminal, e de aberturas para uma outra cidade. É uma deambulação livre, com tempo e ao âmago das nossas inquietações, da vida e do futuro na cidade de Lisboa.
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#11 Godofredo Pereira | Vamos falar do que nos é comum?
Começamos por falar sobre como se posiciona uma escola de arquitectura perante a sociedade e os desafios políticos, urbanos e ambientais. O convidado é Godofredo Pereira. Arquitecto, investigador e professor. Está à frente dos cursos de Environmental Architecture e City Design da Royal College of Arts, em Londres, e defende uma lógica de Investigação - Acção. Descreve os problemas da cidade como problemas ambientais, e os problemas do extrativismo e das lutas em torno à terra e ao território como semelhantes aos problemas urbanos. Conversámos sobre o trabalho que foram desenvolvendo com o Barcelona en Comú, e na América, nas lutas pela terra das comunidades indígenas.
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#10 Bruno Carvalho | Temos meio milhão de fascistas entre nós?
No rescaldo das eleições presidenciais de 2021, procuramos territorializar as questões relacionadas com a emergência eleitoral de uma força marcadamente fascista e pensar como se trava e combate. O convidado deste episódio é o Bruno Carvalho. Jornalista no jornal da Voz do Operário e do Contacto (que obteve o prémio de melhor jornal europeu na categoria "jornal local", atribuído pelo European Newspaper Award), comentador frequente dos canais de televisão RT e Telesur. Nesta conversa vamos em busca de destrinçar os campos fascismo, neoliberalismo, socialismo e comunismo, em terreno onde se eleva a poeira.
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#9 Helena Roseta | Os bairros públicos podem ter vista de rio?
Há uns meses a Presidente da Câmara Municipal de Almada Inês de Medeiros declarou como privilegiadas as populações de um bairro dito “social” de Almada por terem vista de rio. Mais recentemente o CEO da Amorim Luxury, Miguel Guedes de Sousa, declarou em entrevista a um suplemento do Expresso: “Não podemos ter pessoas de classe média ou média baixa a morar em prédios classificados”.
Com a Helena Roseta discorremos sobre várias histórias, território e bairros. Falámos das Torres do Alto da Eira em que os vizinhos não quiseram perder a vista de rio, passámos pelos moradores do Bairro 2 de Maio e a legitimidade revolucionária, homenageámos Gonçalo Ribeiro Telles e Freitas do Amaral e terminámos a discutir as formas de exclusão de uma parte da população ao dividi-la entre activos e inactivos. -
#8 Bruno Maia | Qual é a arquitectura da Saúde?
No país até há pouco invadido pela ideia de reduzir o Serviço Nacional de Saúde, poderá a pandemia alertar para o que se está a desconsolidar no Serviço para dar lugar à ideia de Sistema? E no momento em que se sustem a respiração ao SNS, que argumentos se abrem para reverter as políticas que o fragilizaram? Convidámos Bruno Maia, médico neurologista e intensivista, defensor do SNS, activista pela legalização da cannabis e da morte assistida, nas últimas legislativas, quase a ser eleito deputado do BE pelo Porto. Falámos de pandemias, e de como num futuro próximo em que a população se prevê urbana, concentrada e em contacto com o mundo, poderão ser rastilho recorrente, e de como a Saúde talvez venha a marcar uma ruptura nas formas de fazer cidade e arquitectura.
Aliás, isso talvez até já esteja a acontecer. -
#7 Paulo Raimundo | Há Festa além do COVID-19?
Este episódio é sobre a Festa do Avante. Uma conversa sobre a cidade que, desde 1976, os comunistas erguem para festejar três dias de liberdade, cultura e política e que este ano está a ser fortemente marcada pelo momento extraordinário que atravessamos e por um clima mediático de fortíssima hostilidade.
O Paulo Raimundo é membro do Secretariado do Comité Central do PCP e começa por nos falar das dúvidas e incertezas que existiram na construção da decisão e nos caminhos que se abrem com a sua realização. Depois a conversa segue para os territórios em que vivemos todos os dias. Das praias às escolas. Do escrutínio dos últimos dias, do partido das paredes de vidro à dificuldade em comunicar coisas simples. Do espaço público que a extrema direita tem vindo a conquistar, da resposta anti-racista e da necessidade de não se esvaziar as ruas.