Duarte Araújo | Melhorar a tomada de decisão, ecological cognition e perigos no "temos que ganhar" Efeito Borboletra
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- Desporto
Duarte Araújo é professor, escritor e investigador nas áreas da performance desportiva, coletiva e individual, e das neurociências. Nas palavras do próprio, tem um grande interesse “na nossa inteligência na ação, ou seja, no modo como resolvemos as situações com que nos deparamos com a nossa própria ação, em particular a dos desportistas”.
Nesta conversa, e entre outras coisas, abordou e aprofundou:
- a complexidade da tomada de decisão e os três passos que ela envolve;
- como pensamento e ação andam sempre de mãos dadas (ecological cognition);
- como o futebol pode tirar mais partido de todas as ciências que gravitam à volta dele (interdisciplinaridade);
- como os treinadores podem ajudar os jogadores e que erros devem evitar na elaboração e na operacionalização dos treinos (criar problemas e não dar soluções);
- a importância decisiva das relações/ligações entre jogadores e nas equipas;
- os perigos associados ao “temos que ganhar”;
- o exemplo AIK (Suécia): formar jogadores juntando a vertente desportiva com a social, integrando os pais nesse processo e fomentando códigos de conduta ("passar com respeito");
“O pensamento é o modo como se resolvem problemas. Um jogador expressa o seu pensamento no modo como atua no jogo, como dribla e como finta, como passa, como se posiciona. A visão mais tradicional defende que se pensa primeiro e age-se depois, mas acredito mais nesta visão incorporada e ecológica da cognição que diz que nós temos que pensar de corpo inteiro e que o nosso pensamento esteja sempre altamente condizente com o nosso comportamento. A separação entre pensamento e ação coloca a necessidade de ter a solução antes dela acontecer e isso, de algum modo, restringe a criatividade e a possibilidade de encontrar soluções que antes não foram pensadas”.
Duarte Araújo é professor, escritor e investigador nas áreas da performance desportiva, coletiva e individual, e das neurociências. Nas palavras do próprio, tem um grande interesse “na nossa inteligência na ação, ou seja, no modo como resolvemos as situações com que nos deparamos com a nossa própria ação, em particular a dos desportistas”.
Nesta conversa, e entre outras coisas, abordou e aprofundou:
- a complexidade da tomada de decisão e os três passos que ela envolve;
- como pensamento e ação andam sempre de mãos dadas (ecological cognition);
- como o futebol pode tirar mais partido de todas as ciências que gravitam à volta dele (interdisciplinaridade);
- como os treinadores podem ajudar os jogadores e que erros devem evitar na elaboração e na operacionalização dos treinos (criar problemas e não dar soluções);
- a importância decisiva das relações/ligações entre jogadores e nas equipas;
- os perigos associados ao “temos que ganhar”;
- o exemplo AIK (Suécia): formar jogadores juntando a vertente desportiva com a social, integrando os pais nesse processo e fomentando códigos de conduta ("passar com respeito");
“O pensamento é o modo como se resolvem problemas. Um jogador expressa o seu pensamento no modo como atua no jogo, como dribla e como finta, como passa, como se posiciona. A visão mais tradicional defende que se pensa primeiro e age-se depois, mas acredito mais nesta visão incorporada e ecológica da cognição que diz que nós temos que pensar de corpo inteiro e que o nosso pensamento esteja sempre altamente condizente com o nosso comportamento. A separação entre pensamento e ação coloca a necessidade de ter a solução antes dela acontecer e isso, de algum modo, restringe a criatividade e a possibilidade de encontrar soluções que antes não foram pensadas”.
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