Vendas do varejo crescem 0,6% em julho após queda forte no mês anterior
As vendas no comércio varejista cresceram 0,6% em julho, recuperando parte da perda de 0,9% observada em junho. Em comparação com julho de 2023, o setor registrou um crescimento de 4,4%. No acumulado do ano, as vendas no varejo já somam um crescimento de 5,1% e, nos últimos 12 meses, alta de 3,7%. O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, registrou uma variação positiva tímida, de 0,1%. Em relação a julho de 2023, o crescimento foi mais expressivo, de 7,2%. No acumulado de 2024, o varejo ampliado acumula alta de 4,7%, e em 12 meses, de 3,8%. Seis das oito atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram crescimento em julho. O segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria teve um crescimento expressivo de 16,0%, seguido por outros artigos de uso pessoal e doméstico, com alta de 10,6%. Móveis e eletrodomésticos registrou expansão de 8,1%, enquanto tecidos, vestuário e calçados cresceu 5,2%. O segmento de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançou 3,0%. Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação tiveram uma leve alta de 0,3%. Em contrapartida, o setor livros, jornais, revistas e papelaria apresentou queda de 5,0%, assim como combustíveis e lubrificantes, que recuou 4,3%. No comércio varejista ampliado, o setor de veículos e motos, partes e peças cresceu 20,3% na comparação com julho de 2023, enquanto o segmento de material de construção avançou 11,0%. O atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo teve um crescimento modesto de 0,6%. Das 27 unidades federativas, 15 apresentaram crescimento nas vendas do varejo em julho na comparação com junho. Tocantins liderou com alta de 6,7%, seguido por Piauí (3,5%) e Paraíba (3,0%). Entre os estados com queda, destacaram-se Mato Grosso do Sul (-2,8%), Roraima (-2,4%) e Amapá (-1,7%). No varejo ampliado, 14 estados registraram taxas positivas, com Piauí (8,4%) e Tocantins (7,0%) novamente se destacando. No acumulado do ano, o crescimento das vendas é atribuído a fatores como a melhora no poder de compra das famílias, por conta da inflação mais baixa, e o acesso facilitado ao crédito, o que tem contribuído para um aumento no consumo e, consequentemente, no desempenho do setor varejista. O forte aumento do consumo tem impactado no PIB e pressionado a inflação, que está levando o Banco Central a elevar os juros novamente.