15 episodes

Se o bater de asas de uma borboleta pode influenciar o curso natural das coisas e ter consequências do outro lado do Mundo, por que razão uma frase ou uma conversa não podem mudar alguém ou alguma coisa no futebol?

Neste podcast, vou falar com pessoas com valor e experiência em Gestão, Liderança, Formação e Alto-Rendimento e espero que os conteúdos sirvam para refletir, pensar, agir e crescer. Tudo para ajudar clubes, organizações, treinadores, equipas técnicas e gestores a evoluírem e a tornarem-se melhores naquilo que tem grande potencial de crescimento: o que se passa fora do campo.

Efeito Borboletra Vasco Samouco

    • Desporto

Se o bater de asas de uma borboleta pode influenciar o curso natural das coisas e ter consequências do outro lado do Mundo, por que razão uma frase ou uma conversa não podem mudar alguém ou alguma coisa no futebol?

Neste podcast, vou falar com pessoas com valor e experiência em Gestão, Liderança, Formação e Alto-Rendimento e espero que os conteúdos sirvam para refletir, pensar, agir e crescer. Tudo para ajudar clubes, organizações, treinadores, equipas técnicas e gestores a evoluírem e a tornarem-se melhores naquilo que tem grande potencial de crescimento: o que se passa fora do campo.

    João Nuno Fonseca | Treino, tecnologia, informação, gerir erros e frustrações, lidar com o jogador

    João Nuno Fonseca | Treino, tecnologia, informação, gerir erros e frustrações, lidar com o jogador

    Aos 33 anos, João Nuno Fonseca já trabalhou na formação da Académica, esteve na Aspire Academy no Catar, foi analista para o Grupo City, que detém vários clubes, entre eles o Manchester City, foi treinador adjunto no Nantes (França) e na equipa de sub-23 do Benfica e na época passada exerceu as mesmas funções no Stade Reims, da liga francesa. Passou por contextos de formação e de alto-rendimento, exerceu cargos variados, auxiliou treinadores como Miguel Cardoso, Óscar Cano e Óscar Garcia, lidou com diferentes culturas e ajustou-se a formas de pensar e de trabalhar diferentes. 

    O treino e a respetiva evolução e complexidade, o impacto tecnológico, a necessidade de se construírem relações saudáveis com o erro e a importância de saber gerir frustrações, como tratar e lidar com o excesso de informação e saber o que transmitir e como, as desvantagens e os perigos das análises exaustivas, os clubes que “não sabem o que querem ser”, e o “ego inacreditável” dos jovens estão entre os temas abordados ao longo da conversa.

    • 1 hr 22 min
    Francisca Moreira Rato | Comunicar para melhorar o clube, lidar com os resultados e ajudar a equipa

    Francisca Moreira Rato | Comunicar para melhorar o clube, lidar com os resultados e ajudar a equipa

    Francisca Moreira Rato esteve cinco anos na Dinamarca, onde se licenciou em Gestão de Marketing e tirou uma pós-graduação em Gestão do Desporto. Através de um estágio, entrou no futebol pela porta do FC Helsingor, clube no qual esteve dois anos a exercer diversas funções relacionadas com a Comunicação.

    Nesta conversa, e entre outras coisas, detalha como foi trabalhar num clube dinamarquês mas detido por proprietários americanos e como a diversidade e as diferenças culturais foram importantes a vários níveis. Para além disso, explica como a comunicação é mais do que aquilo que se diz — também é o que se faz e o que se transmite não-verbalmente; expõe dificuldades e como elas foram ultrapassadas, destaca a importância da comunicação para lá das redes sociais e de os clubes mais pequenos se aproximarem da comunidade local, fala sobre a relação clube/comunicação social e sublinha os cuidados a ter nas alturas de euforia e de desânimo.

    As particularidades que fazem do jogador dinamarquês apetecível, a qualidade de vida na Dinamarca e do ensino do país, e a evolução do futebol dinamarquês também são temas abordados.

    • 1 hr 1 min
    Hugo Rodrigues | O futebol das crianças, a maturidade das raparigas, os pais e dar voz às mulheres

    Hugo Rodrigues | O futebol das crianças, a maturidade das raparigas, os pais e dar voz às mulheres

    Ligado ao Leicester City FC, clube da Premier League, como treinador de equipas de sub-9, Hugo Rodrigues também conta com passagens pela academia do Sporting e por academias pertencentes ao Tottenham, nos Estados Unidos, sempre em escalões etários mais baixos, juntando, assim, "duas paixões": "a pedagogia, da qual ainda se fala pouco, e o futebol". Lida com rapazes e raparigas, assumindo que "trabalhar com elas é mais desafiante". Foi ex-guarda-redes de futebol, tem licenciatura e mestrado em Ciências da Educação. 

    Nesta conversa, são abordados temas relacionados com estratégias, contextos e comportamentos ideais para promover o desenvolvimento da criança, a necessidade de olhar para as crianças de uma forma holística e educá-las/trabalhá-las dessa forma, a importância de inspirar e de ser um exemplo, para além de outras qualidades decisivas para ser um bom treinador de crianças. As diferenças entre rapazes e raparigas e as mudanças que obrigam nas formas de estar de quem lidera, o papel dos pais, a desigualdade estrutural que prejudica as melhores e como elas podem melhorar o futebol são outros assuntos debatidos.

    • 54 min
    Duarte Araújo | Melhorar a tomada de decisão, ecological cognition e perigos no "temos que ganhar"

    Duarte Araújo | Melhorar a tomada de decisão, ecological cognition e perigos no "temos que ganhar"

    Duarte Araújo é professor, escritor e investigador nas áreas da performance desportiva, coletiva e individual, e das neurociências. Nas palavras do próprio, tem um grande interesse “na nossa inteligência na ação, ou seja, no modo como resolvemos as situações com que nos deparamos com a nossa própria ação, em particular a dos desportistas”.

    Nesta conversa, e entre outras coisas, abordou e aprofundou:

    - a complexidade da tomada de decisão e os três passos que ela envolve;

    - como pensamento e ação andam sempre de mãos dadas (ecological cognition);

    - como o futebol pode tirar mais partido de todas as ciências que gravitam à volta dele (interdisciplinaridade);

    - como os treinadores podem ajudar os jogadores e que erros devem evitar na elaboração e na operacionalização dos treinos (criar problemas e não dar soluções);

    - a importância decisiva das relações/ligações entre jogadores e nas equipas;

    - os perigos associados ao “temos que ganhar”;

    - o exemplo AIK (Suécia): formar jogadores juntando a vertente desportiva com a social, integrando os pais nesse processo e fomentando códigos de conduta ("passar com respeito");

    “O pensamento é o modo como se resolvem problemas. Um jogador expressa o seu pensamento no modo como atua no jogo, como dribla e como finta, como passa, como se posiciona. A visão mais tradicional defende que se pensa primeiro e age-se depois, mas acredito mais nesta visão incorporada e ecológica da cognição que diz que nós temos que pensar de corpo inteiro e que o nosso pensamento esteja sempre altamente condizente com o nosso comportamento. A separação entre pensamento e ação coloca a necessidade de ter a solução antes dela acontecer e isso, de algum modo, restringe a criatividade e a possibilidade de encontrar soluções que antes não foram pensadas”.

    • 58 min
    Luís Campos | Scouting do futuro, escolher o treinador certo e procurar conhecimento fora do futebol

    Luís Campos | Scouting do futuro, escolher o treinador certo e procurar conhecimento fora do futebol

    Luís Campos quase dispensa apresentações. É considerado um dos melhores diretores desportivos do Mundo, foi o mentor dos projetos que levaram o Mónaco e o Lille a serem campeões de França frente ao poderoso Paris Saint-Germain. Mas é, acima de tudo, um pensador, um inconformado e um visionário, que está a aproveitar um período sabático para “descobrir coisas fantásticas” e “estar um passo à frente”.



    Nesta conversa, Luís Campos explica a complexidade do “modelo de jogo e da forma de jogar”, dá pistas decisivas sobre como iniciar projetos e construir boas equipas, prevê o futuro do scouting e como essa evolução vai exigir mais dos scouts, realça a importância dos avanços tecnológicos, fala de mercados inexplorados e sobreexplorados, destaca o potencial africano, elogia os bons exemplos nórdicos, alerta para a importância do perfil psicológico dos jogadores e não só, defende a aposta em especialistas e a importância de outras ciências para o futebol, e aponta passos para escolher o treinador certo. 



    “Um diretor desportivo tem que coordenar uma série de equipas que estão à volta da equipa de futebol e tem que fazer com que aquilo tudo funcione. É algo dinâmico e vivo (...) O trabalho em equipa, o sentido coletivo, existe cada vez menos, mas é muito importante fazer sentir que todos são importantes. Eu lembro-me sempre da importância que, quer no Mónaco quer no Lille, tinham os motoristas da equipa. O roupeiro, por exemplo, percebia o modelo de jogo… É preciso uma enorme força coletiva para colocar um modelo de jogo e uma forma de jogar a funcionar”.

    • 1 hr 2 min
    João Carlos Pereira | Por dentro da Aspire Academy: lições e reflexões para a formação de jogadores

    João Carlos Pereira | Por dentro da Aspire Academy: lições e reflexões para a formação de jogadores

    João Carlos Pereira é treinador de futebol, com décadas de experiência, e durante seis anos foi parte ativa, como Coordenador, na formação de jogadores na Aspire Academy, no Qatar, um dos centros de formação e alto-rendimento mais evoluídos, mais complexos e mais completos do Mundo.

    Nesta entrevista, e entre outras coisas, João Carlos Pereira recorda experiências únicas e conversas inesquecíveis com Vítor Frade, Pep Guardiola, Paco Seirul-lo ou Xavi Hernández (“consegue encontrar pormenores e perceber coisas que a maioria dos treinadores não é capaz”), detalha o processo e os avanços que o projeto foi conhecendo ao longo dos anos, confidencia como se criaram condições para tornar os jovens mais resilientes e mentalmente capazes, explica a “aprendizagem consciente para os jogadores” e como praticar outras modalidades é importante, para além de salientar a “preocupação tremenda na formação contínua dos treinadores”.

    “O jogador era parte ativa no processo, era consciente dos erros que cometia, era altamente consciente dos conteúdos de treino e criámos condições para que os jogadores fossem refletindo sobre o seu desempenho e sobre o desempenho da equipa. O treinador fomentava a discussão e conseguimos meter os jogadores a discutir exercícios, conteúdos, as dificuldades que sentiam. Fazíamos isto antes dos treinos, durante os treinos e depois dos treinos”.

    • 52 min

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