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Rito Do Irmão Pequeno 3õMusicalVivoPAX!!!

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De Mário de Andrade, para Manuel Bandeira, 1931.

Um conjunto de dez poemas dedicados a Manuel Bandeira, com temática ligada à natureza e perpassada pelo lirismo resultante da estilização de aspectos da mitologia indígena.



Poema 1 de 10



Meu irmão é tão bonito como o pássaro amarelo,

Ele acaba de nascer do escuro da noite vasta!

Meu irmão é tão bonito como o pássaro amarelo,

Eu sou feito um ladrão roubado pelo roubo que leva,

Neste anseio de fechar o sorriso da boca nascida...



Gentes, não creiam não que em meu canto haja

Siquer um reflexo de vida!

Oh não! antes será talvez uma queixa de espírito sábio,

Aspiração do fruto mais perfeito,

Ou talvez um derradeiro refúgio para minha alma humilhada...



Me deixem num canto apenas, que seja este canto somente,

Suspirar pela vida que nasceria apenas do meu ser!

Porque meu irmão pequeno é tão bonito como o pássaro amarelo,

E eu quisera dar pra ele o sabor do meu próprio destino

A projeção de mim, a essência duma intimidade incorruptível...



Leitura: Jorge LA Matheus


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Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/jorge-la-matheus/message

De Mário de Andrade, para Manuel Bandeira, 1931.

Um conjunto de dez poemas dedicados a Manuel Bandeira, com temática ligada à natureza e perpassada pelo lirismo resultante da estilização de aspectos da mitologia indígena.



Poema 1 de 10



Meu irmão é tão bonito como o pássaro amarelo,

Ele acaba de nascer do escuro da noite vasta!

Meu irmão é tão bonito como o pássaro amarelo,

Eu sou feito um ladrão roubado pelo roubo que leva,

Neste anseio de fechar o sorriso da boca nascida...



Gentes, não creiam não que em meu canto haja

Siquer um reflexo de vida!

Oh não! antes será talvez uma queixa de espírito sábio,

Aspiração do fruto mais perfeito,

Ou talvez um derradeiro refúgio para minha alma humilhada...



Me deixem num canto apenas, que seja este canto somente,

Suspirar pela vida que nasceria apenas do meu ser!

Porque meu irmão pequeno é tão bonito como o pássaro amarelo,

E eu quisera dar pra ele o sabor do meu próprio destino

A projeção de mim, a essência duma intimidade incorruptível...



Leitura: Jorge LA Matheus


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