51 episodes

Produzido por Anderson Soares (historiador e psicanalista) que objetiva manejar conexões de saberes pouco exploradas, que nos levam a desnaturalizar e desconstruir permanências discursivas em torno do sujeito singular e suas implicações históricas, culturais e subjetivas. Os saberes históricos e psicanalíticos dão suporte às nossas reflexões sobre este sujeito singular, atravessado por uma cultura, historicidade e processo intersubjetivo. Cada episódio se resume a reflexões sobre os condicionantes históricos e sintomas do mal-estar da sociedade contemporânea e sua complexidade. Também YOUTUBE

Historicizar Anderson Soares

    • History

Produzido por Anderson Soares (historiador e psicanalista) que objetiva manejar conexões de saberes pouco exploradas, que nos levam a desnaturalizar e desconstruir permanências discursivas em torno do sujeito singular e suas implicações históricas, culturais e subjetivas. Os saberes históricos e psicanalíticos dão suporte às nossas reflexões sobre este sujeito singular, atravessado por uma cultura, historicidade e processo intersubjetivo. Cada episódio se resume a reflexões sobre os condicionantes históricos e sintomas do mal-estar da sociedade contemporânea e sua complexidade. Também YOUTUBE

    49 - 'Mal-estar da civilização' na contemporaneidade (ENTREVISTA: pesquisadora Nina Saroldi - RJ)

    49 - 'Mal-estar da civilização' na contemporaneidade (ENTREVISTA: pesquisadora Nina Saroldi - RJ)

    Nina Saroldi fala sobre seu livro, com reflexão contextualizada sobre ‘O mal-estar na civilização’ (obra de Sigmund Freud lançada originalmente em 1929) com base num inquietante subtítulo: As obrigações do desejo na era da globalização. A autora com base em pilares freudianos, corrobora que, a civilização resulta da renúncia à satisfação direta das pulsões e que esta mesma renúncia à satisfação pulsional, pressuposta por Freud como estrutural à constituição do processo civilizatório, é o que nos retira do estado de NATUREZA e nos faz ingressar no estado de CULTURA.

    Mas a sua obra propõe refletir sobre este tema numa fértil contextualização com o tempo contemporâneo, o que inclui a relação sujeito, cultura e seus sintomas. A
    partir disso, como podemos pensar a relação entre desejo e processo civilizatório, numa atmosfera em que o princípio da realidade “está em baixa” e tendo que se justificar para o imperioso princípio de prazer. Nina Saroldi nos lembra que, No contexto cultural do começo do século XX, a liberdade era sacrificada em nome da segurança e em dias atuais, acontece exatamente o contrário.

    Podemos pensar (de forma contextualizada) a permanente inquietação desta citada relação com base na atual infantilização da sociedade e no empobrecimento dos recursos simbólicos dos sujeitos diante da incapacidade de metabolizar derrotas e com cada vez menores condições de negociação de seus ímpetos pulsionais diante das implicações  civilizatórias. São questões cada vez mais evidentes em dias atuais, em que facilmente podemos perceber uma violenta falência do sentimento de coletividade nas práticas e discursos das sociabilidades contemporâneas.

    A autora resume que: “Nos tempos de Freud, havia uma configuração psíquica calcada na renúncia e na submissão aos ditames de um pai ainda severo. Hoje o
    pai severo se tornou, muitas vezes, um adolescente crescido, e a função paterna, como diria Jacques Lacan, parece ter ficado vaga na sociedade” (p.162).

    • 56 min
    48 - Nelson Rodrigues e a Psicanálise (ENTREVISTA: psicanalista/escritora Fernanda Hamann - RJ)

    48 - Nelson Rodrigues e a Psicanálise (ENTREVISTA: psicanalista/escritora Fernanda Hamann - RJ)

    A psicanalista e escritora Fernanda Hamann trouxe pilares centrais de sua publicação: a compreensão da obra de Nelson Rodrigues a partir de conceitos psicanalíticos. Já que a obra deste polêmico autor traz à tona uma estética do excesso e o permanente drama dos sujeitos no lidar com o permanente conflito entre o imperativo moral e o imperativo do gozo pulsional. Pulsão compreendida aqui como força motriz que pulsa ininterruptamente na exigência de satisfação que acossa o sujeito.
    A pesquisa de Fernanda Hamann utiliza a obra de Nelson Rodrigues para também trazer à tona a importante confluência entre psicanálise e literatura, que são práticas calcadas na palavra, lidam com a enunciação, com as formações do inconsciente e tratam o real pela via simbólica, reconhecendo a presença do indizível na experiência humana.

    • 52 min
    47 - Psicopolítica (LIVRO: filósofo Byung-Chul Han - 2018)

    47 - Psicopolítica (LIVRO: filósofo Byung-Chul Han - 2018)

    Neste episódio: reflexões sobre as novas técnicas de poder do neoliberalismo, apontadas por este autor como resultantes das mutações do capitalismo. Através de um panoptico digital e com moderadores invisíveis, investe nas emoções e em fragilidades do psiquismo dos sujeitos para obter produtividade e submissão. Neste contexto, com ausência de proibições e comunicação intensa nas redes, o sujeito contemporâneo (despsicologizado) se torna vítima e carrasco de si mesmo num permanente processo de auto-exploração e auto-exposição.

    • 11 min
    46 - Microfísica do poder (LIVRO: Michel Foucault - 1978)

    46 - Microfísica do poder (LIVRO: Michel Foucault - 1978)

    Neste episódio apresentamos reflexões sobre conceitos centrais desta obra de Michel Foucault, que aponta o poder como um feixe de relações e não como algo unitário e centralizado, como o Estado. As táticas de dominação vão se aperfeiçoando através de técnicas disciplinares (poder deixando de ser soberano para se tornar disciplinar) que visam obter docilidade e produtividade dos corpos, sem precisar suplicia-los através de explícitas violências. O poder é algo que circula, que produz saberes e que ninguém escapa dele.

    • 11 min
    45 -Cinema e ditadura militar (ENTREVISTA: historiador Wallace Andrioli Guedes - RJ)

    45 -Cinema e ditadura militar (ENTREVISTA: historiador Wallace Andrioli Guedes - RJ)

    Neste episódio: Wallace A. Guedes (historiador e crítico de cinema) nos traz importante pesquisa sobre a relação da produção cinematográfica com os regimes autoritários. E em específico o contexto histórico/político que envolveu a produção do importante filme 'Pra frente, Brasil' (1982), produzido por Roberto Farias. Wallace pesquisou documentação produzida pelos órgãos de censura ditadura e revelou como foi complexa a atmosfera política que sustentava a relação entre os produtores de filmes do Brasil durante os anos de vigência do regime ditatorial. Sua pesquisa (doutorado pela UFF), foi transformada em livro e publicada pela editora Appris em 2020, é uma importante contribuição historiadores que utilizam filmes como objeto de pesquisa para variados contextos históricos.



    Música ambiente: Os saltimbancos (Philips - 1977)



    Foto: divulgação (internet)

    • 51 min
    44 - História do punk no Brasil e RN (ENTREVISTA: Renato Maia - cientista social - RN)

    44 - História do punk no Brasil e RN (ENTREVISTA: Renato Maia - cientista social - RN)

    Renato Maia (cientista social e integrante da banda Discarga Violenta) nos apresenta um rico histórico do Punk no Brasil e RN. Passando pela implicação política com princípios anarquistas até a produção de zines e demais trincheiras contra as variadas formas de autoritarismo. A cena do RN é destacada e esmiuçada desde fins dos anos 80, com o desenvolvimento de práticas auto-gestionárias e forte atuação na cena underground dos anos 90. Renato lembra que o hardcore sempre uma forma particular de se transmitir inquietação/transgressão diante da acomodação e do caos reinante nas sociedades.

    • 44 min

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