Vozes do Planeta Vozes do Planeta Podcast

A relação de cinquenta anos contínuos de desmatamento no Brasil com os eventos climáticos extremos é uma narrativa que o pesquisador e cientista
Antonio Nobre nos traz neste episódio especial.

Além de uma explicação bem didática de como os rios voadores e o impacto no seu fluxo alteram e criam bolhas climáticas no país, o pesquisador alerta para a criação de desertos onde antes existia floresta.

Mas principalmente este é um episodio para compreender o poder de resfriamento e regulação climática da floresta em pé. E de alerta para conservar o que ainda resta. O Vozes do Planeta tema a honra de mais uma
vez ecoar a voz deste importante cientista

“Quando tínhamos um sistema funcionando como estava
funcionando anteriormente, porque tínhamos um berço esplêndido no Brasil, existiam os rios voadores fluindo da Amazônia e chegando no centro-oeste do país, no Pantanal, no sudeste, no sul do Brasil, e no norte da Argentina de uma maneira distribuída. E existiam as frentes frias subindo do sul do continente, um
processo bem conhecido, encontrando essas massas de ar úmido e ajudando a formar as nuvens e a condensação e a chuva.  Só que isso distribuído ao longo de todas
essas regiões. Então tinha precipitação benigna saudável. Com o advento do desmatamento associado às mudanças climáticas, associado ao aquecimento dos oceanos, associado a uma alteração de escala planetária que faz com que ocorra uma mudança da circulação em relação aos oceanos e aos continentes, tem um ar seco que desce em cima da Terra e ele é o que mantém essa bolha de ar quente presa. As ondas de calor no Brasil são aprisionadas por esse movimento descendente e que é tem conexão com aquecimento dos oceanos e aquecimento planetário.”


“A floresta amazônica nesse período de 50 milhões de anos enfrentou todo tipo de cataclismo. Ela tem uma capacidade natural intrínseca, como a Mata Atlântica tinha, como as todos os ecossistemas nativos tinham, de
lidar com as mudanças climáticas de uma maneira que não fosse catastrófica. Agora a floresta amazônica não sabe lidar com motosserra, com o correntão, com
tratores de 40 toneladas cada um arrastando e destruindo 20 hectares de floresta por hora. Ela não sabe lidar com isso.”

#VozesdoPlaneta #Amazonia #criseclimatica #AntonioNobre

Sabia que está rolando uma reunião da ONU sobre o Tratado Global dos Plásticos? Sabia também que o Brasil é o maior produtor de plásticos da América Latina e que produz anualmente 500 BILHÕES de itens plásticos descartáveis? Já imaginou o tamanho do problema e responsabilidade do país nesta discussão?



Neste episódio, Paulina Chamorro convida duas especialistas que estão acompanhando as discussões no Canadá: Nathalia Grilli, estudante de doutorado da Universidade da Tasmânia, integrante da Catedra UNESCO para Sustentabilidade do Oceano e da Coalizão de cientistas para um Tratado Global do Plástico Eficiente e Lara Iwanicki gerente de campanhas na @oceanabrasil para nos contarem sobre a hisotira do Tratado e o que pode acontecer.

O Vozes do Planeta sai da Amazônia e entra agora no Pantanal, uma das maiores planícies inundáveis do planeta, que em 2020 viveu uma grande tragédia ambiental. Água Pantanal Fogo é uma exposição manifesto, que reúne fotografias de Lalo de Almeida e Luciano Candisani e curadoria de Éder Chiodetto, ambos entrevistados nessa edição do podcast. A exposição é uma iniciativa do Documenta Pantanal.

Lalo de Almeida focou suas fotografias no fogo que assolou o bioma durante os incêndios de 2020, que devastou aproximadamente 26% da área e resultou na morte de 17 milhões de animais. Já Luciano Candisani traz uma série de imagens da água, sejam elas submersas, terrestres ou aéreas.

A exposição Água Pantanal Fogo está em exibição no Instituto Tomie Otaki até o dia 12 de maio de 2024. Com entrada franca, a exposição pode ser visitada de terça a domingo das 8h às 19h. E aqui no Vozes do Planeta você fica por dentro dos detalhes que as lentes do Lalo e do Luciano não capturaram. Ouça agora!


#Pantanal #Vozesdoplaneta #paulinachamorro

Está no ar a oitava temporada do Vozes do Planeta Podcast, um dos primeiros a cobrir clima e meio ambiente no Brasil! Neste primeiro episódio de 2024, nós vamos aprofundar na pesquisa publicada na capa da Revista Nature, no dia 14 de fevereiro, sobre a possibilidade da Amazônia alcançar o ponto de não retorno até o ano de 2050!!!



A pesquisa foi realizada por cientistas brasileiros da Universidade Federal de Santa Catarina. E quem nos conta mais sobre ela é a Marina Hirota, pesquisadora e professora supervisora do estudo, que foi liderado por seu aluno, Bernardo Monteiro Flores.



Me explica, Planetinha!

Pra te dar um spoiler do que se trata, o ponto de não retorno significa um limite do sistema climático que, se ultrapassado, se torna impossível recuperar o que foi perdido dentro do bioma. E o pior é que temos apenas 25 anos para resolver essa situação, como controlar ou zerar o desmatamento, reduzir os impactos do aquecimento global e os demais pontos que a Marina Hirota explica pra gente neste episódio. Vamos nessa?

Para encerrar esse série de podcasts sobre a expedição rumo à Serra do Imeri no final de 2022, vamos conhecer a jornada de uma pesquisadora brasileira, apaixonada pela botânica, que foi uma das selecionadas a embarcar nessa viagem em um dos lugares intocados pela ciência. Qual a história dela até chegar neste momento e o que ela encontrou na Serra do Imeri? Ouça agora no último episódio da série.



A reportagem 'Descobertas de novas espécies nas alturas da Amazônia brasileira', da jornalista Paulina Chamorro, foi realizada com o apoio do Rainforest Journalism Fund (RJF), em parceria com o Pulitzer Center.

De que forma um dos lugares mais altos e remotos do Planeta pode documentar os impactos das mudanças climáticas? A expedição rumo à Serra do Imeri, além de investigar as espécies da fauna e flora que vivem no local, também proporciona o entendimento de como essas espécies podem contribuir para a projeção das mudanças climáticas.



A reportagem 'Descobertas de novas espécies nas alturas da Amazônia brasileira', da jornalista Paulina Chamorro, foi realizada com o apoio do Rainforest Journalism Fund (RJF), em parceria com o Pulitzer Center.