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Enquanto se questiona a realidade política do Brasil, Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles põem o país mais uma vez no mapa da indústria cinematográfica mundial com o aclamado Bacurau, uma forma de protesto e resistência em tempos sombrios para o audiovisual brasileirol. “Nosso protesto é o filme”, dispara Dornelles sentado ao lado de Kleber quando começamos nosso bate papo em uma das salas da produtora americana Cinetic Media, em Nova Iorque, responsável pela película em terras norte-americanas. Bacurau é o segundo trabalho de colaboração dos diretores pernambucanos. O filme,  lançado em maio deste ano, vem colecionando prêmios em festivais pelo mundo, entre eles o prêmio dos júris de Cannes, e o prêmio de melhor filme internacional no festival de Munique. Um dia antes da entrevista tivemos o prazer de conferir o longa no Festival de Cinema de New York City, um dos festivais mais importantes da cidade. No Lincoln Center, diante de uma platéia de mil e duzentos espectadores, dedicaram a exibição do filme ao ex presidente Lula; “É um prazer estar aqui essa noite. É um momento muito especial para nós e quero dedicar essa exibição a Luiz Inácio Lula da Silva.” disse Juliano Dornelles minutos antes da exibição para uma plateia energizante. Nina Simone costumava dizer que é dever do artista refletir o espírito do tempo em que ele vive. Juliano e Kleber fazem melhor que ninguém essa reflexão em Bacurau,  aplaudido de pé no Lincoln Center, confirmando a urgência de uma obra como esta.

A atriz brasileira Nina Marqueti, convidada por nossa equipe, bateu um papo sobre cinema, política e esperança com os consagrados diretores. Confiram o link no meu perfil e no perfil do programa @brictalks