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Memórias apagadas da Terra da Liberdade é uma série de Podcast realizada pelo Lab Procomum em parceria com o podcast História Preta e a Rádio Silva durante a pesquisa-ação Memórias, Narrativas e Tecnologias Negras da Baixada Santista.

A série parte de memórias e narrativas, de ontem e hoje, para projetar um outro possível futuro, buscando evidenciar o protagonismo negro de personagens históricos e contemporâneos da Baixada Santista.

Nessa atividade, contaremos com a presença da filósofa, artista e professora Denise Ferreira da Silva, sem dúvida uma das maiores pensadoras brasileiras contemporâneas e cujo trabalho inspirou a realização de todo esse ciclo.

Atualmente, Denise é Professora Titular e Diretora do Instituto de Justiça Social da Universidade de British Columbia. É autora de inúmeros artigos e livros, publicados internacionalmente. No Brasil, recomendamos a leitura de A Dívida Impagável, editado em parceria com a Casa do Povo, centro social e artístico paulistano com quem desenvolvemos parcerias.

Denise também tem um vasto trabalho artístico com o qual propõe uma poética (poethics) negra feminista. Alguns de seus trabalhos podem ser conferidos na plataforma artística https://ehcho.org/ lançada durante a pandemia. Ali, encontram-se suas colaborações com os filmes Serpent Rain (2016) e 4Waters - Deep Implicancy (2018), com Arjuna Neuman, além de outros textos e intervenções.

Em 2016, Denise e Valentina Desideri apresentaram na Bienal de São Paulo o exercício Leituras Poéticas. Nessa intervenção, que ocorreu em outras localidades também, elas se utilizam de práticas bem conhecidas ou por elas desenhadas como tarô, terapia política, leitura de mãos, falsa terapia, assim como reiki, astrologia e filosofia, para fazer uma leitura em relação a questões políticas.

Na atividade de encerramento da Colaboradora, Denise irá conversar com a coordenadora do LAB Procomum, Marina Pereira; a coordenadora da Colaboradora - Empreender e Transformar, Simone Oliveira, e com Rodrigo Savazoni, diretor-executivo do Instituto Procomum.

Gravado em 8 de outubro, quinta-feira, às 20h, e disponível em nosso canal do YouTube.

Os participantes debaterão tendo como ponto de partida o pensamento de que “Tudo que nóis tem é nóis. Fazemos rodas, praticamos esquinas, erguemos choupanas e cazuás, inventamos mundos”. O contrário da vida não é a morte, mas o desencanto. Na produção de feitiços, dos corpos em livre voo, vamos resistindo, entre nós, umas com as outras, tecendo redes, fazendo comunidades, habitando as encruzilhadas.

Participantes:

Luciane Ramos Silva (artista da dança e antropóloga)

Luiz Antonio Simas (escritor)

Gravado em 07/10/2020, quarta-feira, às 11h, e disponível no nosso canal do YouTube.

O que é preciso deixar para trás quando o mundo acabar e a população puder dar início novamente a ele? A crítica e teoria indiana Gayatri Chakravorty Spivak, em sua obra feminista, convoca a desaprender, a desertar toda forma de preconceito. A live discutirá sobre como as pessoas poderão se formar para o mundo que virá e abordará os aspectos de uma educação libertária e libertadora, na contramão do espírito do tempo.

Participantes:

Marília Fernandes (artista do corpo e educadora)

Marina Guzzo (artista do corpo - UNIFESP)

Benki Ashaninka (liderança indígena)

Gravado em 06 de outubro, terça-feira, às 11h, e disponível no nosso canal do YouTube

O chamado dos últimos anos da política insurgente é claro: ocupemos. Se a ocupação se faz necessária, o bate-papo propõe que seja ocupado o céu, como cantam os velhos anarquistas. Ou, ainda, ocupar o espaço virtual, com narrativas de transformação social. A live questionará: como praticar artivismo no mundo pós-epidêmico? Ocupar segue sendo a palavra de ordem?

Participantes:

Thi Gresa (pessoa não binária, artista, pesquisadora, professore de artes, e orientadora de processos criativos)

Martha Kiss Perrone (diretora teatral)

Julián Fuks (escritor)

Gravado em 1º de outubro, quinta-feira, às 11h, e disponível no nosso canal do YouTube

Música e audiovisual são linguagens que já se viram profundamente afetadas pela cultura digital. Com a pandemia, essa realidade tomou outras dimensões, esvaziou teatros, cinemas e exposições de artes plásticas, além de alterar as dinâmicas coletivas de criação entre artistas e festivais. Na Europa alguns teatros reabriram e fecharam outra vez. O bate-papo mostrará como surgiram outras dinâmicas de fruição estética, dentro desta nova realidade.

Participantes:

Fabricio Lopez (artista visual)

Fernando Hermógenes (performer)

Giselle Beiguelman (arte e tecnologia)

Gravado em Dia 30 de setembro, quarta-feira, às 11h e disponível no nosso canal do YouTube