Nuno Pinto Martins | OQCQ 3.0 | Comprimido.pt ïżœâȘïżœâŹ Onde Quando e Como eu Quiser
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- Teknologi
Uma conversa sobre a importĂąncia do novo paradigma digital na sociedade e das mudanças que se avizinham com este novo mundo. Aborda temas como o passado e o futuro da internet, dos media, da educação, do jornalismo e da sociedade. Falamos de tecnologia e de pessoas.  Os principais pilares da nossa sociedade encontram-se minados pelos paradigmas do passado. A transformação digital dĂĄ-se em quase todos os setores e traz consigo a dicotomia literacia/iliteracia digital, criando um desequilibro interpessoal e intersocial. Vivemos num mundo que urge por informação, conhecimento e pessoas que o saibam procurar, filtrar, conjugar. O papel dos media na transformação digital Ă© fundamental. O constante evoluir da digitalização transformou a forma como comunicamos. Gradualmente, o Streaming substitui a TelevisĂŁo Linear, o Podcast Online a RĂĄdio Tradicional, e as Plataformas Online e Redes sociais o Jornal de papel. EstarĂŁo os media tradicionais a acompanhar a evolução digital? SerĂĄ o mindset o mesmo de hĂĄ 30 anos? Devem os media tentar adaptar-se Ă s novas realidades? Vivemos num mundo onde, cada vez mais, o consumidor nĂŁo quer que lhe digam o que ver ou o que consumir. Mas antes, que quer participar na discussĂŁo e ter o poder da escolha. A forma como os media tradicionais sĂŁo afetados implica a forma como o jornalismo Ă© feito. As pessoas deixam de comprar jornais e recusam pagar para ler uma notĂcia online. O fenĂłmeno das fake news e do clickbait explodiu e a urgĂȘncia de educar o consumidor para questionar a informação que consome aumenta. A educação estĂĄ descompassada da velocidade da mudança. A educação em Portugal nĂŁo acompanha as necessidades do futuro digital. Os alunos continuam a aprender o mesmo, com mais exigĂȘncias. No ensino superior, a educação continua muito acadĂ©mica e desfasada com o mercado de trabalho. Ou nasces na nova era com intuição tecno-digital, ou temos o professor que nĂŁo sabe colocar o powerpoint em tela cheia e aumentar o som do vĂdeo. SituaçÔes sensĂveis, delicadas e de crise, como a pandemia do Covid-19, ressentem esta iliteracia digital. SoluçÔes como o teletrabalho e a telescola evidenciaram a falta de preparação, conhecimento, e por vezes, acesso Ă s ferramentas. A Educação reflete-se diretamente na democracia, que se tem visto, por vĂĄrias vezes, em causa. A fraca educação para a cidadania e formação geral nĂŁo estimula competĂȘncias bĂĄsicas e Ă© limitada pelos paradigmas do passado, tornando tambĂ©m limitadas as escolhas do povo. A liberdade existe em condiçÔes propĂcias Ă sua limitação. A transformação digital tornou mais fĂĄcil a divulgação de fake news. A rapidez com que uma informação Ă© transmitida e distribuĂda Ă© surreal. E, ao contrĂĄrio do que se pode pensar o recetor nĂŁo questiona o que lĂȘ. Consagrando uma ameaça direta para a democracia. No contexto internacional, as eleiçÔes nos EUA e no Brasil, relativas aos candidatos Donald Trump e Jair Bolsonaro, respetivamente, foram alvo de grandes polĂ©micas devido Ă divulgação de fake news decisivas para os resultados. NĂŁo discutindo o Ăąmbito polĂtico, faz questionar o estado da democracia mundial. O monopĂłlio digital GAFA (Google, Amazon, Facebook, Apple) Ă© outro grande sistema. DetĂȘm a totalidade do poder digital nas suas mĂŁos. Se a Amazon e a Apple tĂȘm grande parte das suas receitas pela venda de produtos e serviços, a Google e a Facebook obtĂȘm-nas pela interceção dos dados do utilizador e de negĂłcios publicitĂĄrios. Finalmente, InteligĂȘncia Artificial e algoritmos de Machine Learning. Uma fĂłrmula matemĂĄtica Ă© inserida num sistema com capacidade de desenvolver inteligĂȘncia Ă medida que coleta dados. Desde o sĂ©culo passado que se produzem filmes sobre o futuro tecnolĂłgico. Esta Ăąnsia e curiosidade sobre o desconhecido sempre foi uma caracterĂstica prĂłpria dos humanos. Para onde caminhamos e para onde queremos caminhar? Utopia? Distopia? OuâŠ?
Uma conversa sobre a importĂąncia do novo paradigma digital na sociedade e das mudanças que se avizinham com este novo mundo. Aborda temas como o passado e o futuro da internet, dos media, da educação, do jornalismo e da sociedade. Falamos de tecnologia e de pessoas.  Os principais pilares da nossa sociedade encontram-se minados pelos paradigmas do passado. A transformação digital dĂĄ-se em quase todos os setores e traz consigo a dicotomia literacia/iliteracia digital, criando um desequilibro interpessoal e intersocial. Vivemos num mundo que urge por informação, conhecimento e pessoas que o saibam procurar, filtrar, conjugar. O papel dos media na transformação digital Ă© fundamental. O constante evoluir da digitalização transformou a forma como comunicamos. Gradualmente, o Streaming substitui a TelevisĂŁo Linear, o Podcast Online a RĂĄdio Tradicional, e as Plataformas Online e Redes sociais o Jornal de papel. EstarĂŁo os media tradicionais a acompanhar a evolução digital? SerĂĄ o mindset o mesmo de hĂĄ 30 anos? Devem os media tentar adaptar-se Ă s novas realidades? Vivemos num mundo onde, cada vez mais, o consumidor nĂŁo quer que lhe digam o que ver ou o que consumir. Mas antes, que quer participar na discussĂŁo e ter o poder da escolha. A forma como os media tradicionais sĂŁo afetados implica a forma como o jornalismo Ă© feito. As pessoas deixam de comprar jornais e recusam pagar para ler uma notĂcia online. O fenĂłmeno das fake news e do clickbait explodiu e a urgĂȘncia de educar o consumidor para questionar a informação que consome aumenta. A educação estĂĄ descompassada da velocidade da mudança. A educação em Portugal nĂŁo acompanha as necessidades do futuro digital. Os alunos continuam a aprender o mesmo, com mais exigĂȘncias. No ensino superior, a educação continua muito acadĂ©mica e desfasada com o mercado de trabalho. Ou nasces na nova era com intuição tecno-digital, ou temos o professor que nĂŁo sabe colocar o powerpoint em tela cheia e aumentar o som do vĂdeo. SituaçÔes sensĂveis, delicadas e de crise, como a pandemia do Covid-19, ressentem esta iliteracia digital. SoluçÔes como o teletrabalho e a telescola evidenciaram a falta de preparação, conhecimento, e por vezes, acesso Ă s ferramentas. A Educação reflete-se diretamente na democracia, que se tem visto, por vĂĄrias vezes, em causa. A fraca educação para a cidadania e formação geral nĂŁo estimula competĂȘncias bĂĄsicas e Ă© limitada pelos paradigmas do passado, tornando tambĂ©m limitadas as escolhas do povo. A liberdade existe em condiçÔes propĂcias Ă sua limitação. A transformação digital tornou mais fĂĄcil a divulgação de fake news. A rapidez com que uma informação Ă© transmitida e distribuĂda Ă© surreal. E, ao contrĂĄrio do que se pode pensar o recetor nĂŁo questiona o que lĂȘ. Consagrando uma ameaça direta para a democracia. No contexto internacional, as eleiçÔes nos EUA e no Brasil, relativas aos candidatos Donald Trump e Jair Bolsonaro, respetivamente, foram alvo de grandes polĂ©micas devido Ă divulgação de fake news decisivas para os resultados. NĂŁo discutindo o Ăąmbito polĂtico, faz questionar o estado da democracia mundial. O monopĂłlio digital GAFA (Google, Amazon, Facebook, Apple) Ă© outro grande sistema. DetĂȘm a totalidade do poder digital nas suas mĂŁos. Se a Amazon e a Apple tĂȘm grande parte das suas receitas pela venda de produtos e serviços, a Google e a Facebook obtĂȘm-nas pela interceção dos dados do utilizador e de negĂłcios publicitĂĄrios. Finalmente, InteligĂȘncia Artificial e algoritmos de Machine Learning. Uma fĂłrmula matemĂĄtica Ă© inserida num sistema com capacidade de desenvolver inteligĂȘncia Ă medida que coleta dados. Desde o sĂ©culo passado que se produzem filmes sobre o futuro tecnolĂłgico. Esta Ăąnsia e curiosidade sobre o desconhecido sempre foi uma caracterĂstica prĂłpria dos humanos. Para onde caminhamos e para onde queremos caminhar? Utopia? Distopia? OuâŠ?
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