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Programa produzido pela Rádio Batuta com a missão de pescar pérolas pouco conhecidas do acervo musical do Instituto Moreira Salles (IMS), voltado principalmente para discos em 78 rotações. A seleção dos fonogramas é do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos. O acervo está disponível no site discografiabrasileira.com.br.
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O alegre hino do Rio
A marchinha Cidade Maravilhosa foi composta inicialmente para uma festa de primavera, mas acabou chegando ao carnaval e, consagração final, ao posto de hino oficial do Rio de Janeiro. A gravação é de setembro de 1933, com o próprio autor, André Filho, e Aurora Miranda, a bela irmã de Carmen e também precursora nos avanços femininos. Naquele momento, gravar música de carnaval também não era coisa de meninas.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
O “boato” de Elza Soares
Além de renovador das marchinhas, João Roberto Kelly participou, no início dos anos 1960, do sambalanço, que levou a bossa nova para a pista de dança. Um dos seus sucessos no gênero foi “Boato”, gravado em outubro de 1960 por outra iniciante e que também, com estilo diferente na maneira de cantar, modernizaria o samba. Era Elza Soares.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
Dalva canta Humberto Teixeira
Em 1950, por motivos burocráticos ligados à arrecadação de direitos autorais, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga desfizeram a parceria responsável por obras como “Asa branca”. Gonzagão continuou com Zé Dantas a fazer outros clássicos. Teixeira, sozinho, compôs o sucesso “Kalu”, gravado em 1952 por Dalva de Oliveira à frente da orquestra do maestro escocês Roberto Inglez. A gravação foi feita em Londres. É baião, mas com a pitada sentimental tão ao estilo de Dalva.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
“Saca rolha”, sempre sucesso
A marcha “Saca rolha” foi sucesso do carnaval de 1954 e continua, 70 anos depois, sendo cantada nas ruas, um dos hinos da grande festa brasileira. A autoria é de José Gonçalves, Zilda Gonçalves e Waldir Machado. Zé e Zilda, casados na vida real, também são os intérpretes. Zé morreria no final daquele mesmo ano, dias depois de ter gravado com Zilda a continuação do “Saca rolha”, a marchinha “Ressaca”, sucesso no carnaval do ano seguinte.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
O lançamento de “Barracão”
Heleninha Costa era uma personalidade discreta no estrelar elenco da Rádio Nacional, mas o fato de ter feito a primeira gravação de “Barracão”, de Luiz Antônio e Oldemar Magalhães, é glória suficiente para eternizá-la. O samba, na tradição da letra triste para um ritmo bem animado, foi um grande sucesso do carnaval de 1953.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro -
O nascimento do samba-rock
Os selos dos discos de 78 rotações por minuto traziam, além das informações sobre intérpretes e autores, o gênero a que a música pertencia. No selo de “Bacará”, do guitarrista Bola Sete, interpretada por ele e seu conjunto, foi anotado pela primeira vez, em 1957, o gênero “Samba-rock”. Bola Sete, apelido do carioca Djalma de Andrade, logo em seguida iria para os Estados Unidos e seria reconhecido como um grande guitarrista do jazz.
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro