8 episodes

Estou na Guiné-Bissau há três semanas mas já percorri o mundo em conversas e partilhas. Já refleti muito e aprendi ainda mais. Este país transborda de cor, esperança e emoção. E é isso que quero levar para fora. Já vale a galinha toda se daqui a uns anos servir para me lembrar das riquezas de testemunhos que espero manter vivos na cabeça. Este é um podcast que quero gravar em conjunto com guineenses empreendedores e intervenientes. Mas também sobre a vida, a vida tão semelhante mas também tão contrastante com a que conhecemos. Africanos a falar de África, para variar um pouco.

Entre Mangas e Mancaras Carolina Dubert

    • Society & Culture

Estou na Guiné-Bissau há três semanas mas já percorri o mundo em conversas e partilhas. Já refleti muito e aprendi ainda mais. Este país transborda de cor, esperança e emoção. E é isso que quero levar para fora. Já vale a galinha toda se daqui a uns anos servir para me lembrar das riquezas de testemunhos que espero manter vivos na cabeça. Este é um podcast que quero gravar em conjunto com guineenses empreendedores e intervenientes. Mas também sobre a vida, a vida tão semelhante mas também tão contrastante com a que conhecemos. Africanos a falar de África, para variar um pouco.

    #7 Ser um jovem muçulmano, com o Saido

    #7 Ser um jovem muçulmano, com o Saido

    Hoje celebrei com a minha família guineense o Tabaski, uma das das maiores festividades dos crentes muçulmanos.

    Em honra disso entrego-vos uma nova conversa do podcast acerca do islamismo: a perspetiva de um jovem sobre a sua religião, muitas vezes mal compreendida por nós. É importante ouvir, refletir, compreender e desconstruir

    Eid mubarak a todos os meus amigos da comunidade muçulmana! Boas festas!

    • 43 min
    #6 A vinda do Marcelo Rebelo de Sousa à Guiné e a vida do professor Humberto, com ele mesmo

    #6 A vinda do Marcelo Rebelo de Sousa à Guiné e a vida do professor Humberto, com ele mesmo

    À conversa com o professor Humberto, uma das personagens principais da minha história na Guiné. Este episódio já foi gravado há uns tempos numa tarde soalheira debaixo de uma mangueira no pátio da escola onde eu faço voluntariado e se me lembro bem falámos da vinda do presidente Marcelo à Guiné, da vida e dedicação do professor para com o sistema de educação do país e houve espaço para muitas aleatoriedades comuns (ou nada). O professor foi a minha primeira Guiné. A razão indireta para a qual eu cá vim parar. Foi ele quem criou o projecto que faço parte, a Escola Humberto Braima Sambú, e ainda hoje, 28 anos após a sua criação, não deixa a escola um dia. Criou uma escola num dos bairros mais desfavorecidos de Bissau para proporcionar educação às múltiplas crianças que já lhe passaram pelos braços. Admirem, riam com a nossa aleatoriedade, chorem por mim, aproveitem e partilhem.

    • 43 min
    #5 Racismo e poligamia, com os meus amigos

    #5 Racismo e poligamia, com os meus amigos

    Eu e a Vanda à conversa com os nossos amigos Romário, Saido e Idrissa,num típico djumbai aleatório Guineese, num final de tarde dourado à volta de uma mesa. Falar sobre racismo e preconceito é desconfortável mas essencial então neste episódio introduzi o tema. Esta não foi de todo a conversa que tinha em mente ou o que esperava ouvir mas falamos de ideias e esteriótipos relacionados com o racismo, de racismo étnico na Guiné Bissau e ainda surgiu uma tentativa de tentar abordar a igualdade de gênero no contexto Guineese e acabamos por falar muito de poligamia e relações (relatada claro, por membros do sexo masculino). Não fez muito sentido e não chegámos a grande consenso e não sei conseguem ouvir grande coisa mas espero ter valido a pena partilhar tal como foi gravado.

    • 42 min
    #4 Ser mulher, com mulheres

    #4 Ser mulher, com mulheres

    À conversa com mulheres, que na verdade são apenas adolescentes, alunas da escola Humberto Braima Sambú. Sempre que o assunto da igualdade de gênero vinha às tona nas minhas conversas aqui na Guiné-Bissau a presença de homens a opinar era predominante. As mulheres não se pronunciavam. E tocávamos no assunto de uma forma superficial, falávamos de violência doméstica mas nunca o assunto foi aprofundado. Nunca falamos do papel da mulher em casa, na educação, na vida social. Ao acaso, estava na visita de estudo em Cacheu e comecei a falar com umas alunas sobre o tempo livre delas. A verdade é que para elas este realmente não existe porque é ocupado com tarefas atribuídas ao sexo feminino. Os irmãos têm mais tempo para estudar e brincar que elas. A conversa desenrolou-se e passou à revolta, à constatação que ser mulher, então na Guiné é difícil. Aí soube que teria que clicar no gravador e fazer todas as perguntas que já tinha desistido de fazer por conseguir prever a resposta. Comecei a conversa com duas alunas, uma com 20 anos como eu e outra com 16, como a minha irmã e entretanto, contagiadas pelo assunto, juntaram-se mais vozes. Ambas já trabalharam muito mais do que eu alguma vez terei que trabalhar. Falaram um pouco de tudo e de forma pouco organizada (mas não queria intervir, regras de etiqueta dos podcasts, perdoem-me) e muito francamente, gostava de poder pedir desculpa pelos momentos do podcast em que só ouvem vozes exaltadas em cima umas das outras, mas a verdade é que como mulher, senti a frustração que elas precisavam de transmitir e não as podia calar. Mais do que isso, a revolta de ser consciente que isto é apenas um episódio de 28 minutos. Talvez tenha alguma audiência. Talvez apenas seja ouvido por 10 pessoas. Normalmente não importa. Pela primeira vez desde que comecei a gravar este Podcast, desejei que estas vozes pudessem ser ouvidas e absorvidas pelo mundo inteiro.

    • 28 min
    #3 Turismo, etnias e cultura, com a Nhimanan

    #3 Turismo, etnias e cultura, com a Nhimanan

    À conversa com Nhimanan Euriza Mauá. Durante estes últimos 10 dias tive o privilégio de acampar com os estudantes da universidade IP9 em Bubaque, uma ilha paradisíaca repleta de maravilhas naturais mas infelizmente apenas aproveitada por estrangeiros que cá constroem hotéis. Nesta semana aprendi muito sobre a importância do Turismo sustentável para a economia e desenvolvimento de um país e para a continuidade da sua cultura. Custumava dizer "eu não sou turista, sou viajante" mas rodeada de estudantes desta área, turismólogos e de cultura fez-me mudar essa visão. A primeira vez que falei com a Nhimanan fiquei maravilhada com a paixão com que ela falava do seu país, cultura e tradições. Lembro-me de ouvir alguém a comentar que ela falava demasiado, mas eu só lhes queria dizer para nunca calarem a voz desta mulher porque ela tem muito a dizer. Neste episódio, falámos de cultura, do turismo, das etnias e tradições da Guiné-Bissau.

    • 51 min
    #2 Lixo, com a Binta

    #2 Lixo, com a Binta

    A Binta foi uma das minhas grandes primeiras introduções às amabilidade dos guineenses. É nela que me inspiro muitas vezes porque me ensina que uma mulher realmente é capaz de tudo e mais alguma coisa. Sabia que queria falar com ela num podcast mas não sabia se ia desenrolar um assunto tão facilmente com a pressão de gravar. Mal lhe falei da ideia ela disse que queria falar do lixo na Guiné-Bissau. E assim foi.

    • 33 min

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