Raplica Raplica

Professor de filosofia na rede pública estadual e em uma faculdade particular da cidade de Cabo Frio, no interior do estado do Rio de Janeiro, Moisés de Oliveira é também youtuber.  Em seu canal, o Drywood, que conta com cerca de 150 mil inscritos, ele faz análises de clipes de Rap, discutindo questões filosóficas e sociológicas a partir de temas apresentados nas músicas. Neste episódio, Moisés comentou as contradições na forma como a mídia tradicional aborda o Rap. O professor falou sobre as maneiras pelas quais a mídia tradicional apropria-se do Rap em seus produtos; apontou alguns motivos que justificam a aversão de alguns rappers à mídia tradicional; e destacou como a internet se tornou o principal meio de divulgação do Rap, possibilitando a ascensão de diversos artistas.

Professora adjunta da Universidade Federal da Bahia, Ana Lúcia Silva Souza possui pós-doutorado em Linguística Aplicada pela Universidade de Brasília (2018).  Ela é autora de uma tese que discute os “letramentos de reexistência”, termo que a própria autora criou para caracterizar o movimento cultural Hip-Hop como um agente de letramento, ou seja, um dispositivo que é utilizado para ensinar e aprender. Na entrevista, Ana Lúcia abordou o caráter pedagógico que envolve o Rap, explicando como conhecimentos se disseminam por meio das músicas. Ela ressaltou, também, a importância do Rap como uma expressão cultural que apresenta a história do povo negro àqueles que ainda não a conhecem.

Foi no tradicional Duelo de MCs, em Belo Horizonte, que Samora N’Zinga começou a se envolver com a cultura Hip-Hop. Hoje, ele é rapper, já lançou dois álbuns, publicou um livro de poesias e realizou uma turnê na África. Em suas obras, Samora tece críticas sociais contundentes e exalta a cultura negra. Neste episódio, ele discutiu a relevância da cultura Hip-Hop no cenário político e social, destacando a importância do gênero enquanto instrumento de comunicação. Além disso, ele também falou sobre sua carreira e suas conquistas no mundo da música.