Mundo Político - TV Assembleia de Minas Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais

No programa desta semana, Vivian Menezes, Marco Antonio Soalheiro e Andreia Zagury destacam os principais assuntos da crônica política. Em destaque o anúncio do presidente do Congresso de uma nova proposta para renegociação da dívida de Minas que corre contra o tempo. O s revezes enfrentados pelo governo Lula, que cancelou o leilão do arroz por suspeita de fraude e teve a medida provisória de compensação das desonerações devolvida pelo Senado. Ainda no Congresso, a tramitação e urgência do projeto do aborto capitaneado pela oposição e facilitado pelo presidente da Câmara Arthur Lira. E as pesquisas e movimentos dos pré-candidatos à prefeitura da capital

Em mais uma entrevista da série com os pré-candidatos à prefeitura de BH, o Mundo Político recebe o deputado federal Rogério Correia (PT) que também é vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, em Brasília. Correia fala sobre a disputa pela prefeitura, a possibilidade de a esquerda se unir em torno de uma única candidatura, a expectativa de encabeçar essa aliança e as dificuldades para que se ela se efetive. Também relativiza as pesquisas recentes que não o colocam entre os primeiros na corrida eleitoral, mas diz que tem o apoio do presidente Lula e os levantamentos espontâneos ainda apontam que o a maior parte do eleitorado não escolheu um candidato. Como vice-líder do governo, Rogério avalia os desafios do governo Lula na relação com o Congresso Nacional.

O partido terá 400 candidatos e candidatas na disputa pelas prefeituras mineiras. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, o presidente do partido em Minas, deputado federal licenciado Newton Cardoso Jr, cita nomes escolhidos nas principais cidades do Estado e comenta a escolha para a disputa de Belo Horizonte, de Gabriel Azevedo, que já foi ferrenho adversário do MDB. Cardoso diz que Gabriel amadureceu, é bom de debate e desconsidera o baixo desempenho dele em pesquisa recente, de 2 pontos percentuais. O deputado também comenta a discussão no Congresso sobre a regulamentação da reforma tributária e avalia os benefícios que o novo modelo de tributação trará para o país. Cardoso ainda fala sobre a renegociação da dívida de Minas e faz críticas ao Regime de Recuperação fiscal. Diz que a aplicação do regime significa “barrigar” a dívida, prejudica os servidores e o Estado e que a venda de estatais tem que ser aprovada pela população e ter um preço justo.

A ministra Carmen Lúcia acaba de assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral após um período histórico de protagonismo da corte. A gestão do ministro que deixa o cargo, Alexandre de Moraes, foi marcada pelos holofotes nas ações contra fake news, na defesa das urnas eletrônicas e na resistência aos ataques à democracia. Mas também foi vista como excessivamente personalista por especialistas. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, o advogado Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral e professor do IDP, Fabricio Medeiros, fala que a desinformação continuará sendo o grande desafio do TSE em 2024 e nos próximos anos. Avalia que a diferença de perfis entre Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes não altera o ponto de vista comum aos dois e considera que as medidas estabelecidas para as eleições municipais terão continuidade e que a ministra fará uma condução intransigente do processo eleitoral. Fabricio Medeiros ainda reflete sobre as críticas ao ativismo judicial que é atribuído a Moraes e, as dificuldades do Congresso Nacional em legislar sobre notícias falsas e desinformação nas mídias digitais.

Na esteira do desastre das enchentes no Rio Grande do Sul e do aumento de ocorrências climáticas severas pelo país, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva anunciou um conjunto de 14 ações para tentar mitigar efeitos de eventos no futuro. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, o secretário-executivo do Observatório do Clima Marcio Astrini avalia que as medidas são um passo no caminho certo, mas com muitos gargalos. Márcio diz que é necessário o governo federal chamar os concursados da área, mas precisa negociar com os servidores grevistas. Considera importante resolver desentendimentos dentro do próprio governo sobre demarcação de terras indígenas e destaca como uma das principais dificuldades o enxugamento da agenda ambiental no Congresso, que hoje tem maioria ruralista. O secretário-executivo do Observatório do Clima diz que o Parlamento não prioriza a pauta e mais do que isso, vem tentando aprovar um conjunto de projetos nocivos ao meio ambiente, o chamado “pacote da destruição”. Também defende a integração de Estados, municípios e União, sob a coordenação do governo federal, para a prevenção de eventos extremos.

No programa desta sexta-feira, Vivian Menezes, Andréa Zagury e Heitor Peixoto recuperam os principais fatos da semana política. A aprovação da recomposição dos servidores do Executivo sob intenso debate e muitas críticas, a estratégia do presidente Lula para alinhar a articulação política após derrotas no Congresso, a troca de comando no TSE; Sai Alexandre de Moraes e assume Cármen Lúcia. E a contraproposta do poder público de 109 bilhões para fechar a repactuação do acordo de Mariana.