55 min

30. Cultura e Civilização Antropocast: navegando pela Antropologia

    • Social Sciences

“Cultura ou civilização... é este todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, leis, moral, costumes, e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade” (Tylor 1871:1).

Esta, certamente, é uma das mais famosas definições de Cultura na história da Antropologia. E é também a primeira definição científica deste conceito, elaborada por Edward Tylor, em 1871.

Já no seu nascedouro, o conceito científico de cultura aparece geminado com o de civilização.

Segundo o antropólogo francês Maurice Godelier, os antropólogos raramente usam o termo civilização. Preferem o termo cultura.

Ainda de acordo com ele, com a palavra civilização, os antropólogos geralmente se referem a um conjunto de fenômenos maiores do que uma sociedade e que se estendem por um período maior do que uma geração ou várias gerações, sendo o resultado que estes fenômenos são praticamente insuperáveis.

Entendida dessa maneira, a civilização é o presente que se forma, mas é também indissoluvelmente o passado, presente, ativamente presente.

Este fenômeno profundo e vasto – civilização, cultura – apreendemos intuitivamente; nos localizamos aproximadamente.

Portanto, quando falamos de civilização ocidental, estamos a falar de uma série de fenômenos ativos mas recorrentes. Fenômenos tanto no domínio material quanto no domínio mental. Além disso, não distinguimos necessariamente entre material e mental.

Esta ideia de Godelier está muito presente num dos maiores clássicos sobre o tema "O processo civilizador", do sociólogo alemão, Norbert Elias.

A partir destas ideias e do conceito de Antropologia da Civilização, criado por Darcy Ribeiro, este episódio pretende trazer algumas reflexões sobre as relações entre Cultura e Civilização na fundamentação do pensamento das ciências sociais, com um recorte na Antropologia.

Siga-nos no Instagram: @antropocast
Website: fredlucio.net

“Cultura ou civilização... é este todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, leis, moral, costumes, e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade” (Tylor 1871:1).

Esta, certamente, é uma das mais famosas definições de Cultura na história da Antropologia. E é também a primeira definição científica deste conceito, elaborada por Edward Tylor, em 1871.

Já no seu nascedouro, o conceito científico de cultura aparece geminado com o de civilização.

Segundo o antropólogo francês Maurice Godelier, os antropólogos raramente usam o termo civilização. Preferem o termo cultura.

Ainda de acordo com ele, com a palavra civilização, os antropólogos geralmente se referem a um conjunto de fenômenos maiores do que uma sociedade e que se estendem por um período maior do que uma geração ou várias gerações, sendo o resultado que estes fenômenos são praticamente insuperáveis.

Entendida dessa maneira, a civilização é o presente que se forma, mas é também indissoluvelmente o passado, presente, ativamente presente.

Este fenômeno profundo e vasto – civilização, cultura – apreendemos intuitivamente; nos localizamos aproximadamente.

Portanto, quando falamos de civilização ocidental, estamos a falar de uma série de fenômenos ativos mas recorrentes. Fenômenos tanto no domínio material quanto no domínio mental. Além disso, não distinguimos necessariamente entre material e mental.

Esta ideia de Godelier está muito presente num dos maiores clássicos sobre o tema "O processo civilizador", do sociólogo alemão, Norbert Elias.

A partir destas ideias e do conceito de Antropologia da Civilização, criado por Darcy Ribeiro, este episódio pretende trazer algumas reflexões sobre as relações entre Cultura e Civilização na fundamentação do pensamento das ciências sociais, com um recorte na Antropologia.

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