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#377 Aumenta tensão entre China e EUA por visita eleitoreira de Pelosi a Taiwan | Pensa Comigo: Curiosidade move as redes Primeiro Café

    • Daily News

QUARTA, 03/08/2022: O mundo, mais uma vez, está vivendo uma tensão geopolítica de grandes proporções. Estados Unidos e China, as maiores superpotências nucleares, dão sinais que não são nada bons. E a política é feita de sinais. A geopolítica é feita de grandes sinais. A escalada de tensão recente começou com a decisão da presidenta da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, de incluir a ilha independentista de Taiwan em seu roteiro de uma viagem pela Ásia. Ela desembarcou ontem na ilha que a China considera parte de seu território desde a revolução comunista. A ilha recebeu os capitalistas que fugiram da China após o Partido Comunista chegar ao poder em 1959. Um político da importância dela não ia a ilha desde o final dos anos 90.

Pelosi não deu uma explicação direta sobre o porquê da viagem. Divulgou uma nota fazendo discurso vazio. Não explicou a viagem, talvez, porque não possa. O movimento dela tem a ver com a eleição legislativa de meio de mandato que ocorre em menos de 100 dias e nas quais o partido dela, o Democrata, pode perder a maioria na Câmara. Sim, ela está arriscando provocar uma guerra entre superpotências por interesses eleitorais. Mas, além disso, o movimento da segunda pessoa mais importante da política norte-americana também tem a ver com os acordos comerciais e militares entre os norte-americanos e Taiwan. A ilha compra armas dos Estados Unidos e, se pensarmos, o aumento da tensão provocará inevitavelmente o aumento da necessidade de mais armamentos.

A China reagiu, por enquanto, apenas com sanções comerciais e retórica bélica. Também iniciou exercícios militares em volta da ilha. E caças de guerra chineses sobrevoaram o espaço aéreo de Taiwan. Antes da confirmação da visita, a China tinha ameaçado até abater aviões norte-americanos, o que não aconteceu. Nos Estados Unidos, a reação interna também não foi boa. Políticos republicanos concordaram com Pelosi, democratas manifestaram descontentamento.

Enquanto a presidenta da Câmara dos EUA brinca com fogo e com a China, uma superpotência nada simpática aos Estados Unidos apesar da dependência comercial um do outro, o mundo prende a respiração na tensão de um novo conflito com contexto similar à invasão da Ucrânia pela Rússia. Não é por acaso que o secretário-geral da ONU alertou que o mundo está a uma trapalhada da extinção nuclear. Mas, parece que para os norte-americanos ávidos por vender armas e vencer eleições, não há alerta capaz de segurar a arrogância bélica e financeira de quem acha que é o dono do mundo.

PENSA COMIGO, com Rachel Cor
O influencer Felipe Pacheco participa de uma conversa com Rachel Cor.

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QUARTA, 03/08/2022: O mundo, mais uma vez, está vivendo uma tensão geopolítica de grandes proporções. Estados Unidos e China, as maiores superpotências nucleares, dão sinais que não são nada bons. E a política é feita de sinais. A geopolítica é feita de grandes sinais. A escalada de tensão recente começou com a decisão da presidenta da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, de incluir a ilha independentista de Taiwan em seu roteiro de uma viagem pela Ásia. Ela desembarcou ontem na ilha que a China considera parte de seu território desde a revolução comunista. A ilha recebeu os capitalistas que fugiram da China após o Partido Comunista chegar ao poder em 1959. Um político da importância dela não ia a ilha desde o final dos anos 90.

Pelosi não deu uma explicação direta sobre o porquê da viagem. Divulgou uma nota fazendo discurso vazio. Não explicou a viagem, talvez, porque não possa. O movimento dela tem a ver com a eleição legislativa de meio de mandato que ocorre em menos de 100 dias e nas quais o partido dela, o Democrata, pode perder a maioria na Câmara. Sim, ela está arriscando provocar uma guerra entre superpotências por interesses eleitorais. Mas, além disso, o movimento da segunda pessoa mais importante da política norte-americana também tem a ver com os acordos comerciais e militares entre os norte-americanos e Taiwan. A ilha compra armas dos Estados Unidos e, se pensarmos, o aumento da tensão provocará inevitavelmente o aumento da necessidade de mais armamentos.

A China reagiu, por enquanto, apenas com sanções comerciais e retórica bélica. Também iniciou exercícios militares em volta da ilha. E caças de guerra chineses sobrevoaram o espaço aéreo de Taiwan. Antes da confirmação da visita, a China tinha ameaçado até abater aviões norte-americanos, o que não aconteceu. Nos Estados Unidos, a reação interna também não foi boa. Políticos republicanos concordaram com Pelosi, democratas manifestaram descontentamento.

Enquanto a presidenta da Câmara dos EUA brinca com fogo e com a China, uma superpotência nada simpática aos Estados Unidos apesar da dependência comercial um do outro, o mundo prende a respiração na tensão de um novo conflito com contexto similar à invasão da Ucrânia pela Rússia. Não é por acaso que o secretário-geral da ONU alertou que o mundo está a uma trapalhada da extinção nuclear. Mas, parece que para os norte-americanos ávidos por vender armas e vencer eleições, não há alerta capaz de segurar a arrogância bélica e financeira de quem acha que é o dono do mundo.

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