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Um bate papo descontraído sobre o admirável mundo da arquitetura e das cidades!

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Um bate papo descontraído sobre o admirável mundo da arquitetura e das cidades!

    Arquicast 211 – Villa Savoye

    Arquicast 211 – Villa Savoye

    Em mais um episódio sobre obras arquitetônicas, o episódio 211 do Arquicast trouxe como tema central a icônica obra "Villa Savoye", um marco na história da arquitetura modernista do século XX. O convidado especial, PC Lourenço, analisou profundamente esse ícone arquitetônico e seus paradigmas, proporcionando uma visão esclarecedora sobre sua importância e influência duradoura. O episódio também está disponível em vídeo, possibilitando acompanhar as descrições com fotos e desenhos técnicos da obra.



    "Villa Savoye" é uma residência localizada nos arredores de Paris, construída entre 1928 e 1931 pelo renomado arquiteto franco-suíço Le Corbusier. A casa é amplamente considerada uma das mais significativas representações da arquitetura modernista, ou do Movimento Moderno, a depender da corrente historiográfica. Seu design inovador e sua abordagem radical aos cânones da arquitetura marcaram uma mudança drástica em relação à linguagem predominante.



    Encomendada por Pierre e Emilie Savoye, os proprietários desejavam uma residência que incorporasse elementos de funcionalidade e estilo. Le Corbusier, conhecido por sua abordagem revolucionária, viu nesse projeto como uma oportunidade de realizar suas ideias. O arquiteto projetou a casa elevada do solo, permitindo que o espaço abaixo fosse utilizado para jardins e áreas de lazer. Isso não apenas proporcionou uma sensação de leveza à estrutura, mas também permitiu a integração harmoniosa da natureza no ambiente construído. Essa aparente simplicidade e a clareza geométrica resultou em uma estética minimalista e atemporal que ainda ressoa na arquitetura contemporânea.



    A "Villa Savoye" é a expressão literal dos "Cinco Pontos da Nova Arquitetura", que incluíam pilotis, terraço-jardim, planta livre, fachada livre e janelas em fita. Durante o episódio, PC Lourenço também destacou como Le Corbusier influenciou gerações subsequentes, que adotaram seus princípios de simplicidade e integração com o ambiente natural. A obra tornou-se uma referência incontestável, desafiando as convenções arquitetônicas da época ao questionar que uma casa deveria ser uma representação ostensiva de status social. Le Corbusier defendeu uma abordagem no qual o foco estava na busca pela qualidade de vida e, para isso, pela qualidade do espaço.



    Mas nem tudo são flores, a família enfrentou uma série de problemas, desde infiltrações de água até dificuldades para manter a casa aquecida. Madame Savoye chegou a escrever uma carta a Le Corbusier, reclamando que "ainda chove na nossa garagem". Além disso, a orientação da casa permanece um mistério, pois o terreno oferecia várias opções melhores. Esse aspecto intrigante levanta questões sobre as decisões de projeto de Le Corbusier.



    O episódio também abordou a restauração da "Villa Savoye" ao longo dos anos, destacando a importância de preservar essa obra-prima arquitetônica e como ela continua a atrair visitantes de todo o mundo. A casa foi declarada Patrimônio Mundial da UNESCO em 2016. A obra de Le Corbusier estabeleceu um legado duradouro que continua a inspirar as novas gerações. Quer participar dessa discussão? Não deixe de ouvir e assistir o episódio em todas as plataformas. Até o próximo episódio!



    t!

    • 1 hr 12 min
    Arquicast 210 – Praças e Parques Urbanos

    Arquicast 210 – Praças e Parques Urbanos

    Em mais um episódio sobre qualidade de vida e conexão com a natureza, o Arquicast explora um tema que se tornou ainda mais relevante nos últimos tempos: as áreas livres públicas nas cidades, com foco nos preciosos espaços verdes e revitalizantes, as parques e praças urbanas. Em um mundo cada vez mais urbano, a busca por lugares de conexão com a natureza se tornou essencial. A discussão é enriquecida por dois convidados especiais: Luciana Jesus, arquiteta urbanista e líder do grupo de pesquisa Paisagem Urbana e Inclusão da Universidade de Vila Velha, e Klaus Chaves Alberto, doutor em urbanismo e pesquisador no campo da saúde, bem-estar e qualidade de vida da Universidade Federal de Juiz de Fora.



    Ao longo da história, os agrupamentos humanos ecoaram a necessidade de envolvimento com a natureza em ambientes urbanos, da ágora grega às praças de comércio medievais, dos grandes bulevares aos parques urbanos que buscavam higienizar a cidade.  Os parques e praças, nas últimas décadas, evoluíram para atender às necessidades em constante mudança das cidades modernas, oferecendo locais de lazer, convivência e cultura em um ambiente cada vez mais hostil para a contemplação e o bem estar das pessoas nas áreas urbanas.



    A importância da amplitude sensorial trazida por esses lugares foi debatida no episódio, como a possibilidade de ouvir sons naturais, e até mesmo a vez das pessoas que estão mais próximas de você, além da possibilidade de sentir o vento passar e assim possibilitar que a sensação térmica seja mais agradável e contrastante com o ambiente impermeabilizado da cidade. A influência dos arquitetos, paisagistas e urbanistas na criação desses espaços vitais também foi relatada, indagando sobre qual seria o papel desses profissionais na concepção e desenvolvimento dos parques, unindo criatividade, funcionalidade e sustentabilidade.



    Além disso, uma discussão sobre qual poderia ser a formação adequada para essa demanda, que inclui o envolvimento do profissional com a comunidade, considerando as necessidades e aspirações dos residentes, sem deixar de articular com a técnica, sobretudo, na etapa de diagnóstico e entendimento do local. De fato, não é uma tarefa fácil equilibrar a visão artística com as limitações da infraestrutura urbana existente nas cidades brasileiras. O fenômeno da urbanização não planejada deixou uma ampla lacuna nas cidades na medida em que elas são carentes desses espaços acessíveis e conservados. Ainda, a relevância da sustentabilidade e da inclusão nos projetos urbanos, advindas das mudanças climáticas, demandam novas estratégias de preservação dessas áreas verdes e o aprimoramento da gestão de recursos para sua manutenção ou criação. 



    Quer saber mais sobre esse assunto? Não deixe de ouvir o episódio, pois exploramos a evolução histórica, o papel dos profissionais e os desafios enfrentados na criação desses espaços essenciais para o bem-estar da sociedade.

    • 1 hr 5 min
    Arquicast 209 – Empreendedorismo, Arquitetura e Urbanismo

    Arquicast 209 – Empreendedorismo, Arquitetura e Urbanismo

    Olá pessoal! Vamos mergulhar com vocês em um episódio repleto de depoimentos sobre empreendedorismo na arquitetura e urbanismo. Exploraremos um universo fascinante e em constante transformação, onde criatividade e inovação são a chave para o sucesso. Nesse episódio conversaremos sobre desafios, sucessos, conselhos e até mesmo sobre fracassos que fazem parte do cenário empreendedor da arquitetura e urbanismo.



    O mercado de trabalho na arquitetura e urbanismo é altamente competitivo. A demanda por projetos inovadores, sustentáveis e esteticamente agradáveis é alta, o que impulsiona um ambiente de alta concorrência. Além disso, as mudanças nas tecnologias e as crescentes expectativas dos clientes exigem adaptação constante. Quais são os obstáculos, as oportunidades, os métodos, as “traquitanas e traquinagens” que são necessárias para adentrar na “selva” do empreendedorismo? A partir das experiências dos convidados, este episódio especial propõe um diálogo livre e divertido sobre o tema.



    Empreender torna-se um componente essencial para arquitetos e urbanistas que buscam criar, inovar e se destacar em um mercado em constante evolução. Essas transformações das demandas dos clientes, das regulamentações e das tecnologias requer uma mentalidade flexível, capaz de abraçar novas abordagens e se ajustar às circunstâncias em estado dinâmico. Nesse caminho, a proatividade desempenha um papel vital na busca de oportunidades. Empreendedores na arquitetura estão sempre em busca de nichos de mercado pouco explorados e formas inovadoras de abordar problemas. Eles não esperam que as oportunidades surjam, mas sim as criam por meio de ações deliberadas e estratégias ousadas.



    A capacidade de se recuperar de contratempos, aprender com as experiências e continuar avançando é um traço que distingue os empreendedores bem-sucedidos, afinal, essa jornada não é isenta de desafios, nesse contexto, a capacidade de captar e criar oportunidades se torna crucial. Importante lembrar: cada um tem a sua trajetória, linear ou não.



    Além das habilidades técnicas que formam a base da profissão, arquitetos empreendedores precisam aprimorar suas competências de gestão de negócios. Isso inclui a capacidade de gerenciar finanças, projetos e equipes. As soft skills, como comunicação eficaz, empatia e capacidade de diálogo, desempenham um papel vital nesse ambiente. A construção de relacionamentos sólidos com clientes, parceiros e colegas não apenas impulsiona a colaboração, mas também estabelece bases sólidas para o crescimento sustentável.



    A incerteza econômica e as flutuações do mercado também são desafios a serem enfrentados, ou melhor, é parte da motivação desse grande movimento em direção à ideia de empreender. Nesse contexto, os empreendedores precisam ser ágeis e estar prontos para se ajustar a cenários em transformação. Resiliência, flexibilidade e proatividade são os pilares que sustentam essa jornada, permitindo que os profissionais enfrentem desafios e transformem obstáculos em aprendizado. Não deixe de ouvir e participar da discussão nas redes sociais do programa. Bom divertimento!

    • 1 hr 23 min
    Arquicast 208 – Entrevista: Eduardo Longo

    Arquicast 208 – Entrevista: Eduardo Longo

    Convidamos hoje para conversa um arquiteto que, desde o início de sua carreira, se mostrou firme para pensar arquitetura do seu jeito. Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, uma das mais prestigiadas do país, ele mostrou para que veio desde seus primeiros projetos, onde a ortogonalidade e a rigidez da linguagem moderna não eram suas palavras de ordem. Seu projeto mais famoso, em forma de esfera, é um dos mais celebrados de sua obra. Mas não é só da bola, da Casa Bola, que vive sua produção: outros projetos e outros diálogos irão mostrar sua inventividade, sua originalidade e sua inquietante trajetória profissional.

    • 51 min
    Arquicast 207 – Inteligência Artificial, Arquitetura e Urbanismo

    Arquicast 207 – Inteligência Artificial, Arquitetura e Urbanismo

    Esse tópico se tornou onipresente em vários noticiários. Seja no âmbito do entretenimento e, principalmente do trabalho, a discussão sobre Inteligência Artificial está à flor da pele. E isso não é diferente no campo da arquitetura e do urbanismo. O surgimento do Chat GPT mostrou ao público o potencial que ainda não era palpável ao entender que isso pode, de verdade, mudar a maneira como nos relacionamos com as coisas. E, é claro, surgem as diversas preocupações, principalmente sobre  se o que fazemos hoje será substituído por ela. Prova disso é um artigo do arquiteto Neil Leach alertando que a profissão de arquiteto urbanista corre o risco de acabar, pelo menos da maneira como a conhecemos hoje. Segundo estudos, um arquiteto que usa a inteligência artificial pode produzir tanto quanto 5 arquitetos que não a usam. E é sobre inteligência artificial que conversamos aqui hoje!

    • 1 hr 16 min
    Arquicast 206 – Arquitetura e Cinema: Aquarius

    Arquicast 206 – Arquitetura e Cinema: Aquarius

    No episódio de hoje, voltamos a falar sobre cinema aqui no Arquicast, e dessa vez o destaque é para um filme brasileiro: "Aquarius". Ambientado em Recife, mais especificamente na praia de Boa Viagem, o filme retrata um conflito presente em diversas cidades ao redor do mundo. Com uma história que se desenrola em partes, "Aquarius" busca estabelecer um paralelo entre os conflitos pessoais da protagonista e sua luta contra uma construtora que deseja adquirir seu apartamento para dar lugar a um novo empreendimento.



    O filme apresenta papéis claramente definidos na trama, com vilões e mocinhos, e tem como protagonista a talentosa Sônia Braga. Para discutir sobre o filme "Aquarius", temos a participação especial de Janaína Pereira, jornalista pós-graduada em Cinema e colaboradora em diversos veículos de entretenimento. Na primeira parte do episódio, abordamos os aspectos gerais do filme, conversando sobre as principais personagens do filme, como Clara, sua família, a construtora, os funcionários do prédio e as suas amigas.



    A memória como personagem central, desde a introdução do filme até o papel das fotografias, e a presença da família estão também relacionadas às temáticas da liberdade sexual e das relações interpessoais. Permanece ao longo da película o conflito entre o novo e o antigo, como a disputa entre o vinil e o streaming, o Facebook e os encontros pessoais, entre outros destacados pelo roteiro. 



    O contexto urbanístico de Recife, em especial os conflitos relacionados ao patrimônio e aos novos investimentos, como o caso do Ocupa Estelita, traz à tona importantes discussões sobre a relação entre arquitetura e cidade, memória e desenvolvimento econômico. Por meio de sua narrativa envolvente e dos conflitos apresentados, o filme nos convida a refletir sobre os desafios enfrentados nas cidades contemporâneas, onde interesses econômicos muitas vezes se sobrepõem à preservação histórica e ao bem-estar da comunidade.



    A resistência de Clara em vender seu apartamento representa uma luta pela manutenção de sua história, suas raízes e sua conexão com o lugar onde vive. Esse conflito evidencia a importância de valorizar e proteger os espaços que possuem significado afetivo para as pessoas, em meio a um contexto de constante transformação urbana. Além disso, "Aquarius" aborda a desigualdade social e a divisão entre classes presentes na cidade de Recife. O contraste entre o luxuoso edifício Aquarius, habitado por Clara, e os apartamentos mais simples e populares do entorno é uma representação visual dessa divisão social. O filme também ressalta a importância da solidariedade e da união entre os moradores do prédio de Clara na resistência contra os interesses da construtora, evidenciando o poder das relações comunitárias na defesa de direitos e espaços de convivência.



    “Aquarius" é um filme que dialoga de forma profunda com a arquitetura, explorando os significados dos espaços construídos, o embate entre preservação e desenvolvimento, a memória individual e coletiva, e as questões sociais presentes nas cidades contemporâneas. O filme convida o público a refletir sobre o papel da arquitetura na construção de identidades e na busca por uma cidade mais inclusiva e justa. Não deixe de ouvir mais esse episódio da nossa série Arquitetura e Cinema, pegue sua pipoca e nos acompanhe nesse papo. Bom divertimento!

    • 54 min

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