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Diário da Psilocibina - Página 1 Hifa Cybe

    • Arts

Olá, meu nome é Hifa Cybe, eu sou artista trans-disciplinar e esse é "Diário da Psilocibina". Durante esse projeto realizado uma pintura e gravo as sensações que tenho durante esse processo.

Bem-vindos a primeira página do meu diário.



Eu vejo fractais se moldando na pele da minha coxa esquerda, eles se movem com os acordes de guitarra que ouço.

Minha pele adota outra textura que é meio plástica e um pouco transparente, então dança ao som da música.

A estampa do sofá também dança, os desenhos se movem em minha direção. Levanto-me e percebo que tudo ao meu redor está em movimento, exceto a pintura que parece ser uma experiência intacta, concentrada e imune a qualquer substância, talvez seja o resultado dela.

Fico feliz em ver a cor amarela. Ela me acaricia, como o sol. Na tela, acende-se a luz de uma casa de campo, talvez uma lâmpada.

No vermelho já pintado, às vezes vejo dragões chineses e às vezes um casal se beijando.

Vejo abraços por toda a tela mas no fundo tem algo pesado, tem gente desesperada gritando, coloco um pouco de amarelo porque aquela cor me deixou feliz, talvez os faça também.

Eu me apego muito ao azul, e quando coloco na paleta, ele me lembra o mar, tem movimento de água, e parece mais bonito e mais significativo do que quando coloco na tela. Azul esconde segredos de forma afetuosa e violenta, assim como o rio.

Cada detalhe é um pequeno mundo. Tudo é imensidão.


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Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/hifa-cybe/message

Olá, meu nome é Hifa Cybe, eu sou artista trans-disciplinar e esse é "Diário da Psilocibina". Durante esse projeto realizado uma pintura e gravo as sensações que tenho durante esse processo.

Bem-vindos a primeira página do meu diário.



Eu vejo fractais se moldando na pele da minha coxa esquerda, eles se movem com os acordes de guitarra que ouço.

Minha pele adota outra textura que é meio plástica e um pouco transparente, então dança ao som da música.

A estampa do sofá também dança, os desenhos se movem em minha direção. Levanto-me e percebo que tudo ao meu redor está em movimento, exceto a pintura que parece ser uma experiência intacta, concentrada e imune a qualquer substância, talvez seja o resultado dela.

Fico feliz em ver a cor amarela. Ela me acaricia, como o sol. Na tela, acende-se a luz de uma casa de campo, talvez uma lâmpada.

No vermelho já pintado, às vezes vejo dragões chineses e às vezes um casal se beijando.

Vejo abraços por toda a tela mas no fundo tem algo pesado, tem gente desesperada gritando, coloco um pouco de amarelo porque aquela cor me deixou feliz, talvez os faça também.

Eu me apego muito ao azul, e quando coloco na paleta, ele me lembra o mar, tem movimento de água, e parece mais bonito e mais significativo do que quando coloco na tela. Azul esconde segredos de forma afetuosa e violenta, assim como o rio.

Cada detalhe é um pequeno mundo. Tudo é imensidão.


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