Em Memória da Memória

MAPS - Pós-Memórias Europeias: Uma Cartografia Pós-Colonial
Em Memória da Memória

“Em Memória da Memória: Interrogações e testemunhos pós-imperiais” explora as reflexões de académicos, artistas e ativistas sobre a Europa pós-imperial. A série coloca em destaque as histórias de pessoas cujas experiências se encontram moldadas pelas heranças coloniais e pelos processos de descolonização nos contextos de Portugal, Bélgica e França. Imagem: Márcio de Carvalho. Este trabalho é financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto MAPS (ref. PTDC/LLT-OUT/7036/2020), coordenado por Margarida Calafate Ribeiro.

  1. 03/07/2024

    18. Que futuro para a Europa? Descolonização, restituição e reparação

    36 episódios depois – 18 em português, 18 em francês – chegámos ao fim. O podcast “Em Memória da Memória” reuniu um conjunto de contributos, entrevistas e testemunhos a investigadoras e investigadores dos projetos Memoirs e MAPS, coordenados por Margarida Calafate Ribeiro no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, assim como conversas com artistas e ativistas cujo trabalho foi objeto de estudo no âmbito destas pesquisas. Num certo sentido, este podcast demonstra como um projeto de investigação se transforma num espaço que, para além de publicações, exposições e outros resultados, constrói também comunidades mnemónicas e sujeitos da pós-memória. Estas pesquisas contribuíram ainda para se pensar a Europa de um modo mais amplo e complexo, a partir de dimensões difíceis da sua história. Estes são processos que, pela sua natureza reflexiva, são sempre inacabados e, por isso, o fim deste podcast não representa necessariamente um fim, mas apenas um fechar de ciclo, que abre – esperamos – caminho a outras interrogações. Quem somos nós, portugueses, no pós-império? De que Europa é esta que falamos? O que fazer com a herança? Num contexto de intensas disputas históricas e memoriais, o último episódio deste podcast procura refletir sobre estas questões a partir das complexas noções de reparação e restituição. Com Roberto Vecchi, António Pinto Ribeiro, Judith Elseviers, Nú Barreto e Djamel Kokene-Dórleans.  A realização é de Inês Nascimento Rodrigues, a edição de som de José Gomes e a imagem gráfica de Márcio Carvalho. Dobragem de vozes: Judith Elseviers por Cátia Soares e Djamel Kokene-Dórleans por Júlio Gomes. Indicativo: voz de Rui Cruzeiro e música original da autoria de XEXA. Podem ouvir ou recordar para memória futura todos os programas em Apple Podcasts, Spotify e noutras plataformas de podcasts ou em reimaginaraeuropa.ces.uc.pt. Partilhem-nos, comentem, avaliem. Até à próxima!   Sugestões de leitura: Ribeiro, António Pinto (2021), “A restituição”, in António Sousa Ribeiro (org.), A cena da pós-memória. O presente do passado na Europa pós-colonial. Porto: Afrontamento, 115-131. Vecchi, Roberto (2021), “Reconstruir, verbo não só transitivo”, Memoirs newsletter, 140.

    27 min
  2. 02/29/2024

    17. Aimé Mpane: “Penso em francês e ao mesmo tempo tenho em mim uma cultura congolesa totalmente enraizada”

    Aimé Mpane nasceu em Kinshasa, no Congo, em 1968, onde viveu até aos 24 anos. O seu pai era o reputado escultor congolês Placide Mpane, cuja carteira de clientes ia desde o governo de Mobutu e a igreja católica no Congo, a colecionadores europeus e turistas que começavam a visitar o país. A tradição da escultura em madeira foi apenas um dos muitos ensinamentos que Placide legou ao seu filho. Estávamos em meados dos anos 1990 quando Aimé deixa o país e vai viver para a Bélgica. Aí, confronta-se com o racismo e o preconceito, e a invisibilização das artes oriundas do continente africano. Decide-se então por uma abordagem que, não obstante ter um pé nas artes contemporâneas europeias, faz explícita vinculação à África negra, questionando o estatuto subalterno deste universo artístico. Artista visual e curador, hoje a vida de Aimé Mpane divide-se entre Bruxelas e Kinshasa. Uma identidade que deambula – talvez pudéssemos descrever assim a matriz plural em que se sustenta o artista. Não será por acaso que António Pinto Ribeiro o identifica como “o artista da relação”, que cria pontes entre o passado e o presente, entre a Europa e África, entre o individual e o coletivo. Mas ninguém melhor do que o próprio Aimé Mpane para nos contar o que significa, de facto, para ele, navegar entre duas culturas e dois espaços geográficos e afetivos distintos. Ouçamo-lo no mais recente episódio do “Em Memória da Memória”. A realização é de Inês Nascimento Rodrigues, a edição de som de José Gomes e a imagem gráfica de Márcio de Carvalho. A dobragem da voz de Aimé Mpane é de Júlio Gomes. Indicativo: voz de Rui Cruzeiro e música original da autoria de XEXA.   Algumas sugestões de leitura:  Bluard, Christine; Verbergt, Bruno (2021), “O AfricaMuseum e os Artistas Contemporâneos: da necessidade de abrir coleções e arquivos à criação artística”, in Europa Oxalá - Ensaios. Porto: Afrontamento, 111-122. Conink, François de (2021), “Aimé Mpane”, in Europa Oxalá – Catálogo. Porto: Afrontamento, 30-31.  Ribeiro, António Pinto (2021), “Aimé Mpane, o artista da relação”, in Novo Mundo. Arte contemporânea no tempo da pós-memória. Porto: Afrontamento, 171-185.

    17 min
  3. 02/22/2024

    16. John K. Cobra: “A cultura africana não pode ser apenas uma mercadoria para agradar aos compradores e turistas europeus”

    Roland Gunst aka John K. Cobra (seu pseudónimo artístico) nasceu na cidade de Boma, no Congo, em 1977, no seio de uma família bi-cultural, filho de pai belga e mãe congolesa. Diz-nos neste episódio que, quem quer que conheça, se adapta sempre à pessoa com quem está a interagir. Esse modo de funcionar, como lhe chama, parece emergir das experiências que teve durante a primeira infância no Congo, sem dúvida, mas também daqueles tempos difíceis que viveu quando se mudou com a família para a Bélgica, era Roland pré-adolescente. Neste contexto, a arte foi muitas coisas para Roland Gunst, mas começou sobretudo por ser uma âncora e uma terapia, um modo de projetar e reelaborar estas recordações magoadas da juventude.  Ao criticar o colonialismo, o imperialismo e o capitalismo, o trabalho de John K. Cobra desafia as relações entre poder e silêncio, opressão e resistência, entre trauma e testemunho. Foi o caso de “Trans-arquitetura”, o nome comum às instalações que criou para a exposição Europa Oxalá. Sobre tudo isto e muito mais, fala-nos hoje no mais recente episódio do “Em Memória da Memória”. A realização é de Inês Nascimento Rodrigues, a edição de som de José Gomes e a imagem gráfica de Márcio Carvalho. A voz de Roland Gunst é dobrada por Júlio Gomes. Indicativo: voz de Rui Cruzeiro e música original da autoria de XEXA. Algumas sugestões de leitura: Bourne-Farrell, Cécile (2021), “Virar a História do avesso”, in Europa Oxalá - Livro de Ensaios. Porto: Afrontamento, 91-108. Conink, François de (2021), “John K. Cobra”, in Europa Oxalá – Catálogo. Porto: Afrontamento, 44-45. Ribeiro, António Pinto (2021), “John K. Cobra, uma obra afropolitana”, in Novo Mundo. Arte contemporânea no tempo da pós-memória. Porto: Afrontamento, 139-150.

    23 min
  4. 02/15/2024

    15. Márcio Carvalho: “A Europa toda está envolvida nisto. A malta quer ser contemporânea, quer ser europeia. Pá, vamos ser contemporâneos, ser europeus, vamos desconstruir-nos”

    Em memória da memória, hoje sentamo-nos com Márcio Carvalho.  Oriundo de uma família multirracial constituída por angolanos e portugueses, com seis gerações nascidas em Angola, Márcio Carvalho nasceu em 1981 já em Lagos, Portugal. É artista visual, curador de arte contemporânea, ilustrador e vive atualmente entre Berlim e Portugal. O seu trabalho, recorrendo a diferentes suportes e linguagens, situa-se nas interseções entre a memória individual e a memória coletiva, entre poder e silêncio, entre lembrar e esquecer. “If my grandmother was a historian / Se a minha avó fosse historiadora” propõe-se pensar no que significa contar a história a partir de outros sujeitos, outras vozes, outras geografias e de outras disciplinas, e sobre o que esse gesto pode trazer de distinto aos movimentos de interpelação do passado e do presente.  Muitos dos seus trabalhos desafiam a memória celebratória associada a estátuas, toponímia e monumentos coloniais que ainda povoam muitas cidades europeias, e localidades um pouco por todo o mundo. Poder-se-ia dizer que as suas obras são, nessa medida, uma espécie de contra-monumento, desafiando narrativas dominantes e até a ideia do monumento e do arquivo como espaços estáticos e fixos. Em “Falling Thrones”, uma série de imagens que integrou a exposição Europa Oxalá, encontramos justapostas imagens a preto e branco de figuras do poder colonial como o rei Leopoldo da Bélgica, com as figuras coloridas de atletas negros que se destacaram também como militantes anticoloniais, num conflito de distintos corpos, experiências, memórias e heranças. Sobre tudo isso nos falará hoje no Em Memória da Memória, um podcast do projeto MAPS. A realização é de Inês Nascimento Rodrigues, a edição de som de José Gomes e a imagem gráfica de Márcio Carvalho. Indicativo: voz de Rui Cruzeiro e música original da autoria de XEXA. Algumas sugestões de leitura: Ribeiro, Margarida Calafate (2023), “Heritage at Risk: Márcio de Carvalho”, Berlim: Camões – Centro Cultural Português.  Conink, François de (2021), “Márcio Carvalho”, in Europa Oxalá – Catálogo. Porto: Afrontamento, 52-53.

    22 min
  5. 02/08/2024

    14. Djamel Kokene-Dorléans: “O único limite da arte é o seu próprio limite. É por isso que é livre”

    Djamel Kokene-Dorléans nasceu em 1968 na Argélia, mas foi viver para França com 10 anos de idade, lugar onde vive e trabalha até hoje. A sua obra abrange o desenho, a escultura, a fotografia, a instalação e o vídeo, que usa para explorar as tensões entre a linguagem e a representação, a noção de identidade e de nacionalidade, o papel dos museus e os seus limites, bem como o diálogo entre objetos vivos e inanimados.   A decisão de deixar a Argélia não foi sua, mas dos pais, que tinham terminado o seu casamento quando ele ainda era muito pequeno. Nessa altura, o pai partiu para França e só o voltaria a ver com cerca de nove anos, quando ele retornou à Argélia para concluir o processo de divórcio. Nessa ocasião, decidiram que para dar melhores oportunidades de futuro a Djamel, que praticamente não tinha ainda frequentado a escola e que passava os dias como pastor, este deveria partir para França. Aos dez anos deixa, portanto, a Argélia e vai viver para a Bretanha com o pai e a sua nova mulher. A sua história familiar e as vivências da primeira infância e adolescência, diz, marcariam de forma determinante o seu caminho posterior e a sua forma de ver o mundo.  A realização é de Inês Nascimento Rodrigues, a edição de som de José Gomes e a imagem gráfica de Márcio de Carvalho. A dobragem da voz de Djamel Kokene-Dorléans é de Júlio Gomes. Indicativo: voz de Rui Cruzeiro e música original da autoria de XEXA. Algumas sugestões de leitura: Bideaud, Fabienne (2021), “Expor a memória dos símbolos, do corpo, das imagens: o possível vocabulário das/dos artistas afrodescendentes”, in Europa Oxalá - Ensaios. Porto: Afrontamento, 51-61. Conink, François de (2021), “Djamel Kokene-Dorléans”, in Europa Oxalá – Catálogo. Porto: Afrontamento, 38-39.

    18 min
  6. 02/01/2024 · BONUS

    13. Europa Oxalá

    Europa Oxalá. Este é o nome da exposição itinerante que, entre 2021 e 2023, passou por três cidades europeias: Marselha, Lisboa e Tervuren. O evento reuniu 60 obras – entre pintura, desenho, escultura, filme, fotografia e instalação – de 21 artistas afro-europeus que de alguma forma trabalham a partir das suas heranças coloniais. Interrogando-as, desafiando-as, problematizando-as e, no fundo, abrindo perspetivas alternativas à própria noção de Europa. As criações destes artistas geram uma reflexão única e inovadora sobre o racismo, a descolonização das artes, o papel da mulher na sociedade e a desconstrução do pensamento colonial nos espaços heterogéneos da Europa contemporânea. Alguns desses artistas passarão pelo podcast “Em Memória da Memória” durante as próximas semanas. Mas, antes disso, quisemos saber: o que representa uma exposição pioneira como Europa Oxalá para os campos da arte contemporânea e da história da arte europeias, ou mesmo para um renovado entendimento do mundo contemporâneo? António Pinto Ribeiro e Aimé Mpane, que comissariaram a exposição com Katia Kameli, contaram-nos o périplo que é montar uma exposição como esta e, pelo caminho, procuraram também responder a estas questões. A eles juntou-se, neste episódio, também o artista John K. Cobra, pseudónimo de Roland Gunst.  A realização é de Inês Nascimento Rodrigues, a edição de som de José Gomes e a imagem gráfica de Márcio de Carvalho. A dobragem das vozes de Aimé Mpane e John K. Cobra é de Júlio Gomes. Indicativo: voz de Rui Cruzeiro e música original da autoria de XEXA. Algumas sugestões de leitura: Ribeiro, Margarida Calafate (2022), "Europa Oxalá - contemporaneamente Europa", Mundo Crítico, 8, 49-62. Ribeiro, Margarida Calafate (2021), “Europa Oxalá - um presente para o futuro”,  Europa Oxalá - Ensaios. Porto: Afrontamento, 63-78. Ribeiro, António Pinto (2021), “A exposição Europa Oxalá”, Memoirs newsletter, 142.

    23 min
  7. 01/25/2024

    12. Zia Soares: “A única coisa que eu queria, desde muito nova, era poder chegar junto às pessoas e dizer coisas, dizer palavras”

    Em memória da memória, hoje sentamo-nos com Zia Soares.  Zia Soares é encenadora e atriz e foi uma das fundadoras do teatro Griot, companhia que dirigiu durante mais de dez anos. O trabalho de Zia e da companhia, pioneiro no contexto das artes performativas em Portugal, tornou-se, entre outros, num espaço de transgressão e de crítica, onde se reflete sobre a exclusão de pessoas racializadas, dos corpos negros e sobre a seletividade da História, que invisibiliza determinados discursos e narrativas. Faz escuro nos olhos, Os negros, O riso dos necrófagos e Uma dança das florestassão alguns dos espetáculos que produziram e estrearam ao longo do historial da companhia. No Em Memória da Memória de hoje, história familiar e elementos biográficos entrelaçam-se com aspetos da memória pública e de responsabilidade coletiva.  A realização é de Inês Nascimento Rodrigues, a edição de som de José Gomes e a imagem gráfica de Márcio de Carvalho. As canções deste episódio são originais de Xullaji para os espetáculos FANUN RUIN e O riso dos necrófagos (cortesia dos artistas). Indicativo: voz de Rui Cruzeiro e música original da autoria de XEXA. Algumas sugestões de leitura: Ribeiro, Margarida Calafate; Cruz Rodrigues, Fátima (2022), Des-Cobrir a Europa - Filhos de Impérios e Pós-memórias Europeias. Porto: Afrontamento. Soares, Zia (2019), “Contemporaneidades, artes performativas e financiamentos: anacronismos da linguagem”, Memoirs newsletter, 78. Pinto Ribeiro, António (2019), “Negro por fora, vermelho por dentro - o Teatro Griot”, in Margarida Calafate Ribeiro e Phillip Rothwell (org.), Heranças Pós-Coloniais nas literaturas em língua portuguesa. Porto: Edições Afrontamento, 335-348.

    26 min
  8. 01/18/2024

    11. Pós-memória, corpo e materialidade

    Qual é a relação entre materialidade e pós-memória? Ou, posto de outra forma: fará sentido distinguir o espírito e o corpo, o material e o imaterial, nos atos de memória de segunda geração? O “Em Memória da Memória” foi em busca de respostas para estas indagações.  Conversámos com Graça dos Santos, Margarida Calafate Ribeiro, Nú Barreto, Paulo Faria e Paulo de Medeiros. E confirmámos que para muitas das pessoas que se assumem herdeiras de um passado do qual não são titulares em primeira mão, as fotografias, os mapas e as cartas são tão importantes quanto as palavras, as narrativas e os silêncios produzidos na geração anterior. Isso não equivale a dizer que os objetos não são importantes. São, na verdade, absolutamente centrais para o reelaborar e renovar do testemunho, um testemunho que se torna possível, precisamente, se mediado e construído, muitas vezes, a partir dos objetos do domínio privado e da linguagem íntima, mas também do poder simbólico do corpo. A realização é de Inês Nascimento Rodrigues, a edição de som de José Gomes e a imagem gráfica de Márcio de Carvalho. Indicativo: voz de Rui Cruzeiro e música original da autoria de XEXA. Algumas sugestões de leitura: Ribeiro, Margarida Calafate (2021), “Memórias, pós-memórias e objetos”, in António Sousa Ribeiro (org.), A cena da pós-memória. O presente do passado na Europa pós-colonial. Porto: Afrontamento, 203-230. Vecchi, Roberto (2020), “A ausência: o material da memória”, Memoirs newsletter, 91.   Santos, Graça dos (2019), “Glotofobia: da discriminação linguística ao racismo pelo sotaque”, Memoirs newsletter, 60.

    21 min

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“Em Memória da Memória: Interrogações e testemunhos pós-imperiais” explora as reflexões de académicos, artistas e ativistas sobre a Europa pós-imperial. A série coloca em destaque as histórias de pessoas cujas experiências se encontram moldadas pelas heranças coloniais e pelos processos de descolonização nos contextos de Portugal, Bélgica e França. Imagem: Márcio de Carvalho. Este trabalho é financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto MAPS (ref. PTDC/LLT-OUT/7036/2020), coordenado por Margarida Calafate Ribeiro.

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