1 hr 32 min

Episódio 1 Popol Bug

    • Arts

Conversas anartísticas sem guião entre dois melómanos (um tradutor, uma escritora e investigadora) às quais se juntam, algumas vezes, outros autores melómanos indiferentemente da disciplina artística em que laboram.


Não existe diferença sem mimese, nem nada que não o seja: diferente.
É de letras e poemas musicados, de músicas sem os vocábulos do léxico, de sonidos ou vocalizações, das mais veladas às mais guturais, de editoras e de streaming, de canções — em locais emparedados e sem paredes — dialogistas em experiências distintas, ora como participantes delas ora como ouvintes remotos de matrizes sonoras maternais, e, por isso, não menos indisputáveis nos nossos percursos, que falamos — tentaremos pouco, que estamos cansados de nos ouvir – a premissa é voltar a escutar esses fonogramas, recuperar histórias tentando reproduzir o entusiasmo daquela primeira vez que fomos tocados pelos primeiros acordes de um disco ou os que não nos entraram nos tímpanos nem à lei da bala apesar de anos mais tarde não os conseguirmos largar.
Nenhuma banda nasceu de geração espontânea, nenhuma filosofia, sequer deidade simbólica, é indestrutível.
Todas as alturas em que matamos os tempos rebeldes aos discos e aos livros; para neles enrijecer e reconstruir a memória, pessoal ou colectiva, e os muitos chãos pisados entre concertos, danças, projectos edificados, aqui convergem. Alturas, em que podemos mudar as lentes, renovar a graduação, reajustar as agulhas do prato e as tonalidades discursivas, juntando as votadas ao desprezo e deixando umas tantas naquele outro lugar da estante improvisada num barracão granítico ao qual não desejamos regressar.

-------
2024 AH!, associação Mural Sonoro
montagem sonora: Paulo Lourenço
textos/sinopses dos episódios: Soraia Simões de Andrade
-------

pedaços do argumento e da pesquisa para o documentário de Alexandre Nobre citado: https://www.muralsonoro.com/mural-sonoro-pt/2015/12/31/angola-o-itinerrio-da-palavra-na-cano-e-a-emancipao-da-cultura-popular-face-ao-imperialismo-portugus-1961-1975-por-soraia-simes
considerações sobre a braguesa, título de disco citado e sobre a guitarra:
https://www.muralsonoro.com/mural-sonoro-pt/2014/3/5/viola-braguesa;
https://media.rtp.pt/extra/eventos/guitarra-coimbra-soraia-simoes-conta-historia-deste-patrimonio-imaterial/
breves sobre a quimera punk em Portugal:
https://www.ruadebaixo.com/do-novo-rock-a-quimera-punk-em-portugal.html

Conversas anartísticas sem guião entre dois melómanos (um tradutor, uma escritora e investigadora) às quais se juntam, algumas vezes, outros autores melómanos indiferentemente da disciplina artística em que laboram.


Não existe diferença sem mimese, nem nada que não o seja: diferente.
É de letras e poemas musicados, de músicas sem os vocábulos do léxico, de sonidos ou vocalizações, das mais veladas às mais guturais, de editoras e de streaming, de canções — em locais emparedados e sem paredes — dialogistas em experiências distintas, ora como participantes delas ora como ouvintes remotos de matrizes sonoras maternais, e, por isso, não menos indisputáveis nos nossos percursos, que falamos — tentaremos pouco, que estamos cansados de nos ouvir – a premissa é voltar a escutar esses fonogramas, recuperar histórias tentando reproduzir o entusiasmo daquela primeira vez que fomos tocados pelos primeiros acordes de um disco ou os que não nos entraram nos tímpanos nem à lei da bala apesar de anos mais tarde não os conseguirmos largar.
Nenhuma banda nasceu de geração espontânea, nenhuma filosofia, sequer deidade simbólica, é indestrutível.
Todas as alturas em que matamos os tempos rebeldes aos discos e aos livros; para neles enrijecer e reconstruir a memória, pessoal ou colectiva, e os muitos chãos pisados entre concertos, danças, projectos edificados, aqui convergem. Alturas, em que podemos mudar as lentes, renovar a graduação, reajustar as agulhas do prato e as tonalidades discursivas, juntando as votadas ao desprezo e deixando umas tantas naquele outro lugar da estante improvisada num barracão granítico ao qual não desejamos regressar.

-------
2024 AH!, associação Mural Sonoro
montagem sonora: Paulo Lourenço
textos/sinopses dos episódios: Soraia Simões de Andrade
-------

pedaços do argumento e da pesquisa para o documentário de Alexandre Nobre citado: https://www.muralsonoro.com/mural-sonoro-pt/2015/12/31/angola-o-itinerrio-da-palavra-na-cano-e-a-emancipao-da-cultura-popular-face-ao-imperialismo-portugus-1961-1975-por-soraia-simes
considerações sobre a braguesa, título de disco citado e sobre a guitarra:
https://www.muralsonoro.com/mural-sonoro-pt/2014/3/5/viola-braguesa;
https://media.rtp.pt/extra/eventos/guitarra-coimbra-soraia-simoes-conta-historia-deste-patrimonio-imaterial/
breves sobre a quimera punk em Portugal:
https://www.ruadebaixo.com/do-novo-rock-a-quimera-punk-em-portugal.html

1 hr 32 min

Top Podcasts In Arts

The Pink House with Sam Smith
Lemonada Media
Fresh Air
NPR
The Moth
The Moth
99% Invisible
Roman Mars
The Magnus Archives
Rusty Quill
Snap Judgment Presents: Spooked
Snap Judgment